terça-feira, 13 de novembro de 2018

Promoção por heroísmo


A Associação dos Servidores da Polícia Civil de Alagoas (Aspol) reivindicou a concessão de elogio público aos policiais que participaram da exitosa ação policial em que 11 assaltantes foram mortos, após assalto a banco no interior daquele estado.
A referida associação argumenta que a “dedicação excepcional no cumprimento do dever, transcendendo ao que é normalmente exigível”, expondo as vidas dos policiais em extremo risco, diante da falta de segurança pessoal dos envolvidos.
O presidente da Aspol declarou que “Graças a Deus, os policiais cumpriram com seu mister constitucional e saíram com vida, o que demonstra que a polícia se encontra preparada”, tendo afirmado a legitimidade da ação policial.
O confronto ocorreu durante a bem preparada “Operação Cavalo de Tróia”, que tinha por objetivo a desarticulação de quadrilha que vinha espalhando violência no sertão nordestino, por meio de roubo a bancos situados naquele Estado. 
Segundo a Polícia Civil de Alagoas, os policiais cercaram a casa onde estavam os criminosos, na cidade de Santana do Ipanema, no interior de Alagoas, onde os suspeitos estavam escondidos, com a finalidade de rendê-los, mas eles responderam ao cerco com tiros de fuzil e os policiais foram obrigados a revidar prontamente e à altura do ataque.
Ao final do embate violento, os policiais saíram ilesos, conforme afirmação de um dos delegados responsáveis pela operação, que disse que “Eles dispararam sem nenhuma técnica. A Polícia Civil tem todo o preparo”.
No local, foram apreendidos dois fuzis, quatro espingardas, pistolas, coletes à prova de bala e explosivos. Pelo menos três dos mortos eram procurados pela Polícia Federal, suspeitos de terem participado de assaltos a bancos em outros estados, segundo disse o delegado.
Causa extrema perplexidade a pressa como um advogado, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (Seccional de Alagoas), em criticar publicamente a operação, que  pediu esclarecimentos sobre o episódio, por meio de ofício enviado à Secretaria da Segurança Pública de Alagoas, onde ele fez menção às imagens que circularam nas redes sociais, mostrando corpos amontoados dentro da casa e na caçamba de caminhonete, apreendida no local.
No mesmo documento, o dito defensor dos direitos humanos diz que “A OAB Alagoas (...) enfatiza uma grande preocupação com a divulgação das referidas fotos, que são chocantes. As imagens levantam hipóteses sobre o caso e demonstram um verdadeiro desprezo pela vida humana”.
Policiais que atuam em Alagoas defenderam os colegas, tendo merecido o apoio de um cabo eleito deputado estadual, que afirmou: “Os colegas agiram com cautela, inteligência e bravura, mesmo diante de toda a dificuldade enfrentada no dia a dia e ainda diante de uma situação extremamente tensa e delicada. os policiais agiram dentro da lei, já que atiraram apenas para revidar os tiros dos suspeitos.”.
Diante de situação em que os policiais apenas revidaram os tiros vindos de quadrilha de criminosos armados até os dentes, ainda há gente com mentalidade de extrema irracionalidade, talvez imaginando que os policiais devessem se defender jogando flores perfumadas para os bandidos, ou ainda que eles se expusessem ao perigo e permitissem a própria morte, deixando que os delinquentes de extrema periculosidade se evadissem do local, para continuarem praticando atrocidade contra a sociedade.
Chega a ser risível a forma como o defensor dos direitos humanos se refere a corpos de pessoas mortas como sendo de vidas humanas, quando afirmou que “... desprezo pela vida humana.”, em referência às imagens dos corpos veiculadas na mídia, que podem ter sido de autoria de pessoa estranha ao policiamento que apenas prestou serviço de extrema relevância em defesa da sociedade, tirando de atividade bando de criminosos que aterrorizava e intranquilizada a população de importante região nordestina.
É preciso se reconhecer a validade de organismo de defesa dos direitos humanos, evidentemente diante de casos de flagrantes abusos cometidos contra o ser humano, mas, nesse caso, é notório que os policiais cumpriram com as devidas eficiência e eficácia a sua nobre e constitucional missão de manutenção da ordem pública e da defesa da segurança pública, tirando de circulação organização altamente perigosa e repudiável pela sociedade, que tem sido vítima de suas costumeiras ações delituosas, extremamente prejudiciais tanto à segurança pública como à economia nacional.
Agora, é preciso que seja repensada a verdadeira finalidade de defesa de direitos humanos, que precisa ser levada em consideração não somente em relação aos criminosos, como patenteado na defesa do advogado da OAB, mas com muito mais razão às vítimas deles, como no caso em comento, em que a sociedade já se cansou de ser prejudicada pelos bandidos mortos, com os assaltos que eles fizerem aos bancos, enquanto o defensor deles, além de se referir a vidas humanas de corpos, ainda critica possíveis maus-tratos dispensados aos corpos, como se eles fossem os prejudicados nessa horrenda história, quando se sabe que eles não teriam nenhuma piedade contra a vida dos policiais, que se expuseram ao perigo e conseguiram se salvar, por certo, por verdadeiro milagre.    
Abro parênteses aqui para relembrar o malsão acontecimento ocorrido recentemente na cidade paraibana de Uiraúna, minha terra natal, que foi vítima de facínora ação dessas terríveis quadrilhas organizadas e bastante municiadas, que vêm agindo em todo país, tendo deixado para traz quadro desolador de destruição, insegurança e intranquilidade, além de causarem verdadeiros terror e coas para a população, que ainda foi condenada à privação da comodidade das tão importantes operações bancárias, eis que a agência ficou sem a mínima condição de funcionalidade.
Não há a menor dúvida de que é notória a pertinência da reivindicação sobre o reconhecimento público, por meio de elogio, aos policiais que executaram com inexcedível êxito tão desconfortável e perigosa missão sob a sua incumbência constitucional e legal, que envolvia sérios riscos de vida, pelo enfrentamento de organização criminosa, tendo ao seu poder arsenal bélico altamente destruidor, pasmem, de cofres bancários, quanto mais de vidas humanas.
Diante da importância do resultado da missão e igualmente do sucesso com a eliminação de perigosa quadrilha, não somente são cabíveis nesse caso os pretendidos elogios aos bravos e heroicos policiais, mas é das maiores grandeza e importância ao estímulo funcional que esse reconhecimento seja acompanhado também da explícita consignação em forma de promoção, em termos pecuniários em suas remunerações, aos participantes da operação de bravura e destemor, em inegável benefício da sociedade, que precisa se manifestar publicamente, em apoio a essas pessoas que estiveram na linha do fogo cruzado, colocando em perigo a própria vida. Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 13 de novembro de 2018

Nenhum comentário:

Postar um comentário