Aproveitando
o ensejo da publicação da crônica intitulada “Polo de Desenvolvimento do
Nordeste”, tive a ideia de complementá-la com o texto a seguir, que mereceu a
devida retocada neste artigo, para se mostrar a sua real importância para os
nordestinos.
A
sugestão contida na crônica supracitada visa povoar o querido Nordeste com verdadeiro
polo de desenvolvimento industrial, com a presença maciça de indústrias
instaladas nas pequenas e remotas cidades nordestinas, como verdadeiras zonas
francas do Sertão.
Trata-se,
na verdade, de estridente grito de pedido de socorro aos nordestinos não
somente ao futuro presidente da República, mas aos homens públicos da região,
mesmo aqueles que tenham a mínima sensibilidade política e humana, para que
possam, nesse caso, entender que esse povo sofrido e carente não merece mais
continuar submetidos às agruras e às intempéries estritamente da dependência
dos programas assistencialistas do Governo federal, como o Bolso Família e
outros.
É
preciso ficar evidenciado, de forma bastante clara, que a dignificação do homem
precisa ser identificada com o seu verdadeiro nome: trabalho, que tem o condão
de garantir não somente emprego e renda, mas especialmente produção,
oportunidades diversas e desenvolvimento para toda região, de maneira integrada
e que todas as cidades do interior possam vislumbrar o próprio progresso, para
logo e, se possível, sem perda de tempo, uma vez que a demora significa enorme prejuízo
para a região, que não suporta mais tantos descaso e abandono por parte dos homens
públicos, na sua maioria constituída de aproveitadores das bondade e das ingenuidade
desses bravos e heroicos sertanejos.
É
evidente que não se pretende com isso, em absoluto, a extinção dos programas
verdadeiramente assistenciais do governo, em especial o importante Bolsa Família,
porque este é fundamental para as famílias de extrema carência financeira e que
possivelmente muitas delas não tenham condições para preencher as normais exigências
para o trabalho nas indústrias, nas fábricas, embora muitas delas vão se
beneficiar com os eflúvios benfazejos do progresso que há de espargir por toda
região, bastando que o presidente recém-eleito tenha boa vontade política e
seja sensível às necessidades prementes de desenvolvimento do Nordeste.
Não
há a menor dúvida de que os nordestinos já merecem, por seus méritos, com a
devida justiça e legitimidade, o benefício por meio de projeto digno, que possa
efetivamente materializar e assegurar algo substancial, palpável, com
capacidade de transformar região paupérrima em polo de desenvolvimento nacional,
por meio da industrialização incentiva com a redução de tributos e outras vantagens
inerentes e próprias dos investimentos em atividades produtivas.
Nessas
condições, o projeto em apreço pretende resgatar a verdadeira valorização do
sertanejo, suplantando em definitivo os programas governamentais demagógicos,
paliativos e de extrema ilusão, porque estes têm o condão de nunca resolver
nada em definitivo e ainda tem o poder de manter essa perversa situação de
plena e irremediável miserabilidade, com indiscutível vinculação ao vergonhoso
e espúrio projeto político-eleitoreiro, diante da caracterização da sua
finalidade puramente populista, com o aproveitamento da ingenuidade de população
que prefere ser tratada dessa maneira, quando, à toda evidência, há real alternativa
de valorização do sertanejo, por meio de algo que ele possa se sentir verdadeiramente
dignificado com os seus trabalho e salário, sem precisar temer pelo futuro.
É
justamente assim que devem proceder os governos sensíveis e principalmente preocupados
com a solução da deplorável indiferença à crônica pobreza de região que se
encontra no estado de permanente precariedade, justamente pela forma
irresponsável como vem sendo abandonada por governos que não tiveram a necessária
preocupação em priorizar políticas públicas para sanear essa triste e inaceitável
situação, apenas concedendo benefício com viés de apenas atenuação do mal, sem
perspectiva de resolvê-lo, dando a entender que tudo já foi feito e agora o
problema não é mais do Estado, em clara demonstração de irresponsabilidade
administrativa.
É
importante se implorar para que os políticos do Nordeste saiam do crônico
imobilismo e cerrem fileira em apoio a essa importante sugestão ou apresentem
outras sugestões com finalidades semelhantes, como forma de mostrar o seu amor
ao Nordeste e ao seu povo, porque tem sido apenas ridículo para os homens
públicos representantes da região continuarem acomodados e se sentindo satisfeitos
com os indecentes, porém importantes, benefícios existentes, diante da constatação
e da experiência de que eles somente contribuem para aprofundar a insuportável
situação de miserabilidade, que é notória.
É
preciso que os nordestinos, especialmente aqueles que precisam viver exclusivamente
como gente digna, sem necessidade de idolatria ou ideologia que, em absoluto,
não contribuem para a definição do seu futuro, porque o passado já foi plasmado
com a cara do presente, representado apenas pelo estado atual de plena estagnação,
sem a menor perspectiva de melhoras, se despertem do estado de intensa letargia,
optando para a possibilidade de se vislumbrar novos horizontes para a região
nordestina, principalmente com o aproveitamento da possível boa vontade do novo
presidente do país, que precisa remover os cadáveres insepultos das velhas
oligarquias políticas, cujos projetos políticos tinham como serventia a defesa
de seus interesses pessoais e partidários, em detrimento das causa da população
e do Brasil, evidentemente tendo em vista à plena e absoluta dominação das
classes política e social, bem assim a conquista do poder e a permanência nele.
Convém
que a população, encabeçada por lideranças de entidades e organizações sociais,
também se mobilize no sentido de exigir a implantação de projetos e programas
capazes de gerar empregos e rendas para a população mais carente do Nordeste,
como forma de efetiva contribuição para tirá-lo da pobreza crônica, por meio de
instrumentos e mecanismos que levem, enfim, ao seu desenvolvimento
socioeconômico. Brasil: fique nele e o ame!
Brasília, em 10 de
novembro de 2018
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