sábado, 10 de novembro de 2018

Urge a mobilização dos nordestinos


Aproveitando o ensejo da publicação da crônica intitulada “Polo de Desenvolvimento do Nordeste”, tive a ideia de complementá-la com o texto a seguir, que mereceu a devida retocada neste artigo, para se mostrar a sua real importância para os nordestinos.
A sugestão contida na crônica supracitada visa povoar o querido Nordeste com verdadeiro polo de desenvolvimento industrial, com a presença maciça de indústrias instaladas nas pequenas e remotas cidades nordestinas, como verdadeiras zonas francas do Sertão.
Trata-se, na verdade, de estridente grito de pedido de socorro aos nordestinos não somente ao futuro presidente da República, mas aos homens públicos da região, mesmo aqueles que tenham a mínima sensibilidade política e humana, para que possam, nesse caso, entender que esse povo sofrido e carente não merece mais continuar submetidos às agruras e às intempéries estritamente da dependência dos programas assistencialistas do Governo federal, como o Bolso Família e outros.
É preciso ficar evidenciado, de forma bastante clara, que a dignificação do homem precisa ser identificada com o seu verdadeiro nome: trabalho, que tem o condão de garantir não somente emprego e renda, mas especialmente produção, oportunidades diversas e desenvolvimento para toda região, de maneira integrada e que todas as cidades do interior possam vislumbrar o próprio progresso, para logo e, se possível, sem perda de tempo, uma vez que a demora significa enorme prejuízo para a região, que não suporta mais tantos descaso e abandono por parte dos homens públicos, na sua maioria constituída de aproveitadores das bondade e das ingenuidade desses bravos e heroicos sertanejos.
É evidente que não se pretende com isso, em absoluto, a extinção dos programas verdadeiramente assistenciais do governo, em especial o importante Bolsa Família, porque este é fundamental para as famílias de extrema carência financeira e que possivelmente muitas delas não tenham condições para preencher as normais exigências para o trabalho nas indústrias, nas fábricas, embora muitas delas vão se beneficiar com os eflúvios benfazejos do progresso que há de espargir por toda região, bastando que o presidente recém-eleito tenha boa vontade política e seja sensível às necessidades prementes de desenvolvimento do Nordeste.
Não há a menor dúvida de que os nordestinos já merecem, por seus méritos, com a devida justiça e legitimidade, o benefício por meio de projeto digno, que possa efetivamente materializar e assegurar algo substancial, palpável, com capacidade de transformar região paupérrima em polo de desenvolvimento nacional, por meio da industrialização incentiva com a redução de tributos e outras vantagens inerentes e próprias dos investimentos em atividades produtivas.
Nessas condições, o projeto em apreço pretende resgatar a verdadeira valorização do sertanejo, suplantando em definitivo os programas governamentais demagógicos, paliativos e de extrema ilusão, porque estes têm o condão de nunca resolver nada em definitivo e ainda tem o poder de manter essa perversa situação de plena e irremediável miserabilidade, com indiscutível vinculação ao vergonhoso e espúrio projeto político-eleitoreiro, diante da caracterização da sua finalidade puramente populista, com o aproveitamento da ingenuidade de população que prefere ser tratada dessa maneira, quando, à toda evidência, há real alternativa de valorização do sertanejo, por meio de algo que ele possa se sentir verdadeiramente dignificado com os seus trabalho e salário, sem precisar temer pelo futuro.
É justamente assim que devem proceder os governos sensíveis e principalmente preocupados com a solução da deplorável indiferença à crônica pobreza de região que se encontra no estado de permanente precariedade, justamente pela forma irresponsável como vem sendo abandonada por governos que não tiveram a necessária preocupação em priorizar políticas públicas para sanear essa triste e inaceitável situação, apenas concedendo benefício com viés de apenas atenuação do mal, sem perspectiva de resolvê-lo, dando a entender que tudo já foi feito e agora o problema não é mais do Estado, em clara demonstração de irresponsabilidade administrativa.
É importante se implorar para que os políticos do Nordeste saiam do crônico imobilismo e cerrem fileira em apoio a essa importante sugestão ou apresentem outras sugestões com finalidades semelhantes, como forma de mostrar o seu amor ao Nordeste e ao seu povo, porque tem sido apenas ridículo para os homens públicos representantes da região continuarem acomodados e se sentindo satisfeitos com os indecentes, porém importantes, benefícios existentes, diante da constatação e da experiência de que eles somente contribuem para aprofundar a insuportável situação de miserabilidade, que é notória.
É preciso que os nordestinos, especialmente aqueles que precisam viver exclusivamente como gente digna, sem necessidade de idolatria ou ideologia que, em absoluto, não contribuem para a definição do seu futuro, porque o passado já foi plasmado com a cara do presente, representado apenas pelo estado atual de plena estagnação, sem a menor perspectiva de melhoras, se despertem do estado de intensa letargia, optando para a possibilidade de se vislumbrar novos horizontes para a região nordestina, principalmente com o aproveitamento da possível boa vontade do novo presidente do país, que precisa remover os cadáveres insepultos das velhas oligarquias políticas, cujos projetos políticos tinham como serventia a defesa de seus interesses pessoais e partidários, em detrimento das causa da população e do Brasil, evidentemente tendo em vista à plena e absoluta dominação das classes política e social, bem assim a conquista do poder e a permanência nele.
Convém que a população, encabeçada por lideranças de entidades e organizações sociais, também se mobilize no sentido de exigir a implantação de projetos e programas capazes de gerar empregos e rendas para a população mais carente do Nordeste, como forma de efetiva contribuição para tirá-lo da pobreza crônica, por meio de instrumentos e mecanismos que levem, enfim, ao seu desenvolvimento socioeconômico. Brasil: fique nele e o ame!
          Brasília, em 10 de novembro de 2018

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