quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

A beleza da gratidão


Quando do meu aniversário, ocorrido recentemente, recebi muitas mensagens, todas com os cumprimentos de praxe e outros tantos carinhos, mas algumas delas tocaram o meu coração, em especial porque não é normal que isso aconteça no dia a dia, somente em data realmente diferenciada, tendo despertado meu interesse em fazer melhor explanação sobre o verdadeiro sentido da minha gratidão aos meus anjos da guarda, com a escolha de uma das histórias que marcaram a minha vida, conforme abaixo.
Pois bem, a prezada amiga Libânia Fernandes Nogueira disse exatamente o seguinte: “Linda a sua história. E o mais lindo ainda é sua gratidão a todos que lhe estenderam a mão. Parabéns, mesmo”.
Diante dessa situação, imediatamente, eu disse: Prezada amiga Libânia, agradeço de coração a sua linda mensagem e prossegui explanando sobre o que a efetividade de uma gratidão.
Uma das lições que aprendi na vida foi exatamente o princípio da gratidão, porque quem pratica o bem, às vezes, nem percebe o tanto do benefício que fez a alguém, mas quem recebe tem a obrigação de nunca esquecer que foi ajudado, beneficiado por algo tão importante na vida.
No meu caso, eu me considero vitorioso, como disse na crônica dos setenta anos, fruto do meu esforço e da minha dedicação, mas tenho absoluta certeza de que não teria alcançado meus objetivos sem a ajuda decisiva e importante de meus anjos da guarda.
Com a ajuda de Deus, eu acho que todas as ajudas que recebi na vida provieram exatamente da minha persistência em merecê-las, porque ninguém é ouvido se não tiver algo que justifique isso.
Certa feita, eu não acreditava que um dos anjos da guarda citados na crônica de meus setenta anos fosse atender pedido meu, que era de vida ou morte, porque eu não acreditava que ele fosse se interessar pelo caso, diante da sua forma taciturna e protocolar como ele se relacionava com as pessoas à sua volta.
No final da minha descrição do problema, ele me disse: eu vou lhe ajudar a solucionar seu caso, somente porque você merece.
Palavras dele: "eu, com mais de 30 anos de vida militar, nunca vi uma pessoa como você,... (por isso, isso e aquilo)".
Esse anjo da guarda falou com o Ministro da área e meu caso foi solucionado.
Para se evitar ilação estranha sobre o fato versado aqui, esclareço que o objeto do pedido cingiu-se à mera interpretação sobre dispositivo legal (sem envolver qualquer jeitinho brasileiro), no sentido de se permitir a minha baixa do serviço militar antes do tempo estipulado, com a dificílima intercessão direta do  ministro da área, que autorizou o meu licenciamento da Aeronáutica, para possibilitar que eu assumisse cargo público para o qual eu havia sido aprovado em concorrido concurso público.  
A minha gratidão para com ele foi tanta que, no mesmo ano, meu último filho nasceu e eu coloquei o segundo nome desse anjo no meu filho e o mesmo anjo se tornou padrinho do meu pimpolho, tamanha foi a gratidão pelo milagre que ele operou nesse caso e eu não tenho como esquecer e jamais não ser grato pelo resto da vida, por ajuda que felizmente deu expressivo impulso à minha vida profissional e até mesmo depois de aposentado, que possivelmente não estivesse escrevendo esse monte de bobagens que venho postando no dia a dia.
É evidente que ele fez tudo isso por entender que eu tinha algum mérito, mas nem por isso se pode tirar dele a importância da obra realizada, com a autenticidade de verdadeiro anjo da guarda, por ter defendido, com ardor, minha causa que eu já a considerava impossível, se não fosse pela ajuda dele.
          O certo é que, mais uma vez, a partir disso, o rumo da minha trajetória de vida foi renovado, por ter ganho fantástico impulso, de magistral importância para a minha carreira no serviço público, inclusive pelo fato de que, na nova função, eu ter aprendido a criar gosto pela arte de escrever e devo ter perdido completamente o controle da situação, tornando-me dependente compulsivo pelo gosto de escrever.
Em razão dessa obsessiva mania pela arte de escrever, já publiquei exatos 36 livros e na proximidade da conclusão do 37º, que não passa da próxima semana, somente a partir da minha aposentadoria, em 1º de abril de 2011, no interregno de aproximadamente oito anos, quando fui levado a publicar meu primeiro livro, juntando até mensagens escritas para familiares e outros textos que eram esporadicamente publicados no Correio Braziliense, o principal jornal de Brasília, que exige no máximo 10 linhas para a crônica ser publicada.
Acontece que minhas crônicas se tornaram mais abrangentes e cresceram de tamanho, com a minha ânsia de escrever e escrever cada vez mais e sem parar, conforme mostra a coleção de livros produzidos por mim, que tem sido motivo de espanto para quem chegou na Capital Federal, há quase 53 anos, faltando menos de um mês, apenas trazendo na valise (malinha de pano), como bagagem cultural, o saber aprendido no curso primário e ainda sem profissão, cuja história realmente me impressiona porque os resultados certamente não poderiam ter sido melhores, por contarem história de vida de muitas lutas, desde a infância até meus setenta anos, mostrados em pinceladas na crônica citada na inicial.    
Gostaria de mencionar nesta crônica, como agradecimento, mesmo se tratando texto escrito posteriormente, mas não tem problema, porque o seu sentido tem exata conexão com o sentimento da gratidão, que foi escrito pelo querido mestre Paulo Santiago Filho, que disse em razão do agradecimento postado dias depois do meu aniversário, nestes termos: “Putz, que alegria. Muito bacana mesmo. Aristóteles disse: ‘A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las’. Esse é o seu caso, Mestre Adalmir, com mais um adendo meu: “A gratidão é o mais nobre dos sentimentos’. Em você esse sentimento é mais do que evidente. Parabéns por tudo e obrigado pelo que representa para nós. Que DEUS o abençoe cada vez mais.”.
Em conclusão, agradecendo as mensagens de apoio e carinho, pelo transcurso do meu aniversário, esclareço que todos os anjos da guarda citados no texto em referência, já foram devidamente homenageados por mim, por meio de dedicatória, crônica ou citação em artigos, todos publicados em livro, mostrando a minha autêntica forma de reconhecimento pelos benefícios que eles fizeram para mim e que jamais serão esquecidos, diante da importância e da contribuição à minha história de vida.
Brasília, em 13 de fevereiro de 2019

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