sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Uma vida em santidade


Por ocasião da postagem feita pela prezada prima Vescijudith Fernandes Moreira, de mensagem anunciando o dia 31 de janeiro como a data que se comemora, no Sítio Santa Umbelina, Uiraúna (PB), a cultural e tradicional Renovação do Coração de Jesus, com orações e outras formas de adoração, eu fiquei simplesmente deslumbrado, em especial, com as fotografias mostrando a imagem carismática e angelical de tia Maroca, a imponente casa onde ela morava, a imagem do Menino Jesus, que era a razão da vida dela.
O meu encantamento foi imediato, justamente porque aquelas fotografias me transmutaram, em pensamento, para locais relacionados à minha intimidade, da minha infância.
Lembro-me de que a querida dona Dalila, minha inesquecível mãe, tinha enorme e especial admiração por tia Maroca e, por esse preferencial motivo, ela sempre fazia prazerosas visitas à casa dela e da família dos saudosos tios Joaquim e Judite.
Eram bons tempos que eu ainda guardo na memória, não sei exatamente porquê, uma imagem de um carro bem antigo, tipo Ford, baratinha, cor preta, saindo da casa de tia Maroca, em encoberto de poeira. Posso até imaginar que esse automóvel pertencia a alguém da família ou de conhecido dela.
Agora, as imagens de tia Maroca e do Menino Jesus são simplesmente deslumbrantes, excelentes e marcantes. Não existia nada mais fantástico do que o amor que ela tinha pelo Menino que ela cuidava com o maior zelo e carinho.
A minha mente povoa a imagem de lindas roupas brancas do Menino Jesus, muito bem trabalhadas. Eram roupas especiais, mesmo. Eu ficava impressionado com a beleza das roupas que ela confeccionava e cuidava, para mantê-Lo sempre lindo, com os inexcedíveis zelo e adoração.
Na minha tenra e ingênua infância, eu achava estranho o tanto de roupas que tia Moroca confeccionava e guardava com muito amor, para servir à imagem tão pequenina, obviamente longe de imaginar que a devoção dela se circunscrevia somente ao mundo do seu precioso oratório, que precisava ser ornado e cuidado com o que de melhor pudesse satisfazer à sua bondade de cristã que recebeu essa importante missão de zelar logo Ele: o Menino Jesus.
Outro fato que achava interessante era que mamãe tinha o momento de conversa com tia Maroca, junto à imagem do Menino Jesus, quando as duas ficavam por longos tempos contemplando-a e, por certo, em especial, as roupinhas, tanto as mais antigas como as novas e tudo era motivo de comentários e elogios, achando muito lindas as vestes que eram postas em desfiles de moda, para a admiração dos visitantes, individualmente.
É evidente que mamãe tinha poderes mágicos na cozinha, mas ela não dispensava os deliciosos biscoites de tia Maroca. Agora, eu até acho que mamãe ia mais na casa dela para matar a saudade e se deliciar desses biscoites apetitosos, que, salvo engano, devido ao longo tempo já decorrido, eles eram guardados em potinhos de barro, coberto com pano.    
O certo é que não existiam vocação e amor maiores no coração de tia Moroca, por uma causa mais do que especial, que fez parte permanente da vida dela.
Ela era extremamente fervorosa e pura, com o seu jeitinho angelical que conquistava a simpatia, a admiração e o amor de todas as pessoas, que procuravam conhecer de perto a linda missão que ela se propôs a cumprir de veneração ao seu Menino Jesus, cuja rica e fantástica história era conhecida nas redondezas.
          Ela tem os meus eternos carinho e amor, como pessoa santificada, na Terra, que foi respeitada não somente por sua graça de cuidar com veneração do Menino Jesus, mas em especial por seu amor ao seu semelhante, em harmonia com os ensinamentos cristãos.
Eu posso dizer que conheci pessoa ímpar e especial, que levou a vida em completa condição de ser feliz e de disseminar esse sentimento para as pessoas, como forma de praticar o bem para o seu próximo.
Desejo que os eventos em comemoração à Renovação do Coração de Jesus, tendo com inspiração a imagem santa do Menino Jesus, sejam perpetuados com o mais puro fervor, por ser algo muito lindo, como tudo que acontecia no passado e ainda acontece nos dias atuais, porque as pessoas precisam cada vez valorizar os sentimentos de cristandade.
Salve Santa tia Maroca, diante da sua eterna pureza de cristandade. Amém!
Brasília, em 1º de fevereiro de 2019

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