quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Indiscutível insensatez


A vice-presidente do regime ditatorial chavista acusou a ajuda humanitária enviada à Venezuela de ser "contaminada, envenenada e cancerígena".
A bolivariana afirmou que "Poderíamos dizer que são armas biológicas, o que pretendem introduzir com essa ajuda humanitária".
No mesmo dia, milhares de venezuelanos foram às ruas em todo o país para pressionar o governo chavista a liberar a entrada do carregamento de comida e remédios – parte dele retido na fronteira com a Colômbia por apoiadores do regime.
O declarado presidente interino de oposição afirmou, por sua vez, que a ajuda humanitária chegará à Venezuela até 23 de fevereiro, com a entrada dos comboios por novos pontos de coleta, inclusive na fronteira com o Brasil, em Roraima.
Enquanto não se resolve o imbróglio sobre a ajuda humanitária, o regime chavista acusa, pasmem, os Estados Unidos da América de tramarem golpe de estado com a entrada dessa ajuda, algo absolutamente fantasioso, por se perceber que mera ajuda humanitária não teria o condão de ensejar a efetivação de derrubada de governo, salvo no âmbito de pensamento atrofiado e involuído.
Por seu turno, o presidente venezuelano se defende dizendo que as sanções impostas pelo governo norte-americano são responsáveis pelas fome e crise de abastecimento instaladas no país.
Na verdade, a ruína naquele país já vem de longa data, desde o debacle da economia, a partir do ferrolho implantado pelo regime socialista, com o controle dos negócios e do mercado, com destaque para as importações, que tudo passa pela apertada fiscalização do governo.
Em mais um dia de gigantescos protestos, nesta semana, milhares de venezuelanos foram às ruas do país, em manifestação contra o bloqueio imposto pelo regime ditatorial chavista à ajuda humanitária enviada ao país.
Caminhões e militares favoráveis ao governo chavista fecharam ponte, na fronteira com a Colômbia, para impedir a passagem dos carregamentos de alimentos e remédios.
O declarado presidente interino pediu aos militares que deixem entrar os carregamentos, tendo apelado no sentido de que "As Forças Armadas devem decidir se estão do lado da Constituição".
Ele afirmou que "Apostaram em nos dividir, e aqui estamos mais unidos e fortes do que nunca. A ajuda humanitária vai entrar de qualquer maneira na Venezuela porque o usurpador vai ter de partir da Venezuela".
O líder oposicionista também cobrou dos militares, em forma de apelo: "Uma ordem aberta às Forças Armadas: permitam a entrada da ajuda humanitária. Terão alguns dias para se colocarem ao lado da Constituição e da humanidade. São as vidas de 300 mil venezuelanos que estão em risco".
Vejam a que ponto chegou a mentalidade irracional, retrógrada e insensível do governo socialista da Venezuela, ao ter a infeliz ideia de qualificar a ajuda humanitária como sendo de material contaminado com veneno, capaz de produzir câncer, diante da possiblidade de se tratar de armas biológicas, evidentemente com alto grau de teor pernicioso e prejudicial à vida humana, ou seja, a ajuda humanitária, composta por alimentos e remédios, não passaria de verdadeira bomba mortífera para quem já padece com a fome e a doença, o que, se fosse verdade, não faria diferença, porque nem se sabe o que seria pior a morte pela fome ou pela contaminação, ante o final trágico é inevitável, em ambos os casos.
Não há a menor dúvida de que essa gente insensata demonstra mentalidade  muito aquém do razoável comparável a ser humano, quando tem a inferior capacidade de fazer pronunciamentos como o da vice-presidente do regime bolivariano, mostrando claramente a falta de sensibilidade para tratar de coisa de suma importância, como a ajuda humanitária em sentido extremamente pejorativo, degradante e prejudicial à vida humana, exatamente para que a população se posicione contrariamente ao benefício da maior importância para pessoas necessitadas, no momento, porque se trata de produtos inexistentes em comunidades pobres e carentes.
Há nessa declaração notório sentimento de grau de sandice, por não haver a mínima comprovação sobre a sua afirmação, que tem por finalidade destorcer a realidade dos fatos, no sentido de tentar justificar a monstruosidade do governo ditatorial acerca da proibição da entrada da tão necessária e valiosa ajuda humanitária.
É extremamente lamentável que os militares venezuelanos também se tornem insensíveis e desumanos em colaborem com a troglodita proibição da ajuda humanitária, principalmente porque eles estão sentindo na carne o sofrimento de muitos venezuelanos, que estão sendo submetidos ao sofrimento da forme e da dor, ante a falta de medicamentos, enquanto eles, os militares, estão sendo beneficiados com as prerrogativas do desgraçado regime socialista/comunista, que tem sido símbolo de horror e tragédia, com muito martírio para a população indefesa e massacrada pelas intermináveis crises.
Causa perplexidade e espanto a Organização das Nações Unidas – ONU fechar os olhos e se fazer de mouca diante da catástrofe que grassa na Venezuela, com a sua indiscutível omissão, em que a falta de alimentos e remédios mais que exige a sua presença até mesmo para a mediação diplomática, com vistas a se permitir a entrada da importante ajuda humanitária àquele povo, que foi privado desse socorro, sem qualquer justificativa plausível, por se tratar de ajuda indispensável neste momento de extrema dificuldade, porque ela poderia contribuir para minimizar o sofrimento e a dor de muitos seres humanos.
Não se pode desconhecer que a ONU, órgão com competência mundial na área humanitária, precisa ter participação urgente e ativa nos países que se debatem em graves crises, como no caso da Venezuela, como forma de se contribuir para a busca de solução para os conflitos internos ou, ao menos, para o encaminhamento de negociação que vislumbrem as suas harmonia e  pacificação.     
Diante da mentalidade e do pensamento tão dissonantes da realidade venezuelana, ante a invenção de situações medíocres, estapafúrdias e ridículas, como essa de que a ajuda humanitária não passa de produtos contaminados com substâncias venenosas, capazes de provocar doença como o câncer, sob a evidência de se tratar da existência de armas biológicas capazes de causar mal à população, somente resta a ilação de que a ditadura venezuelana incorre também em crime contra a humanidade, para o que precisa ser julgada, diante da iminência de se permitir a letalidade de pessoas indefesas que poderiam ser salvas com o referido socorro, que vem sendo recusado tão somente para não se dá a mão à palmatória sobre os maus-tratos protagonizados pelo governo socialista, em cristalina demonstração de imperdoáveis crueldade e desumanidade.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 14 de fevereiro de 2019

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