sábado, 16 de março de 2019

A óbvia cumplicidade


O terceiro suspeito de envolvimento no ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), negou ter participado do crime, mas disse que esperava ter sido convidado pelos colegas.
O delegado responsável pelas investigações disse que "Ele não sabe dizer por que não foi convidado e esperava ter sido convidado".
O jovem, de 17 anos, também confirmou que os amigos dele já tinham comentado com ele sobre o desejo de praticar um atentado na escola, tendo afirmado ainda que chegou a sugerir que usassem explosivos e bombas, onde aqui demonstra a sua total mente poluída e selvagem ao extremo, quando propugna pelo uso de equipamentos de maior poder destruidor, que, se usados, a carnificina teria sido de proporção simplesmente alarmante.
O adolescente foi ouvido pelo Ministério Público, depois de prestado depoimento à polícia, que realizou buscas na casa dele e localizou coturnos parecidos com os usados pela dupla criminosa, além da apreensão de anotações em códigos, para não serem identificas as conversas entre eles.
Causa perplexidade que, em que pese o delegado ter solicitado a apreensão do ex-aluno, a promotoria concluiu que não havia indícios suficientes para tanto e preferiu aguardar a conclusão do inquérito.
O delegado deixou muito claro que "Ele tinha ligação direta com todo o planejamento, ajudou a iniciar toda a execução e não participou da ação. É muito perigoso, do nosso ponto de vista, deixá-lo em liberdade. Ele pode e já disse em depoimento que queria ter participado e que gostaria de fazer isso".
O Ministério Público justificou a sua posição, até o momento, afirmando que havia pedido "a realização de diligências complementares por parte das autoridades policiais para, posteriormente, se for o caso, pedir a sua internação (do jovem), como determina o ECA".
Pelo visto e é o que se pode intuir, para a promotoria, só pode ser considerado criminoso se alguém aparecer para depor com as mãos sujas de sangue e portando armas até os dentes e ainda declarar que pode explodir e matar quem atravessar à sua frente.
O jovem participou do planejamento sobre massacres bárbaros, tinha equipamento próprio para atacar e ainda confessou estranhar não ter sido convidado para participar da barbárie.
          Meu Deus! Que país é esse que ainda tem promotoria tão leviana, incompetente e omissa, que não enxerga crimes em situação ultraconstrangedora como essa, além de extremamente comprometedora, como mostram os relatos, em que a pessoa tem conhecimento de fatos extremamente explosivos e destruidores contra a sociedade, participa da fase de planejamento, dando sugestão para o uso de explosivos e bombas, os omite das autoridades policiais, o que teria evitado tamanha catástrofe, cuja omissão contribuiu para a eliminação momentânea de dez vidas.
Ou seja, em clara e inafastável prática de crime por omissão sobre o conhecimento de fatos que levaram a perpetração de gravíssimos crimes em série, e ainda é beneficiado, pasmem, pela magnanimidade do Ministério Público, que simplesmente não vê indícios suficientes para prendê-lo, quando a culpa borbulha com o simples conhecimento da operação criminosa, que poderia ser deflagrada a qualquer momento, como já ocorreu, diante do espanto do terceiro integrante da quadrilha de monstros, que não compreende a qual pela qual ele deixou de ser convidado para a chocante matança.
Ele simplesmente lamenta não ter sido partícipe desse horroroso e macabro episódio, que poderia ter sido evitado se esse monstro sobrevivente tivesse tido a sensibilidade humana de denunciar os dois bandidos que materializaram essa história de horror e martírio, com a morte de pessoas inocentes e indefesas.
Em qualquer país subdesenvolvido, para não desagradar as republiquetas, situação com as configurações apresentadas pela mente da terceira criatura anômala, já seria considerada potencial criminoso, não se permitindo que esse elemento igualmente perverso tivesse livre participação como integrante da sociedade, diante da sua incompatibilidade com as pessoas normais e do altíssimo risco que ele oferece, em termos de destruição do ser humano, conforme ele deixou evidente que seria capaz de ter usado explosivos e bombas, no massacre em apreço.  
Os brasileiros anseiam por que essa pessoa insensível e desumana, que participou do planejamento de atos criminosos, indiscutivelmente contrários aos princípios humanitários, tendo omitido fatos bárbaros das autoridades policiais, sendo, por isso, penal e juridicamente cúmplice com a matança de gente inocente e digna, seja julgada e condenada por seus crimes bárbaros contra o ser humano, de modo que a sua punição exemplar, dura e à altura da sua crueldade, sirva de lição pedagógica para que outros jovens não se enveredem em caminhada tão monstruosa e degradante.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 16 de março de 2019

Nenhum comentário:

Postar um comentário