O
presidente da Câmara dos Deputados recebeu o ministro da Justiça e Segurança
Pública, para café da manhã, depois da intermediação entre ambos por uma deputada
do partido do presidente da República.
A aproximação
entre as aludidas autoridades ocorreu justamente dias depois de estranho desentendimento
público entre os dois, em que o deputado chegou a dizer, de maneira áspera e
deselegante, em tom de menosprezo, que o ministro era mero "funcionário do Bolsonaro" e que seu
projeto de combate ao crime não passava de "copia e cola", fazendo
alusão às propostas já apresentadas pelo governo anterior ao Congresso Nacional.
Segunda a
deputada que intermediou esse importante encontro, que teve por objetivo selar
a harmonia em benefício do interesse público, "Os dois inauguraram um clima de paz", tão indispensável para a
implementação de medidas jurídicas da maior relevância para o país.
De acordo
com a deputada, o presidente da Câmara se comprometeu inclusive a adotar
medidas necessárias à dinamização da discussão do projeto anticrime no Parlamento,
chegando a combinar ainda que a proposta passará a tramitar concomitantemente na
Câmara e no Senado.
A parlamentar,
manifestando seu regozijo pelo êxito do encontro, disse que "Foi uma conversa muito produtiva, em que
eles alinharam toda a tramitação do pacote anticrime. Maia se comprometeu a
acelerar a tramitação das propostas e a usar todos os procedimentos regimentais".
Em
conclusão, a congressista afirmou que, "Ao mesmo tempo, um senador apresentará o projeto no Senado. Os dois vão
tramitar paralelamente. Assim, quando a votação na Câmara se encerrar, a
discussão no Senado já estará adiantada e a aprovação será rápida lá também.”.
Não há a
menor dúvida de que esse encontra pode contribuiu para afastar toda forma de
sentimento maléfico e depreciativo que já se permitia concluir diante das
manifestações estapafúrdias atribuídas ao presidente da Câmara, onde ele tratou
de ridicularizar e apequenar, ao máximo, o pacote anticrime apresentado pelo
governo, que tem a autoria do ministro da Justiça, cujo talento, reconhecido internacionalmente,
havia sido rebaixado a desprezível copiador de trabalho do seu antecessor.
Além do
que, no pacote anticrime atual, não havia a indicação de qualquer novidade, quando
foi apurado que não era verdade inteira, uma vez que o projeto anterior não
tratava, com profundidade, do especial tema sobre aperto à corrupção, que é
justamente a especialidade do ministro da Justiça, em razão da sua larga experiência
à frente da Operação Lava-Jato, por alguns anos, com resultados extremamente
expressivos, conforme mostram os registros pertinentes.
Na
verdade, o encontro das referidas autoridades tem o condão de mostrar que havia
algo estranho, curto-circuito errado por parte especialmente, do presidente da
Câmara, que teve a dignidade vir desfazer, agora, em boa hora, o mal-entendido
que teria deixado o ministro em situação bastante incômoda e delicada, diante
do entendimento de que, se ele apenas tivesse copiado, sem acrescentar nada ao
texto anterior, bastava, por princípio, reiterar os termos do projeto com tramitação
paralisada na Câmara, lembrando que a gravidade dos assuntos criminais que se
pretendem combater com o pacote anticrime continuava a existir e que se faz
necessária e premente a aprovação daquelas medidas, com o que ele não correria
o risco ser ridicularizado, por incompetência, como assim quis fazer o dirigente
da Câmara Baixa do Congresso, em deplorável atitude.
Desta
feita, com a aproximação entre ambos, o presidente da Câmara dá a mão à palmatória,
reconhecendo a importância das medidas constantes do pacote anticrime, da lavra
do ministro da Justiça, embora seja mais do que provável de que muitos
congressistas vão tentar criar estorvos à aprovação de medidas que visam
dificultar, ao máximo, as atividades dos criminosos de colarinho branco, que não
se conformam com o aperfeiçoamento das medidas destinadas ao rigoroso combate à
criminalidade e à impunidade, quando se sabe que o Congresso acomoda muitos parlamentares
aproveitadores do dinheiro público, à vistas das inúmeras investigações em
tramitação no Supremo Tribunal Federal, tratando de denúncias sobre casos de
corrupção envolvendo recursos públicos.
A
sociedade espera que a reaproximação entre o presidente da Câmara dos Deputados
com o ministro da Justiça e Segurança Pública possa favorecer o melhor clima de
entendimento entre o Executivo e o Legislativo, de modo que isso também facilite
a aprovação de medidas jurídicas de suma importância para o combate à
criminalidade, em especial no que diz respeito à corrupção, à lavagem de
dinheiro, enfim, à improbidade administrativa, que têm sido uma das piores
chagas imperantes na administração pública, com altíssimo poder devastador dos
cofres públicos, conforme mostram os fatos deletérios.
Brasil:
apenas o ame.
Brasília, em 29 de março de 2019
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