Certamente
com o viés populista, próprio da sua personalidade política, o presidente da
República petista postou vídeo com sua imagem, disseminando discurso contrário
à reforma da Previdência apresentada pelo governo.
O
petista centraliza alegação de que o governo quer colocar a culpa pelo déficit
previdenciário sobre as costas dos trabalhadores mais pobres, afirmando que não
se trata de reforma, mas sim de desmonte da Previdência, em que o povo trabalhador,
o trabalhador rural, os deficientes em geral serão prejudicados, porque, na
verdade, trata-se de tentativa da retirada de direitos do trabalhador, para justificar
a solução da déficit fiscal.
O
político entende que o rombo nas contas previdenciárias somente se resolve com
o aumento de emprego e com o aumento de impostos sobre a classe mais rica,
inclusive sobre as exportações.
A
classe política e as pessoas sensatas não têm a menor dúvida de que ou se faz a
reforma da Previdência ou então o caos pode ser instalado em definitivo e
somente as pessoas desinformadas ou imbuídas de outros propósitos que não o da
verdade sobre os fatos demonstram opinião contrária à sua aprovação.
Embora
o governo e os entendidos falem abertamente sobre a urgente necessidade da
reforma em causa, é preciso que seja mostrada à população a origem do rombo das
contas previdenciárias, com a indicação dos governos responsáveis por ele.
Quem
acha que o petista diz a verdade, basta lembrar que a presidente da República
afastada deixou a marca astronômica de 13 milhões de desempregados e expressivo
rombo nas contas previdenciárias e não fez absolutamente nada para estancar a
sangria no déficit previdenciário.
Essa
conversa de se criar mais tributo para sanar as contas da Previdência não passa
de demagogia barata, porque as aposentadorias são pagas com as contribuições
dos trabalhadores, à luz da legislação de regência.
Todo
mundo sabe que o dinheiro da Previdência sempre foi desviado pelos governos
para solucionar pagamentos referentes a outras origens, inclusive para
atendimento de obras públicas faraônicas, cujas retiradas nunca foram repostas
e tudo ficou por isso mesmo, ficando a Previdência no prejuízo.
É
preciso que haja auditoria para se mostrar para onde foi o dinheiro da
Previdência, com retroação há pelos menos cinquenta anos, para depois se verificar
se é preciso alguma reforma ou se basta apenas que o governo devolva o dinheiro
da Previdência empregado em outras finalidades públicas.
Além
disso, é preciso fazer levantamento sobre as grandes empresas devedoras,
inclusive estatais, que devem bilhões de reais à Previdência e contribuem fortemente
para o rombo das contas previdenciárias.
O
governo petista não fez reforma da Previdência, salvo uma reformulação no setor
público, obrigando que os aposentados passassem a pagar a Previdência, embora não
seja novidade que o próprio petista reconhecesse a necessidade dela.
Segundo
o governo, o projeto em causa tem robusteza, justiça e coerência, caso seja
aprovado na forma como foi enviada ao Congresso Nacional, evidentemente a
depender de possíveis desidratação, para atender interesses de lobbys,
corporativismo ou conveniências partidárias, à vista da manifestação espetacular
e desfocada da realidade do petista-mor.
O
governo espera que a reforma possa restituir mais justiça ao sistema, permitindo o progressivo
equilíbrio das contas públicas, que é exatamente o cerne da sua proposição,
conforme a sua justificativa.
A
verdade é que a maioria das pessoas desconhece a exata realidade da Previdência
brasileira, o que se pode atribuir à deficiência de comunicação do governo, que
poderia ser mais incisivo quanto ao detalhamento sobre os fatos relacionados
com os déficits, os assegurados/aposentados, o custeio da Previdência e principalmente
as suas receitas efetivamente arrecadadas, porque seus números são simplesmente
alarmantes e preocupantes.
Ao
que se sabe, a arrecadação total da União, que não é pouca coisa, está
comprometida com a Previdência, em, pasmem, 52%, ou seja, os gastos somente com
essa rubrica atingem o montante de mais da metade de toda receita federal, que
atingiu a cifra de R$ 693 bilhões, em 2018, tendo sido contabilizado o déficit anual
de R$ 266 bilhões, o equivalente a quase 39%.
Se
nada for aprovado, para estancar a sangria financeira, já há previsão de que os
gastos vão se elevar para o valor de R$ 750 bilhões, com o déficit de R$ 292
bilhões.
Também
há estimativa de que as despesas previdenciárias crescem em ritmo constante de
8% ao ano, que é mais do que o dobro do crescimento nominal do Produto Interno
Bruto (PIB).
Comparativamente
com o percentual, o Brasil gasta mais com a Previdência que qualquer país do
mundo, em que pese ainda contar com população mais jovem, em termos de
dependência ao sistema previdenciário.
A
análise mais fria que possa ser feita, à luz dos número trabalhados, se não
houver radical reformulação da Previdência, o crescimento econômico se torna
completamente impossível e as conta públicas serão progressivamente desidratadas
pelos constantes rombos desse descontrolado sistema, considerando que a sua
degradação não de é agora, porque a sua origem vem de governos passados,
inclusive de quem se arvora em passar mensagem mentirosa e irresponsável,
porque a sua obrigação é mostrar a verdade e contribuir para a busca de solução
digna e decente, como fazem os homens públicos que criticam com base em
elementos consistentes e fundamentados.
O
petista demonstrou que desconhece o texto da reforma proposto pelo governo,
porque ela mexe sim com privilégios, enquanto ele tenha dito que não.
Quem
acha que o petista fala a verdade, é melhor conhecer um pouco mais sobre o
projeto da reforma em apreço e verá que que ele precisa também conhecê-lo, para
não ficar dizendo inverdades, em momento impróprio, procurando apenas agitar o
ambiente político, mesmo porque ele prometeu se envolver com a derrubada da
proposta em foco, quando se sabe das limitações de quem se encontra encarcerado,
que não tem condições de atuar livremente, como ele teria insinuado nesse sentido.
Aliás,
o homem público precisa ser justo e dizer a verdade à população e não apenas
fazer discurso demagógico e populista para impressionar seus seguidores, sem a
devida objetividade, quando o caso exige o contrário, porque as pessoas
precisam entender o verdadeiro problema e se conscientizar sobre a necessidade
da reforma ou não, mas com base em elementos consistentes.
Todo
brasileiro tem direito sim de criticar e se solidarizar com a opinião de quem
quer que seja, mas é preciso que seja acima de tudo responsável, justo e consciente
sobre o seu posicionamento, de modo que a sua participação seja capaz de
contribuir para a solução do problema e não para tumultuar ainda mais a cabeça
das pessoas sobre matéria da maior importância nacional, como é o caso da
Previdência, que mexe com a vida de todo mundo.
Na
verdade, pelo muito pouco que se tem conhecimento sobre seus números, a mudança
da Previdência não é para agradar ao governo, mas sim para se evitar o colapso
das contas públicas, no seu conjunto, visto que há enorme dependência dela às
arrecadações de outras origens, sob pena de haver sério comprometimento ao
desenvolvimento socioeconômico nacional, com enormes prejuízos para a
população, diante da estagnação da economia, à vista da diminuição da produção
e do aumento do desemprego, fatos que não são nada favoráveis ao bem comum da
população em geral.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 4 de março de 2019
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