O ex-presidente da República tucano, diante da
indústria de boatos e intrigas prevalecentes no âmbito do novo governo, se manifestou sobre a
nova crise estabelecida no Palácio do Planalto, com o envolvimento do ministro
da Secretaria Geral da Presidência da República.
Em
sua conta no Twitter, o ex-presidente da República disse que é comum o que ele
chamou de desordem no início de governo, mas entende que a atual gestão está “abusando”.
O
ex-presidente tucano criticou ainda a indevida participação de familiares do
atual presidente do país nos assuntos governamentais, diante da possibilidade
da criação de clima de desconfiança e intranquilidade, em dissonância com os
princípios republicanos.
O
tucano afirmou, in verbis: “Início de
governo é desordenado. O atual está abusando. Não dá para familiares porem
lenha na fogueira. Problemas sempre há, de sobra. O Presidente, a família, os
amigos e aliados que os atenuem, sem soprar nas brasas. O fogo depois atinge a
todos, afeta o país. É tudo a evitar”.
É
de se acreditar que o presidente da República vem incentivando que todo mundo,
sem a mínima competência, possa vir a público e se manifestar à sua maneira e
tentar criar tumulto no seio do governo, inclusive com a participação da
filhocracia.
Essa
estranha e indevida forma de intromissão é absolutamente inadmissível em
governos competentes, sérios e responsáveis, porque é preciso se exigir o
respeito à liturgia do principal cargo da República, sob pena de se imperar a bagunça
e o descrédito.
Depois
de toda esculhambação possível, envolvendo o poder do país, espera-se que o mandatário
da nação se apresse em vir a público, porque é preciso simplesmente dizer uma
única palavra, repetindo, com muita ênfase: acabou.
A
partir de então, para mostrar a autêntica autoridade de presidente da
República, ele precisa chamar para si o controle do país e dizer à nação que a
desordem prevaleceu enquanto a sua autoridade esteve fragilizada diante do pré,
durante e pós operatório, em que ele esteve sob o domínio da tensão,
normalmente causada por essa angustiante e até natural transição.
Em
última análise, é preciso que o presidente da República compreenda que, nestes
dois meses, já aconteceram muitas desastradas cabeçadas entre integrantes do
governo, cujos desacertos devem servir como lição e aprendizagem, de modo que,
doravante, a máquina pública deve se esforçar para se buscarem os melhores entrosamento
e harmonização entre seus integrantes, como forma da convergência de ações que
levem à satisfação do bem comum, evitando-se, a todo custo, divergências
prejudiciais à integridade do governo.
Agora,
superadas as fases de indefinição, as altas decisões nacionais e importantes
políticas estruturais do Brasil precisam passar para o efetivo controle do
Presidente da República, em que tudo terá que ser decidido sob o clima de
absolutas ordem e tranquilidade e na
mais perfeita harmonia com os princípios republicanos e os interesses
nacionais, não se permitindo mais qualquer forma de curto-circuito no âmbito do
governo, que precisa se voltar para o exclusivo enfoque da consecução das políticas
públicas, em especial para as ações que exijam prioridades de implementação, em
consonância com as finalidades destinadas à satisfação do interesse público.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 2 de março de 2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário