sábado, 2 de março de 2019

A superação da aprendizagem

O ex-presidente da República tucano, diante da indústria de boatos e intrigas prevalecentes no âmbito do novo governo, se manifestou sobre a nova crise estabelecida no Palácio do Planalto, com o envolvimento do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República.
Em sua conta no Twitter, o ex-presidente da República disse que é comum o que ele chamou de desordem no início de governo, mas entende que a atual  gestão está “abusando”.
O ex-presidente tucano criticou ainda a indevida participação de familiares do atual presidente do país nos assuntos governamentais, diante da possibilidade da criação de clima de desconfiança e intranquilidade, em dissonância com os princípios republicanos.
O tucano afirmou, in verbis: “Início de governo é desordenado. O atual está abusando. Não dá para familiares porem lenha na fogueira. Problemas sempre há, de sobra. O Presidente, a família, os amigos e aliados que os atenuem, sem soprar nas brasas. O fogo depois atinge a todos, afeta o país. É tudo a evitar.
É de se acreditar que o presidente da República vem incentivando que todo mundo, sem a mínima competência, possa vir a público e se manifestar à sua maneira e tentar criar tumulto no seio do governo, inclusive com a participação da filhocracia.
Essa estranha e indevida forma de intromissão é absolutamente inadmissível em governos competentes, sérios e responsáveis, porque é preciso se exigir o respeito à liturgia do principal cargo da República, sob pena de se imperar a bagunça e o descrédito.  
Depois de toda esculhambação possível, envolvendo o poder do país, espera-se que o mandatário da nação se apresse em vir a público, porque é preciso simplesmente dizer uma única palavra, repetindo, com muita ênfase: acabou.
A partir de então, para mostrar a autêntica autoridade de presidente da República, ele precisa chamar para si o controle do país e dizer à nação que a desordem prevaleceu enquanto a sua autoridade esteve fragilizada diante do pré, durante e pós operatório, em que ele esteve sob o domínio da tensão, normalmente causada por essa angustiante e até natural transição.
Em última análise, é preciso que o presidente da República compreenda que, nestes dois meses, já aconteceram muitas desastradas cabeçadas entre integrantes do governo, cujos desacertos devem servir como lição e aprendizagem, de modo que, doravante, a máquina pública deve se esforçar para se buscarem os melhores entrosamento e harmonização entre seus integrantes, como forma da convergência de ações que levem à satisfação do bem comum, evitando-se, a todo custo, divergências prejudiciais à integridade do governo.  
Agora, superadas as fases de indefinição, as altas decisões nacionais e importantes políticas estruturais do Brasil precisam passar para o efetivo controle do Presidente da República, em que tudo terá que ser decidido sob o clima de absolutas ordem e  tranquilidade e na mais perfeita harmonia com os princípios republicanos e os interesses nacionais, não se permitindo mais qualquer forma de curto-circuito no âmbito do governo, que precisa se voltar para o exclusivo enfoque da consecução das políticas públicas, em especial para as ações que exijam prioridades de implementação, em consonância com as finalidades destinadas à satisfação do interesse público.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 2 de março de 2019

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