Não há a menor dúvida de que não
passa de indiscutível atraso atribuído à humanidade as manifestações de ódio disseminadas
na internet, quando importante político perde um neto.
Sem dúvida, há verdadeira
demonstração de falta de educação e desrespeito aos valores da família, aliada
à diminuição aos sentimentos da espiritualidade e do amor ao próximo, quando as
pessoas proferem, de forma leviana, manifestação de menosprezo ao seu
semelhante e o ofende de forma graciosa, como se fossem proprietárias da razão.
Na verdade, isso nada mais é do que
pura maldade do ser humano, que se satisfaz quando se manifesta pelo prazer de denegrir
a imagem de seu semelhante.
O sentimento humano se mostra
perturbador diante da complexa ideológica política, envolvendo a questão partidária,
que jamais deveria se confundir o sentimento humano, que ocorre normalmente com
qualquer pessoal, indistintamente de ideologia ou qualquer outra forma de
pensamento.
No caso da perda de uma criança, esse
fato foi elevado a nível de motivação pessoal, embora exigisse apenas forma
especial de solidariedade humana e jamais qualquer outra manifestação capaz de causar
tripúdio ou menosprezo à figura política do maior petista, conquanto são
situações absolutamente diferentes .
Não importa aqui que o avô da criança
falecida esteja, momentaneamente, em
situação de enclausuramento, porque isso tem influência na fatalidade em si.
O certo é que as redes sociais são
pródigas em mostrar situações embaraçosas, com a evidenciação de ódio político,
questões de homofobia e outras formas de segregação social, inclusive com relação
ao presidente da República, que não tem sido poupado das agressões destinadas a
sujar a sua imagem de homem público.
A verdade é que não falta motivo
para a disseminação de preconceito e ódio e as redes sociais estão sempre assoberbadas
desses vírus perturbadores das relações sociais.
Na prática, percebe-se facilmente que
as pessoas que disseminam preconceito e ódio, por meio da internet, têm no
coração sentimentos de pura maldade, que tem sido o principal nutriente que
alimenta a sua índole perversa e doentia.
É preciso acreditar na boa-fé da humanidade, na expectativa de
que ela é capaz de alimentar muitas esperanças de vida, mas é importante
denunciar quem ainda têm a mente atrofiada e distanciada do mundo real, por se
imaginar que seja possível a sua transformação em gente do bem e com sentimento
de amor ao próximo, sem preconceito e ódio.
As ofensas e as piadas despropositadas são forma de
manifestação mesquinha e deselegante, de cunho egoísta distanciado do mundo
real, com conotação completamente estranha aos sentimentos humanos de
pluralidade e amor.
Como
no mundo virtual, tudo o que se diz viraliza em dimensão incontrolável, com
repercussão extraordinária, é aconselhável se pensar muito bem antes de qualquer
opinião pessoal, porque a cautela contribui para se evitar estragos incalculáveis
contra o próximo.
Infelizmente, o sentimento humano chega a
surpreender a própria humanidade, que cada vez mais procura nutrir, com o
auxílio da mídia, o enrijecimento do coração, a despeito de situações que não têm
correlação entre si e poderiam ser evitadas.
No presente caso, tem-se situação patética,
em que o puro sentimento humano de avô é transformado, extraordinariamente, em
motivação política, absolutamente fora do contexto real.
A verdade é que todo mundo tem direito de se
expressar, da forma que bem entender e achar conveniente e esse princípio precisa
ser respeitado, em atenção ao consagrado Estado Democrático de Direito, mas é
muito importante respeitar a dignidade das pessoas que são involuntariamente envolvidas
em situação dramática, como no caso da perda de ente querido, que consiste em
sentimento próprio da individualidade pessoal, independentemente da ideologia
política ou da índole como homem público.
Essas situações precisam ser levadas em
consideração de maneira distinta, em atenção, principalmente, no âmbito tanto
da civilidade como da formação humana existente em cada pessoa.
É lamentável que a humanidade que acompanha a
evolução dos conhecimentos científico e tecnológico, justamente para seu
benefício, ainda demonstre enorme dificuldade para se relacionar socialmente, em
muitos casos desrespeitando as comezinhas regras de conduta próprias do ser
humano, em especial no que diz respeito aos sentimentos pessoais, que são
manifestações exatamente diante de momentos especiais.
A terrível situação enfrentada pelo principal
político petista, que perdeu um de seus queridos netos, precisa apenas que a
sua dor seja compreendida e respeitada, sem nenhuma conotação de outra espécie.
Não obstante, muitas pessoas agem de forma irracional,
conceituando situações absolutamente inadequadas e agressivas, enquanto outras
aproveitam para enaltecer as qualidades políticas do avô que foi abatido pela
dor da perda de neto querido, quando o caso, em si, somente comporta o sentimento
de solidariedade cristã e humana, para se compreender o sofrimento de quem
passa a ser privado da companhia de pessoa querida.
Nesse caso, qualquer pessoa precisa ter o bom
senso, no âmbito estrito dos princípios humanitário e cristã, de tão somente ser
solidário com a imensurável dor de avô, como qualquer pessoa normal, por se
tratar de fato relacionado com o sentimento humano e não com conduta relacionada
com atividade político-partidária, que é própria do homem público e jamais
deveria ser lembrada em momento de grave dor.
Queira Deus que seja propiciado o devido conforto
à família enlutada, diante da expressiva perda de um anjinho e que a sua alma encontre
o descanso da paz celestial.
Brasília, em 3 de março de 2019
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