domingo, 3 de março de 2019

Repúdio ao preconceito e ao ódio


Não há a menor dúvida de que não passa de indiscutível atraso atribuído à humanidade as manifestações de ódio disseminadas na internet, quando importante político perde um neto.
Sem dúvida, há verdadeira demonstração de falta de educação e desrespeito aos valores da família, aliada à diminuição aos sentimentos da espiritualidade e do amor ao próximo, quando as pessoas proferem, de forma leviana, manifestação de menosprezo ao seu semelhante e o ofende de forma graciosa, como se fossem proprietárias da razão.
Na verdade, isso nada mais é do que pura maldade do ser humano, que se satisfaz quando se manifesta pelo prazer de denegrir a imagem de seu semelhante.
O sentimento humano se mostra perturbador diante da complexa ideológica política, envolvendo a questão partidária, que jamais deveria se confundir o sentimento humano, que ocorre normalmente com qualquer pessoal, indistintamente de ideologia ou qualquer outra forma de pensamento.
No caso da perda de uma criança, esse fato foi elevado a nível de motivação pessoal, embora exigisse apenas forma especial de solidariedade humana e jamais qualquer outra manifestação capaz de causar tripúdio ou menosprezo à figura política do maior petista, conquanto são situações absolutamente diferentes .
Não importa aqui que o avô da criança falecida esteja, momentaneamente,  em situação de enclausuramento, porque isso tem influência na fatalidade em si.
O certo é que as redes sociais são pródigas em mostrar situações embaraçosas, com a evidenciação de ódio político, questões de homofobia e outras formas de segregação social, inclusive com relação ao presidente da República, que não tem sido poupado das agressões destinadas a sujar a sua imagem de homem público.
A verdade é que não falta motivo para a disseminação de preconceito e ódio e as redes sociais estão sempre assoberbadas desses vírus perturbadores das relações sociais.
Na prática, percebe-se facilmente que as pessoas que disseminam preconceito e ódio, por meio da internet, têm no coração sentimentos de pura maldade, que tem sido o principal nutriente que alimenta a sua índole perversa e doentia.
É preciso acreditar na boa-fé da humanidade, na expectativa de que ela é capaz de alimentar muitas esperanças de vida, mas é importante denunciar quem ainda têm a mente atrofiada e distanciada do mundo real, por se imaginar que seja possível a sua transformação em gente do bem e com sentimento de amor ao próximo, sem preconceito e ódio.
As ofensas e as piadas despropositadas são forma de manifestação mesquinha e deselegante, de cunho egoísta distanciado do mundo real, com conotação completamente estranha aos sentimentos humanos de pluralidade e amor.
          Como no mundo virtual, tudo o que se diz viraliza em dimensão incontrolável, com repercussão extraordinária, é aconselhável se pensar muito bem antes de qualquer opinião pessoal, porque a cautela contribui para se evitar estragos incalculáveis contra o próximo.
Infelizmente, o sentimento humano chega a surpreender a própria humanidade, que cada vez mais procura nutrir, com o auxílio da mídia, o enrijecimento do coração, a despeito de situações que não têm correlação entre si e poderiam ser evitadas.
          No presente caso, tem-se situação patética, em que o puro sentimento humano de avô é transformado, extraordinariamente, em motivação política, absolutamente fora do contexto real.
A verdade é que todo mundo tem direito de se expressar, da forma que bem entender e achar conveniente e esse princípio precisa ser respeitado, em atenção ao consagrado Estado Democrático de Direito, mas é muito importante respeitar a dignidade das pessoas que são involuntariamente envolvidas em situação dramática, como no caso da perda de ente querido, que consiste em sentimento próprio da individualidade pessoal, independentemente da ideologia política ou da índole como homem público.
Essas situações precisam ser levadas em consideração de maneira distinta, em atenção, principalmente, no âmbito tanto da civilidade como da formação humana existente em cada pessoa.
É lamentável que a humanidade que acompanha a evolução dos conhecimentos científico e tecnológico, justamente para seu benefício, ainda demonstre enorme dificuldade para se relacionar socialmente, em muitos casos desrespeitando as comezinhas regras de conduta próprias do ser humano, em especial no que diz respeito aos sentimentos pessoais, que são manifestações exatamente diante de momentos especiais.
A terrível situação enfrentada pelo principal político petista, que perdeu um de seus queridos netos, precisa apenas que a sua dor seja compreendida e respeitada, sem nenhuma conotação de outra espécie.
Não obstante, muitas pessoas agem de forma irracional, conceituando situações absolutamente inadequadas e agressivas, enquanto outras aproveitam para enaltecer as qualidades políticas do avô que foi abatido pela dor da perda de neto querido, quando o caso, em si, somente comporta o sentimento de solidariedade cristã e humana, para se compreender o sofrimento de quem passa a ser privado da companhia de pessoa querida.
Nesse caso, qualquer pessoa precisa ter o bom senso, no âmbito estrito dos princípios humanitário e cristã, de tão somente ser solidário com a imensurável dor de avô, como qualquer pessoa normal, por se tratar de fato relacionado com o sentimento humano e não com conduta relacionada com atividade político-partidária, que é própria do homem público e jamais deveria ser lembrada em momento de grave dor.
Queira Deus que seja propiciado o devido conforto à família enlutada, diante da expressiva perda de um anjinho e que a sua alma encontre o descanso da paz celestial.
Brasília, em 3 de março de 2019

Nenhum comentário:

Postar um comentário