quarta-feira, 6 de março de 2019

O sentido da omissão


Em vídeo que foi postado na internet, a despeito de descordarem da reforma da Previdência, na forma da proposta formulada pelo presidente da República, ao Congresso Nacional, a presidente da República afastada e o ex-presidente da República petista, de modo particular, já defenderam o aumento da idade mínima na previdência, evidentemente na época em que o problema estava sob a responsabilidade deles.
No passado, a ex-presidente disse, ipsis litteris: “Todos os países desenvolvidos, todos eles, buscaram aumentar a idade mínima para acessar à aposentadoria.”.
Nessa mesma linha, o ex-presidente afirmou que, in verbis: “... é preciso, na medida que avance cientificamente a nossa sobrevivência, a nossa longevidade, você não pode ficar com a mesma lei que você tenha há cinquenta anos atrás. É preciso que você avance.”.
Desta feita, os referidos políticos trabalham com afinco para dificultar a aprovação da reforma em apreço, dando a entender que, quanto pior, melhor, sob o pretexto de que a reforma da Previdência objetiva prejudicar a classe trabalhadora.
Essa é a falta de coerência absolutamente normal de quem adora a demagogia e a adota como princípio, que se pronuncia sobre os fatos exatamente em harmonia com a sua conveniência e estritamente de acordo com o momento político, como mostram os fatos em referência.
Vejam-se que o mencionado político já postou vídeo, agora, descendo o malho na reforma da Previdência, afirmando que o governo quer tirar direito dos pobres trabalhadores e negando os pontos verdadeiramente positivos do projeto, pelo simples fato de se buscar tão somente o equilíbrio fiscal.
          Ou seja, é preciso que a população tenha consciência cívica e procure se interessar em conhecer a verdade sobre os fatos, não acreditando piamente em quem não demonstrar ter personalidade quanto à avaliação precisa sobre o mesmo fato, quando ora é a favor e ora é contrário, sem demonstrar o mínimo remorso quanto à sua descarada incoerência.
É preciso que o homem público seja sincero, mas, sobretudo, que ele comprove a sua sinceridade, nas palavras e nos pronunciamentos, para ter condições do merecimento do respeito da opinião pública.
          Aliás, seria conveniente que as pessoas que discordam da reforma da Previdência também tivessem o espírito público, em termos de cidadania e brasilidade, para oferecer sugestão apropriada ao caso, capaz de contribuir para o saneamento da grave crise da Previdência, mostrando os malefícios das medidas indicadas pelo governo e apresentando outras que sejam inteligentemente suficientes para o aperfeiçoamento e a modernização do sistema previdenciário, que não traga mais sacrifício para os trabalhadores, porque criticar apenas por criticar somente demonstra perda de tempo.
Nesse caso, o ideal é que as boas ideias sejam expostas em benefício da sociedade, que tem sido permanentemente prejudicada justamente diante da falta de sugestão à altura das dificuldades enfrentadas na gestão de tão importante sistema para o país, chegando ao ponto extremo de o governo precisar optar pela reforma que vem desagradando a todos, que apenas lamentam, mas não oferecem alternativa de solução.
Causa espécie que muitos daqueles que hoje criticam a reforma em causa já tiveram excelentes e suficientes oportunidade e poder para corrigir os graves problemas da Previdência, mas nada fizeram e agora não se tocam em descer o malho.
Inegavelmente, isso somente mostra o verdadeiro sentido da omissão, da incompetência e da irresponsabilidade, por permitirem que política totalmente ineficiente e ineficaz continuasse intocável, cujas consequências são o resultado do estrago refletido na Previdência ano-luz do ideal que ela se encontra, na atualidade, razão da reforma absolutamente inadiável que propõe o governo, como forma de solucioná-lo, sob pena de a crise apenas inviabilizar o sistema de que se trata, em prejuízo insanável para todos que dependem da Previdência pública.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 6 de março de 2019

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