O
resultado da última pesquisa sobre o desempenho do presidente da República
evidencia que ele não tem margem confortável de apoio dos entrevistados,
sinalizando sobre a necessidade da sua atenção no exercício do cargo, evitando
o máximo possível de desatenção ou trapalhada como as que já foram infantilmente
protagonizadas na sua gestão, que jamais poderiam ter acontecido.
O
governo que se inicia, com pouco mais de dois meses, tem baixo índice de aprovação
das pessoas pesquisadas e isso sinaliza para cuidados redobrados no comando da
coisa pública, com o mínimo possível de deslizes e descuidos, sob pena de a
opinião pública não perdoar e descer o malho, com o devido merecimento, como já
aconteceu nos dois últimos governos.
A
última pesquisa de opinião pública foi realizada entre os dias 21 e 23 de
fevereiro, sob a orientação e o interesse da Confederação Nacional do
Transporte (CNT), tem a importância de alertar o presidente brasileiro, no
sentido de que, doravante, é preciso que ele apei do palanque e concentre as
baterias em direção às graves questões nacionais, ou seja, convém que ele arregace
as mangas com a disposição de encarar as relevantes atribuições de governar,
com indispensável afinco que a nobre função presidencial exige.
Por
enquanto, o presidente ainda conta com a simpatia tranquila dos entrevistados,
com a aprovação de 57%, em relação ao seu desempenho pessoal, enquanto a sua desaprovação
é de 28,2% e 14,3% não souberam opinar.
Como
não era de se estranhar, a pesquisa mostra o baixo índice de apoio para um
governo recém-iniciado, tendo merecido a aprovação de 38,9% dos entrevistados, para
o quesito “positivo”, e 29% consideraram que a administração dele é regular, ficando
a parte negativa em 19% e os que não souberam opinar em 13,1%.
No
geral, a pesquisa evidencia que a maioria da população se arrisca em ensaiar mais
otimismo com o futuro do país, porquanto 51,3% avaliam que o quadro do emprego tende
a melhorar nos próximos seis meses, quando, em setembro passado, esse
porcentual foi de 23,3%.
Com
relação à expectativa da melhora de renda, 33,8% disseram que estão esperançosos
quanto ao seu aumento, enquanto esse quesito teve o porcentual de 21,9%, no ano
passado.
Nessa
mesma linha de otimismo, os pesquisados demonstraram esperança de melhoria na prestação
dos serviços pertinentes à saúde, educação e segurança pública.
A
maioria dos entrevistados acredita que o presidente do país, por sua normal
inquietação política, se esforçará para implementar as reformas necessárias ao
desenvolvimento do país, de modo a contribuir para a redução do desemprego.
É
evidente que a única forma de o presidente não frustrar essa enorme expectativa
de progresso, convém que o governo não perca tempo e comece o mais rapidamente
possível a fabricar resultados positivos, obviamente em benefício da população,
que vem há tanto tempo torcendo para que sejam superados os fatores contrários
ao desenvolvimento socioeconômico.
A
pesquisa deixou extreme de dúvidas que os entrevistados acreditam em efetiva
melhoria das situações econômica e social do Brasil, fato que exige que o
governo precisa agilizar a parte que lhe cabe nesse importante processo,
evitando a criação de inúteis e improdutivas polêmicas encrustadas em ideologias
que tiveram lugar somente na campanha eleitoral, permitindo, agora, a salutar
participação de quantos desejarem integrar esse movimento de importante reconstrução
do Brasil.
Embora
os entrevistados anseiam por que a saúde pública mereça cuidados especiais de
investimentos, com a sua prioridade, em termos de políticas públicas, vem em
seguida a preferência pela educação, que mereceu críticas, diante do atraso e
do pouco caso por parte dos governos do passado, que não se interessaram na
melhoria de sua qualidade, apenas mantiveram-na em funcionamento, em notório
nível de precariedade e estagnação do ensino de sempre.
A
maioria dos entrevistados mandou seu recado para o presidente, quando 52,6%
disseram que são contrários à liberação da posse de arma, embora essa tenha
sido a primeira medida adotada por ele, em cumprimento a uma das principais promessas
do então candidato.
Em
sinal de compreensão sobre a necessidade da reforma da Previdência, a pesquisa
diz que 43,4% dos entrevistados são favoráveis à mudança das normas previdenciárias,
o que chega a ser positivamente surpreendente, por se tratar de questão espinhosa
para o governo, porque ela mexe com a sensibilidade dos trabalhadores e tem
alto grau de impopularidade contra o governo, embora a desaprovação da reforma
fica em torno de 45,6%.
Nesse
aspecto, há forte indicativo de que o governo precisa trabalhar, em termos de
esclarecimentos à população, sobre os fatos que motivaram o rombo das contas
previdenciárias e a premência das mudanças propostas por ele, se possível, de maneira
bastante didática, para que maior parte dos trabalhadores possa aceitar as novas
regras, que são por demais duras, principalmente no que se refere à idade
mínima para aposentação.
Ou
seja, se o governo quiser realmente aprovar essa reforma, ele precisa mostrar à
sociedade os detalhes sobre o problema relacionado com o déficit
previdenciário, os gargalos existentes na execução do sistema da Previdência e principalmente
as consequências insustentáveis sobre a continuidade da Previdência nas
condições atuais, de modo que os elementos apresentados à sociedade tenham
consistência e plausibilidade suficientemente capazes de resistir às críticas,
de forma tal que fique clara para a opinião pública que não há realmente margem
alternativa senão a aprovação da reforma tal qual nos moldes oferecidos ao
Congresso Nacional.
Em
síntese, a pesquisa em comento mostra, com a maior clareza possível, que as
dificuldades enfrentadas pelo governo federal, no último bimestre, deixaram
marcas na sua gestão, com a queda da sua popularidade, em termos de desempenho,
o que sinaliza que o presidente da República precisa concentrar esforços para
captar os anseios da população e agir, com a maior celeridade possível, no
sentido da unicidade do governo em torno das questões prioritárias, em especial
com dedicação à melhoria da qualidade da prestação dos serviços de incumbência
do Estado, notadamente com atenção para a saúde, a educação, a segurança
pública, o transporte/estradas, entre outras políticas públicas que precisam
ser urgentemente valorizadas e priorizadas, tendo o cuidado de somente permitir
que o próprio presidente do país decida sobre as questões pertinentes ao
governo, em cristalina demonstração de que ele é o único responsável pelos
destinos do Brasil.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 21 de março de 2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário