quarta-feira, 13 de março de 2019

A marca do socialismo desumano


Na atualidade, a Venezuela tem dois presidentes, o de direito, que se autoproclamou e que foi legitimado pelo apoio popular e por mais de 50 nações, e o de fato, na pessoa do ditador bolivariano, que foi eleito em processo eleitoral grosseiramente fraudado e é sustentado pela cúpula das Forças Armadas e apoiado por países socialistas, mas, em tese, nenhum deles tem conseguido cumprir suas promessas ou realizar absolutamente nada em benefício do povo.
O presidente de direito, embora tivesse contado com o apoio de parcela expressiva da população, contabilizou fracasso quando fez tentativa de entrar no país caminhões com ajuda humanitária para a sacrificada, empobrecida e faminta população, bastante martirizada pelos maus-tratos do governo socialista cruel e desumano.
O gesto do presidente de direito, além de ter sido frustrante, contribuiu para que ele saísse do episódio mais enfraquecido, diante da impotência de afastar a blindagem contra as carretas transportando a ajuda humanitária, que não conseguiu chegar ao destino dos famintos.
Por seu turno, o adversário dele também está cada vez mais debilitado e desmoralizado, tanto pelo impedimento, ordenado por ele, à entrada da ajuda humanitária, como pelo fato de ele ter proibido que o presidente de direito saísse da Venezuela, sob pena de ser preso, mas depois da desobediência confirmada, houve o retorno do opositor ao país e nada aconteceu contra ele, em termos de punição.
Ao contrário, o presidente de direito foi recebido por comitiva de diplomatas estrangeiros e logo começou as tratativas para convocar grande protesto, com ensaio de greve geral, que também não aconteceu.
Verifica-se que, sem autoridade para resolver coisa alguma, há verdadeiro impasse nas relações entre os dois presidentes, de natureza assimétrica, posto que eles estão travando lutas ferrenhas entre si, usando armas diferentes, porquanto o ditador bolivariano tem o controle do Estado e, principalmente, das poderosas e fiéis forças de repressão.
No flanco contrário, o presidente de direito conta com a ajuda da população e dos países aliados dele, que atuam sob permanente pressão, notadamente no que se refere ao isolamento internacional para convencer os militares, o último e poderoso sustentáculo do regime chavista, os quais precisam se conscientizar sobre o caos instalado na Venezuela, sob o comando de governo socialista extremamente prejudicial aos interesse do povo e da nação, conforme mostram os fatos do cotidiano.
A pressão internacional mais importante e efetiva tem vindo dos Estados Unidos da América, que impuseram sanções econômicas, por meio de medidas restritivas quanto ao comércio de petróleo da Venezuela, que é a maior fonte de recursos do país e o único produto que o país exporta, em substância.
O ditador chavista pode ficar sem dinheiro, em curto tempo, mas, ao que tudo indica, se isso não afetar as Forças Armadas, nada vai alterar a sua situação no poder, porque ele não demonstra a mínima sensibilidade para com a degradação do povo, tendo em conta que importa mesmo é a defesa do poder, custe o que custar, que o povo seja sacrificado, como tem sido a tônica de governo extremamente indiferente às causas do ser humano.
O ditador não será afetado em absolutamente nada em repassar tranquilamente o resultado da sua gestão desastrada, trágica e impiedosa para a população e endurecer ainda mais as medidas de repressão, na tentativa de defender a tirania do infame regime socialista, responsável por esse mar de destruição do ser humano, em evidente caracterização de crime violento contra a humanidade.
Segundo a alta-comissária da ONU para os direitos humanos, as sanções estão tendo o efeito de piorar a situação econômica dos venezuelanos, o que é verdade, porque, se antes, com a situação normal da comercialização do petróleo, já havia enorme crise de abastamento de alimentos e remédios, em escala bastante precária, o dizer sem eles.
É evidente que, sem os recursos do petróleo, a pobreza e a fome vão progredir em passos rápidos e gigantescos, mas isso, ao que se percebe, não tem a mínima influência na vontade de o ditador deixar o poder, porque, para ele, a culpa pela terrível situação é reflexo das sanções impostas contra o seu governo, como se as mazelas dele não tivessem nenhuma contribuição pela desgraça que se abate contra a Venezuela e o seu povo.
No momento, há pesquisa mostrando que cerca de 90% das famílias venezuelanas estão em situação de extrema pobreza e muitas passando fome, por falta ou escassez de alimentos, cujo quadro de miséria tende a piorar enquanto o ditador permanecer serenamente no poder.
 O mais grave de tudo isso é que, mesmo diante de terrível constatação socioeconômica, não há a menor perspectiva de que o ditador se digne a deixar o poder, diante da sua insensibilidade quanto à sua indiferença à importância da vida humana, que já foi fartamente demonstrada por ele, no recente episódio da ajuda humanitária, tendo sobressaído o alto grau de frieza dele diante do martírio das pessoas.
Para tanto, no que diz à permanência dele no poder, um sociólogo da Universidade Central da Venezuela lembrou a situação de outro país modelo do regime bolivariano, tendo afirmado: “Basta ver o exemplo de Cuba, que há 60 anos vem sendo governada pelo partido comunista cubano, com consequências terríveis para os níveis de miséria e de escassez.”.
Embora se trate de episódio extremamente deplorável e inadmissível contra o ser humano, em decorrência de notórios e indiscutíveis maus-tratos, com a deliberada imposição de fome a quase toda população de um país e de outras mazelas por ditador frio, cruel e desumano, conforme se deflui da pesquisa supracitada, os atos irracionais e selvagens contra das pessoas ainda contam com o beneplácito e a solidariedade por parte de seguidores igualmente insensíveis e indiferentes à tragédia do século, possivelmente em harmonia com a doentia idolatria ao regime socialista/comunista, os quais não se indignam nem se envergonham diante de tamanha barbárie contra seu semelhante.
Em nome e na defesa da vida do ser humano, convém que os brasileiros, independentemente de ideologia política, demonstrem veementes repúdio e indignação contra os atos de truculência, insensibilidade e selvageria protagonizados pelo governo socialista da Venezuela contra pessoas inocentes e fragilizadas, que estão sendo barbaramente maltratadas por força da injustificável e desesperada defesa da manutenção no poder, que tem sido nitidamente prejudicial aos interesses da população e da Venezuela, conforme mostram os fatos.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 13 de março de 2019

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