sábado, 25 de maio de 2019

A clamorosa derrota do Brasil


Tem sido comum a mídia anunciar que o governo ou, mais especificamente, o ministro da Justiça e Segurança Pública vem sofrendo importantes derrotas, no Congresso Nacional, com relação às matérias tratando de moralização da administração pública brasileira.
No último caso, em que pese a maioria dos deputados ter aprovado a redução de 29 para 22 ministérios, na votação da Medida Provisória nº 870, proposta pelo presidente da República, os parlamentares resolveram tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) da pasta comandada pelo ex-juiz da Operação Lava-Jato, cujo texto ainda vai passar pelo crivo do Senado Federal.
O aludido órgão, que é responsável pelo levantamento das movimentações financeiras e um dos principais auxiliares no combate aos crimes de corrupção, voltará para a pasta a que pertencia originalmente – o Ministério da Economia.
Chamado e tido por herói nacional, principalmente por ter conduzido com competência e eficiência os processos da Operação Lava-Jato, em primeira instância da Justiça, no Paraná, e ser o responsável por condenador à prisão o ex-presidente da República petista, o titular da Justiça abandonou a magistratura a convite do presidente do país, onde pretende continuar contribuindo com o Brasil, no persistente combate á corrupção e à impunidade.
Não obstante, na sua curta passagem pelo governo, o paladino da Lava-Jato vem contabilizando alguns fatos contrários aos seus planos de trabalho, com destaque para medidas direcionadas ao combate à corrupção, conforme algumas indicadas a seguir.
O pacote anticrime, que foi encaminhado ao Congresso, em fevereiro último, tendo como ponto principal a sua bandeira à criminalização do caixa dois e outras medidas anticorrupção, mas o projeto tramita sem o menor interesse naquela Casa Legislativa, em razão da indiscutível resistência de expressiva parcela de parlamentares, em razão do notório envolvimento deles em supostos crimes eleitorais, que estão sendo investigados pelos órgãos pertinentes.
Por ter cobrado publicamente o presidente da Câmara dos Deputados, para a colocação do pacote anticrime em discussão e votação, este se disse irritado com o ministro da Justiça, que o acusou de “copiar” outro projeto que já tramitava na Casa, de autoria de antigo ministro da Justiça, quando, a partir daí, o caldo engrossou de vez, fato que dificultou, ainda mais, a aprovação de projeto de extrema importância para o combate à corrupção, que poderá até ser aprovado, por questão de verdadeiro milagre, uma vez que depende exatamente da boa vontade de quem passará a ser investigado a partir da vigência das medidas cogitadas pelo governo.
Embora os decretos sobre posse e porte de armas, assinados pelo presidente do país, façam parte de promessa da campanha eleitoral, o ministro da Justiça demonstra total afastamento sobre eles, tendo afirmado que os decretos não fazem parte da estratégia de combate à criminalidade e que é normal haver divergências dentro do governo, diante de questionamento sobre discordância sobre o conteúdo dessas medidas de liberação de armas.
À toda evidência, não se pode atribuir qualquer forma de derrota ao ministro da Justiça e muito menos ao governo, em se tratando que a falta de decisões legislativas razoáveis e em harmonia com o interesse público ou até mesmo a aprovação de medidas absurdas e extravagantes contrárias à normalidade e ao bom senso dizem respeito exclusivamente à vontade de parlamentares que pensam diferente do sentimento da maioria dos brasileiros, que votaram por urgentes mudanças no status quo do país, diante dos indiscutíveis desmandos impostos à administração pública, inclusive com a desmoralização na gestão de recursos públicos, à vista dos fatos investigados pela Operação Lava-Jato, sob a batuta do agora ministro da Justiça.
Na verdade, as decisões adotadas pelo Congresso que não se coadunam com os sentimentos da maioria dos brasileiros, demonstrados na última eleição, devem ser computadas à conta daqueles que pensam diferentemente e em dissonância com a necessidade de mudança e de moralização tão ansiada pelos brasileiros não suportam mais tanta devassidão com a gestão da coisa pública, onde os escândalos representados pelos desvios de recursos públicos não passam de meras intolerâncias e discriminação contra as pessoas que se “sacrificam” pela inclusão social e melhoria das classes massacradas pelas elites, ignorando completamente os salutares princípios da probidade administrativa e da boa conduta que devem prevalecer na índole dos homens públicos.
Ou seja, em tese, as votações contrárias aos projetos enviados pelo governo ao Congresso, normalmente com propostas de moralização ou de eficiência da gestão pública, precisam ser interpretadas, na sua essência, como derrota do interesse público e do Brasil, uma vez que elas sinalizam a vontade de parlamentares contrários à posição do governo e ao desejo de mudança das condições de vida dos brasileiros, que anseiam por que seja possível a melhora socioeconômica, com reflexo no desenvolvimento da produção e no aumento do emprego.
O que se percebe, de forma cristalina, é a sanha desesperada do Centrão contra o Palácio do Planalto, para mostrar sua força no Congresso, não permitindo que as matérias do governo sejam aprovadas, enquanto não houver a “negociação” tão reclamada pelos integrantes desse contestável bloco de parlamentares, que não se conformam com a perda das verbas públicas e dos cargos que eram concedidos pelos governos do passado, em clara demonstração de promiscuidade e de indignidade das alianças espúrias em troca de apoio, ou seja, a desonra dos congressistas fica cada vez mais evidente em toda votação, por meio de recados diretos, em forma da derrubada de medidas moralizadoras que terminam beneficiando os interesses desses abutres dos cofres públicos.
A maior indignação fica por conta da atitude de muitos brasileiros que entendem que as atitudes dos congressistas contrárias à moralização da administração pública precisam ser comemoradas, por pensarem que são derrotas do governo, quando, na verdade, quem estar sendo derrotado é o povo, por antipatriotas que estão votando em benefício próprio, porque as medidas cogitadas pelo governo têm por escopo o combate à corrupção, que vem sendo defendida por muitos parlamentares que não estão de acordo com a adoção de medidas nesse sentido.
Os brasileiros honrados e dignos percebem perfeitamente que não tem sido fácil se remar contra a maré, conquanto é notório que e o ministro da Justiça tem sido verdadeiro vencedor, porque ele vem trabalhando com ética, dignidade, sabedoria e competência, na esperança de se tentar conseguir mudar muitas coisas em favor do Brasil, cujos princípios foram detonados em nome de ideologia que não consegue enxergar algo de diferente do caos que foi implantado nos governos do passado, que deixaram de implementar as prementes reformas das estruturas e conjunturas do Estado e as grandes obras de impacto indispensáveis ao desenvolvimento do Brasil, apenas construíram uma nação centrada em assistencialismo social, com menosprezo às políticas e estratégias de desenvolvimento, permitindo a generalização do enfraquecimento da economia, exatamente pela ausência da geração de recursos para investimentos em obas, produção e emprego.
Na realidade, as campanhas contra o governo e o ministro da Justiça, que são orquestradas na mídia, somente devem partir do lado da maldade e principalmente daqueles que têm sentimento contrário às mudanças e à limpeza moral e ética da administração pública, por mera e doentia ideologia, que fazem tudo para a derrota de quem trabalha para o bem da nação, evidentemente que tudo isso resulta em detrimento do interesse público e do bem comum do povo, obviamente que os efeitos negativos e prejudiciais desses planos diabólicos atingem por igual todos os brasileiros.
Não se trata da defesa de causa nobre o trabalho contra as mudanças em benefício dos brasileiros e isso fica muito à vista diante dos esquemas antipatrióticos, que procuram dificultar, ao máximo, à aprovação de medidas necessárias à moralização do Brasil, em claríssima demonstração de conformismo com as desgraças que imperam em prejuízo do desenvolvimento socioeconômico brasileiro, tendo o beneplácito de pessoas de ideologias que comungam com o atraso e o subdesenvolvimento da nação.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 25 de maio de 2019

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