Tem
sido comum a mídia anunciar que o governo ou, mais especificamente, o ministro
da Justiça e Segurança Pública vem sofrendo importantes derrotas, no Congresso
Nacional, com relação às matérias tratando de moralização da administração pública
brasileira.
No
último caso, em que pese a maioria dos deputados ter aprovado a redução de 29
para 22 ministérios, na votação da Medida Provisória nº 870, proposta pelo
presidente da República, os parlamentares resolveram tirar o Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf) da pasta comandada pelo ex-juiz da
Operação Lava-Jato, cujo texto ainda vai passar pelo crivo do Senado Federal.
O
aludido órgão, que é responsável pelo levantamento das movimentações
financeiras e um dos principais auxiliares no combate aos crimes de corrupção,
voltará para a pasta a que pertencia originalmente – o Ministério da Economia.
Chamado
e tido por herói nacional, principalmente por ter conduzido com competência e
eficiência os processos da Operação Lava-Jato, em primeira instância da Justiça,
no Paraná, e ser o responsável por condenador à prisão o ex-presidente da
República petista, o titular da Justiça abandonou a magistratura a convite do
presidente do país, onde pretende continuar contribuindo com o Brasil, no persistente
combate á corrupção e à impunidade.
Não
obstante, na sua curta passagem pelo governo, o paladino da Lava-Jato vem
contabilizando alguns fatos contrários aos seus planos de trabalho, com
destaque para medidas direcionadas ao combate à corrupção, conforme algumas
indicadas a seguir.
O
pacote anticrime, que foi encaminhado ao Congresso, em fevereiro último, tendo
como ponto principal a sua bandeira à criminalização do caixa dois e outras
medidas anticorrupção, mas o projeto tramita sem o menor interesse naquela Casa
Legislativa, em razão da indiscutível resistência de expressiva parcela de
parlamentares, em razão do notório envolvimento deles em supostos crimes
eleitorais, que estão sendo investigados pelos órgãos pertinentes.
Por
ter cobrado publicamente o presidente da Câmara dos Deputados, para a colocação
do pacote anticrime em discussão e votação, este se disse irritado com o ministro
da Justiça, que o acusou de “copiar” outro projeto que já tramitava na Casa, de
autoria de antigo ministro da Justiça, quando, a partir daí, o caldo engrossou
de vez, fato que dificultou, ainda mais, a aprovação de projeto de extrema
importância para o combate à corrupção, que poderá até ser aprovado, por questão
de verdadeiro milagre, uma vez que depende exatamente da boa vontade de quem
passará a ser investigado a partir da vigência das medidas cogitadas pelo
governo.
Embora
os decretos sobre posse e porte de armas, assinados pelo presidente do país,
façam parte de promessa da campanha eleitoral, o ministro da Justiça demonstra
total afastamento sobre eles, tendo afirmado que os decretos não fazem parte da
estratégia de combate à criminalidade e que é normal haver divergências dentro
do governo, diante de questionamento sobre discordância sobre o conteúdo dessas
medidas de liberação de armas.
À
toda evidência, não se pode atribuir qualquer forma de derrota ao ministro da
Justiça e muito menos ao governo, em se tratando que a falta de decisões legislativas
razoáveis e em harmonia com o interesse público ou até mesmo a aprovação de
medidas absurdas e extravagantes contrárias à normalidade e ao bom senso dizem
respeito exclusivamente à vontade de parlamentares que pensam diferente do
sentimento da maioria dos brasileiros, que votaram por urgentes mudanças no status quo do país, diante dos indiscutíveis
desmandos impostos à administração pública, inclusive com a desmoralização na
gestão de recursos públicos, à vista dos fatos investigados pela Operação
Lava-Jato, sob a batuta do agora ministro da Justiça.
Na
verdade, as decisões adotadas pelo Congresso que não se coadunam com os
sentimentos da maioria dos brasileiros, demonstrados na última eleição, devem ser
computadas à conta daqueles que pensam diferentemente e em dissonância com a
necessidade de mudança e de moralização tão ansiada pelos brasileiros não
suportam mais tanta devassidão com a gestão da coisa pública, onde os
escândalos representados pelos desvios de recursos públicos não passam de meras
intolerâncias e discriminação contra as pessoas que se “sacrificam” pela
inclusão social e melhoria das classes massacradas pelas elites, ignorando
completamente os salutares princípios da probidade administrativa e da boa
conduta que devem prevalecer na índole dos homens públicos.
Ou
seja, em tese, as votações contrárias aos projetos enviados pelo governo ao
Congresso, normalmente com propostas de moralização ou de eficiência da gestão
pública, precisam ser interpretadas, na sua essência, como derrota do interesse
público e do Brasil, uma vez que elas sinalizam a vontade de parlamentares
contrários à posição do governo e ao desejo de mudança das condições de vida dos
brasileiros, que anseiam por que seja possível a melhora socioeconômica, com
reflexo no desenvolvimento da produção e no aumento do emprego.
O
que se percebe, de forma cristalina, é a sanha desesperada do Centrão contra o
Palácio do Planalto, para mostrar sua força no Congresso, não permitindo que as
matérias do governo sejam aprovadas, enquanto não houver a “negociação” tão
reclamada pelos integrantes desse contestável bloco de parlamentares, que não
se conformam com a perda das verbas públicas e dos cargos que eram concedidos
pelos governos do passado, em clara demonstração de promiscuidade e de
indignidade das alianças espúrias em troca de apoio, ou seja, a desonra dos
congressistas fica cada vez mais evidente em toda votação, por meio de recados diretos,
em forma da derrubada de medidas moralizadoras que terminam beneficiando os
interesses desses abutres dos cofres públicos.
A
maior indignação fica por conta da atitude de muitos brasileiros que entendem
que as atitudes dos congressistas contrárias à moralização da administração
pública precisam ser comemoradas, por pensarem que são derrotas do governo,
quando, na verdade, quem estar sendo derrotado é o povo, por antipatriotas que
estão votando em benefício próprio, porque as medidas cogitadas pelo governo têm
por escopo o combate à corrupção, que vem sendo defendida por muitos
parlamentares que não estão de acordo com a adoção de medidas nesse sentido.
Os
brasileiros honrados e dignos percebem perfeitamente que não tem sido fácil se remar
contra a maré, conquanto é notório que e o ministro da Justiça tem sido
verdadeiro vencedor, porque ele vem trabalhando com ética, dignidade, sabedoria
e competência, na esperança de se tentar conseguir mudar muitas coisas em favor
do Brasil, cujos princípios foram detonados em nome de ideologia que não
consegue enxergar algo de diferente do caos que foi implantado nos governos do
passado, que deixaram de implementar as prementes reformas das estruturas e
conjunturas do Estado e as grandes obras de impacto indispensáveis ao
desenvolvimento do Brasil, apenas construíram uma nação centrada em
assistencialismo social, com menosprezo às políticas e estratégias de desenvolvimento,
permitindo a generalização do enfraquecimento da economia, exatamente pela
ausência da geração de recursos para investimentos em obas, produção e emprego.
Na
realidade, as campanhas contra o governo e o ministro da Justiça, que são
orquestradas na mídia, somente devem partir do lado da maldade e principalmente
daqueles que têm sentimento contrário às mudanças e à limpeza moral e ética da
administração pública, por mera e doentia ideologia, que fazem tudo para a derrota
de quem trabalha para o bem da nação, evidentemente que tudo isso resulta em detrimento
do interesse público e do bem comum do povo, obviamente que os efeitos negativos
e prejudiciais desses planos diabólicos atingem por igual todos os brasileiros.
Não
se trata da defesa de causa nobre o trabalho contra as mudanças em benefício
dos brasileiros e isso fica muito à vista diante dos esquemas antipatrióticos,
que procuram dificultar, ao máximo, à aprovação de medidas necessárias à moralização
do Brasil, em claríssima demonstração de conformismo com as desgraças que
imperam em prejuízo do desenvolvimento socioeconômico brasileiro, tendo o
beneplácito de pessoas de ideologias que comungam com o atraso e o subdesenvolvimento
da nação.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 25 de maio de 2019
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