segunda-feira, 27 de maio de 2019

O único vitorioso: o Brasil


Diante das manifestações de protesto em prol, basicamente, das medidas enviadas pelo governo ao Congresso Nacional, parece ter ficado bem evidente que muitos brasileiros mandaram recado objetivo e muito claro no sentido de que convém que esses projetos precisam ser aprovados, como forma de viabilização das contas da Previdência e de combate à chaga da corrupção.
A avaliação do ministro da Economia foi a de que o balanço é positivo, porque não se imaginava que o povo estivesse tão interessado nas mudanças propostas pelo governo, tendo dito, em reserva, que "Nunca vimos isso antes, o povo nas ruas, apoiando a reforma da Previdência.”.
De modo geral, a impressão que fica é a de que parcela expressiva da população nutre esperança de que o governo merece voto de confiança, diante da falta de alternativas, porque a sua única garantia de equilíbrio das contas da Previdência se inicia com a nova cara dela, por meio do saneamento dos crônicos déficits, que têm impactos prejudiciais nos demais Orçamentos da União.
À toda evidência, se é verdade que a Previdência se encontra falida e ainda respirando com a ajuda de aparelhos, conforme nesse sentido tem sido a justifica o governo, na iniciativa do projeto pertinente, não resta ao Congresso senão aperfeiçoá-lo e aprová-lo, com a maior urgência possível, como forma de se garantir também as aposentadorias no futuro.
          Não há a menor dúvida de que a reforma cogitada procura acertar o rombo das contas da Previdência, mas ela ainda vem encontrando muita resistência no Congresso, principalmente por parte da oposição, que, a bem da verdade, sempre mostrou ojeriza   às reformas na estrutura do Estado, haja vista que os governos recentes jamais tiveram a iniciativa de reformular, com profundidade, os setores carentes de mudanças, a exemplo da Previdência e outras importantes políticas públicas, como a viária, tributária, administrativa, trabalhista etc.
A verdade é que o resultado das manifestações tem o condão de animar a equipe econômica, em especial porque as ruas mostraram que o Congresso tem obrigação de votar os projetos do governo, porque eles são de interesse da população, que não pode ser prejudicada por grupos de parlamentares que confundem seus interesses, como no caso específico do famigerado Centrão, com o público, ou seja, as causas nacionais.
Diante das manifestações, em claro apelo ao entendimento político para a viabilização das mudanças em discussão, convém que o governo e os congressistas se voltem para a valorização de pauta, de agenda que privilegie as boas relações entre eles, porque se encontra em jogo o futuro do Brasil e dos brasileiros, diante desse terrível sufoco de milhões de desempregados à espera de oportunidade de trabalho.
A primeira lição que ficou bem visível, nas manifestações, diz respeito à premência do sepultamento, para sempre, do monstrinho Centrão, que, atualidade, nada mais é senão deformidade ética e moral, em se tratando que as atividades políticas devem seguir princípios e condutas dignas e honradas de linearidade, onde o homem pública só tem único caminho a seguir de estrita observância aos bons costumes de honestidade e decoro, merecendo total repúdio os congressistas que se identificam com as propostas daquele grupo, que defendem o fisiologismo como regra no desempenho de suas atividades parlamentares, ao exigirem cargos e verbas para a aprovação de projetos de iniciativa do governo, o que demonstra visível grau de decadência moral de seus integrantes.
Se depender dos brasileiros, o contestável Centrão jamais deveria existir no Congresso, justamente porque ali tem a representatividade do povo, que é titular da moralidade depositada nas urnas e, diante disso, a sua delegação não poderia ser transformada em instrumento de barganha e exigências estranhas aos princípios republicano e democrático.
A avaliação que pode ser feita, nesse momento difícil e importante para o país, é que agora os homens responsáveis pela condução dos negócios da República precisam, imediatamente, ensarilhar as armas e se voltarem para o meticuloso trabalho de saneamento das feridas remanescentes, tendo por mira tão somente os interesses do Brasil, deixando de lado quaisquer resquícios de vaidades magoadas, que somente contribuíram para prejudicar os interesses dos brasileiros, porque o jogo inerente à recuperação da economia não pode haver nem vencedor e muito menos vencido, em se tratando que a disputa em discussão precisa ter um único vitorioso: o Brasil.
Convém que as principais autoridades da República, compreendendo as lideranças dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, precisam construir, mediante conversa clara e franca, especial agenda de convergência de ação conjunto, em nome da aprovação de medidas em benefício dos brasileiros, sob o compromisso do exclusivo atendimento do interesse público, contribuindo para a obtenção da normalidade política, social, econômica, administrativa, entre outras que levem à retomada do desenvolvimento do Brasil.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 27 de maio de 2019

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