Diante das manifestações de protesto em prol,
basicamente, das medidas enviadas pelo governo ao Congresso Nacional, parece
ter ficado bem evidente que muitos brasileiros mandaram recado objetivo e muito
claro no sentido de que convém que esses projetos precisam ser aprovados, como
forma de viabilização das contas da Previdência e de combate à chaga da
corrupção.
A avaliação do ministro da Economia foi a de que o
balanço é positivo, porque não se imaginava que o povo estivesse tão interessado
nas mudanças propostas pelo governo, tendo dito, em reserva, que "Nunca vimos isso antes, o povo nas ruas,
apoiando a reforma da Previdência.”.
De modo geral, a impressão que fica é a de que parcela
expressiva da população nutre esperança de que o governo merece voto de confiança,
diante da falta de alternativas, porque a sua única garantia de equilíbrio das
contas da Previdência se inicia com a nova cara dela, por meio do saneamento
dos crônicos déficits, que têm impactos prejudiciais nos demais Orçamentos da
União.
À toda evidência, se é verdade que a Previdência se
encontra falida e ainda respirando com a ajuda de aparelhos, conforme nesse
sentido tem sido a justifica o governo, na iniciativa do projeto pertinente, não
resta ao Congresso senão aperfeiçoá-lo e aprová-lo, com a maior urgência
possível, como forma de se garantir também as aposentadorias no futuro.
Não
há a menor dúvida de que a reforma cogitada procura acertar o rombo das contas
da Previdência, mas ela ainda vem encontrando muita resistência no Congresso,
principalmente por parte da oposição, que, a bem da verdade, sempre mostrou
ojeriza às reformas na estrutura do
Estado, haja vista que os governos recentes jamais tiveram a iniciativa de reformular,
com profundidade, os setores carentes de mudanças, a exemplo da Previdência e
outras importantes políticas públicas, como a viária, tributária,
administrativa, trabalhista etc.
A verdade é que o resultado das manifestações tem o
condão de animar a equipe econômica, em especial porque as ruas mostraram que o
Congresso tem obrigação de votar os projetos do governo, porque eles são de
interesse da população, que não pode ser prejudicada por grupos de parlamentares
que confundem seus interesses, como no caso específico do famigerado Centrão,
com o público, ou seja, as causas nacionais.
Diante das manifestações, em claro apelo ao
entendimento político para a viabilização das mudanças em discussão, convém que
o governo e os congressistas se voltem para a valorização de pauta, de agenda
que privilegie as boas relações entre eles, porque se encontra em jogo o futuro
do Brasil e dos brasileiros, diante desse terrível sufoco de milhões de
desempregados à espera de oportunidade de trabalho.
A primeira lição que ficou bem visível, nas
manifestações, diz respeito à premência do sepultamento, para sempre, do monstrinho
Centrão, que, atualidade, nada mais é senão deformidade ética e moral, em se
tratando que as atividades políticas devem seguir princípios e condutas dignas
e honradas de linearidade, onde o homem pública só tem único caminho a seguir
de estrita observância aos bons costumes de honestidade e decoro, merecendo total
repúdio os congressistas que se identificam com as propostas daquele grupo, que
defendem o fisiologismo como regra no desempenho de suas atividades
parlamentares, ao exigirem cargos e verbas para a aprovação de projetos de
iniciativa do governo, o que demonstra visível grau de decadência moral de seus
integrantes.
Se depender dos brasileiros, o contestável Centrão
jamais deveria existir no Congresso, justamente porque ali tem a
representatividade do povo, que é titular da moralidade depositada nas urnas e,
diante disso, a sua delegação não poderia ser transformada em instrumento de
barganha e exigências estranhas aos princípios republicano e democrático.
A avaliação que pode ser feita, nesse momento difícil
e importante para o país, é que agora os homens responsáveis pela condução dos
negócios da República precisam, imediatamente, ensarilhar as armas e se voltarem
para o meticuloso trabalho de saneamento das feridas remanescentes, tendo por
mira tão somente os interesses do Brasil, deixando de lado quaisquer resquícios
de vaidades magoadas, que somente contribuíram para prejudicar os interesses
dos brasileiros, porque o jogo inerente à recuperação da economia não pode
haver nem vencedor e muito menos vencido, em se tratando que a disputa em
discussão precisa ter um único vitorioso: o Brasil.
Convém que as principais autoridades da República, compreendendo
as lideranças dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, precisam
construir, mediante conversa clara e franca, especial agenda de convergência de
ação conjunto, em nome da aprovação de medidas em benefício dos brasileiros,
sob o compromisso do exclusivo atendimento do interesse público, contribuindo
para a obtenção da normalidade política, social, econômica, administrativa, entre
outras que levem à retomada do desenvolvimento do Brasil.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 27 de maio de 2019
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