É
indiscutível a unanimidade do sentimento dos filhos de que nossas mães são
especiais, em tudo que elas representam em nossas vidas.
Na
verdade, não existe amor mais sublime, intenso e real quando há o envolvimento
da figura da mãe, que logo vem à mente a doçura, o aconchego, a ternura, a
bondade, o carinho, o sorriso, o amparo e ainda, em especial, a orientação segura,
certeira e poderosa.
Ninguém
é tão forte, importante e expressivo na vida, em termos de compreensão, amor e
carinho, quando o filho se refere ao sentimento da mãe por ele, porque seu
gesto de acolhimento é simplesmente único, insubstituível e definitivo.
Como é maravilhoso poder ser comemorado o Dia das Mães,
tendo ao lado da mesa festiva aquela pessoa especial, a querida mãezinha, expondo
espontaneamente o sorriso de muita alegria diante de seus filhos, em permanente
demonstração de felicidade certamente por ter sido a genial e principal responsável
pela geração, criação e formação pessoal de seus amados filhos, em completa
harmonização com a vontade de Deus, que tem a graça de abençoar a criação, a união
e o amor da família.
É
muito importante que todas as mães do mundo mereçam os parabéns nesta linda
data festiva: Dia das Mães, mas eu me permito parabenizar, em especial, a minha
querida mamãe Dalila, expoente maior de meu coração, que foi o verdadeiro símbolo
de mãe, por ter existido no seu perfil de vida tudo que uma mulher precisou enfrentar
de obstáculos e desempenhar, com denodado amor, o papel de mãe guerreira,
batalhadora e finalmente vencedora, graças ao seu permanente amor aos filhos,
para quem não deu somente o seu trabalho e o seu suor, mas ela foi capaz de derramar,
literalmente, seu sangue pela felicidade de seus rebentos.
Quanta
emoção e maior ainda a saudade de minha querida mamãe Dalila Rocha, a pessoa
que encarnou com amor, como poucas mulheres, a sublime figura de mãe, no
sentido mais puro e expressivo da palavra.
Ela
não somente gerou em seu ventre nove filhos, em condições extremamente difíceis
e adversas, tendo que, ela mesma, em muitas vezes, fazer o seu próprio parto, sob
exposição ao risco de parto nessas condições, mas também sendo obrigada a
superar os piores obstáculos da vida, fazendo, como se diz no Nordeste, da
tripa coração, para conseguir o sustento de uma "reca" de
"barricudinhos", todos afiados no garfo, ou mais precisamente, na
colher, em época que não havia a menor possibilidade de assistência social por
parte do Estado, como na atualidade.
Lembro-me
de que dona Dalila, como era conhecida, se desdobrava como dona de casa e
trabalhadora na máquina de costura, dia e noite, para não faltar o alimento da
família, principalmente nos momentos de maiores dificuldades, que certamente
foram muitos e tormentosos para ela.
É
evidente que as situações de extremas dificuldades perduraram até a nomeada dela
como servidora do Estado da Paraíba, quando passou a receber o suficiente para
o sustento da família, que foi, por coincidência, quando eu vim embora para
Brasília, logo depois que mamãe passou a ser “marajá”, ao contrário, do governo
estadual, ganhando, quiçá, parcela insignificante do salário mínimo, porque, nos
idos de 1966, o servidor público do Estado ganhava algo insignificante e vergonhoso,
em termos de qualidade de vida, que não deve ter mudado muito de lá para cá,
porque ele nunca é valorizado como deve.
Minha
querida mãe Dalila tinha cuidados especiais com a formação educacional dos
filhos e eu soube muito bem compreender isso e captar a sua preocupação nesse
sentido, ou seja, não fosse a minha perspicácia talvez eu nem tivesse condições
de escrever as crônicas que me realizo, na atualidade, como pessoa, por meio
delas, ficando claro aí a marca de uma grande mãe, que teve a persistência de
incutir na mente de seus filhos a necessidade de estudar, aprender e progredir,
justamente para facilitar a conquista de melhor espaço na sociedade.
Ressalte-se
outra importante lição de minha mãe, que foi o ensinamento rígido e sistemático
sobre a observância dos princípios de cidadania, quanto ao respeito à
dignidade, à moralidade e à honestidade, dos quais ela era defensora persistente
e intransigente.
É
induvidoso que dona Dalila merece sim o título de mãe exemplar de todos os
tempos, por sua bonita e heroica história de luta, sacrifício e vitória, tendo
conseguido criar oito filhos, juntamente com papai Valneí, que, era igualmente
lutador e trabalhador, enquanto pôde, mas não com o mesmo ímpeto e a mesma
dedicação dela, que sabia melhor o que era preciso para o sustento da sua bela
prole, a par da solidez da formação dela.
É
de suma importância a relembrança desses fatos, como forma do devido
merecimento, justamente para mostrar a sublime característica ímpar de mulher
valorosa, lutadora, impetuosa e incansável, extremamente trabalhadora e
responsável, símbolo da verdadeira força do povo nordestino, que, mesmo diante
de obstáculos, intempéries e pesares, é bravo por natureza, destemido e,
finalmente, vitorioso, como foi, de forma nítida, o exemplo majestoso de mamãe
Dalila.
Não
há a menor dúvida de que, especialmente para mim, a façanha de vida de mamãe
Dalila é a mais linda de todas as histórias, evidentemente sem desprezo às
outras que podem ter sua importância, porque ela vivenciou momentos de enormes
dificuldades, mas também de glórias, por ter conseguido constatar, em vida, que
o seu sacrifício não foi em vão, quando chegou a ver que seus pimpolhos cresceram,
lutaram e venceram, tudo sob os auspícios da sua batuta, sempre inflexível no
rumo de grandes e merecidas vitórias, indiscutivelmente fruto de seus
permanentes sacrifícios, que foram recompensados e seus filhos são unânimes a reconhecê-los.
Muito
obrigado minha heroína, saudosa e amada mamãe Dalila, que a senhora esteja, eternamente
e com todo mérito, no usufruto da plena bonança na glória do reino de Deus, porque
o seu legado na Terra jamais será esquecido.
Parabéns
às mamães, neste esplendoroso “Dia das Mães”.
Brasília,
em 12 de maio de 2019
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