domingo, 19 de maio de 2019

O milagre da santa brasileira


"Pois eu vou para o Pai, o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei". Evangelho de Jesus Cristo - João 14,7-14.

O milagre que o Vaticano acaba de reconhecer e ratificar, para possibilitar a canonização da religiosa baiana Maria Rita Lopes Pontes, a Irmã Dulce, se refere à cura instantânea da cegueira de um homem de cerca de 50 anos.
O paciente conviveu com a cegueira por durante 14 anos e voltou a enxergar, de forma permanente, desde 2014, quando a cura teria acontecido em ocasião em que ele estava com conjuntivite e com dores agudas nos olhos, tendo clamado pela intercessão da Irmã Dulce, pelo milagre da visão, que aconteceu no dia seguinte, quando ele voltou a enxergar normalmente.
Um médico das Obras Sociais Irmã Dulce e que foi perito inicial da causa, declarou que "Não tinha explicação. Era um paciente que estava cego e que de um dia para o outro ele volta a enxergar, sem explicação".
          O paciente - que antes de ficar cego trabalhava na área de informática - caminhava com a ajuda de guia e tinha acabado de receber cão guia que havia sido treinado exclusivamente para acompanhá-lo no dia a dia.
Antes de ser encaminhado para Roma, o caso foi analisado por oftalmologistas de Salvador e São Paulo, que examinaram pessoalmente o paciente e não encontraram explicação para a cura.
O referido oftalmologista disse que "Tem uma coisa que é ainda mais espetacular: os exames dele são de um paciente cego. Porque tem lesões pelas quais o paciente não deve enxergar. E ele enxerga".
O caso, antes, foi avaliado por comissão de médicos em Roma, que também não encontraram explicação científica para o acontecimento, tendo sido, na sequência, analisado por comissão de teólogos e depois por comissão de cardeais, que concluíram pela plausibilidade do milagre.
O arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil declarou que "Um milagre, para ser reconhecido como tal, tem que ser instantâneo e duradouro. Este caso foi estudado, foi aberto um processo e se viu que havia fundamento muito sólido".
Segundo o arcebispo, em julho vindouro, o papa deve convocar os cardeais que, em consistório, será anunciado o reconhecimento de novos santos da Igreja Católica, que possibilitará a marcação da data da canonização da ex-freira brasileira, que deve acontecer em Roma, quando a Irmã Dulce passará a ser chamada Santa Dulce dos Pobres.
A ex-religiosa baiana teve a sua vida consagrada como "O anjo bom da Bahia", em razão da sua trajetória de fé e obstinação às rígidas regras de enclausuramento da Igreja Católica, tendo prestado assistência às comunidades pobres de Salvador, em trabalho que foi realizado até próximo da sua morte, em 1992.
O primeiro milagre da futura santa brasileira foi reconhecido pelo Vaticano quando houve a cessação de hemorragia em uma mulher, que padeceu por durante 18 horas, após dar à luz ao seu filho, cujo milagre foi atribuído aos poderes da ex-freira, que está prestes a ser santificada.
É evidente que a Irmã Dulce já operava milagres ainda quando ela estava na Terra, à vista do seu extraordinário trabalho à frente de suas instituições de caridade, com o atendimento incansável e incessante realizado diuturnamente por ela, em gesto de pura caridade e santificação, em evidência da sua estreita harmonia com os princípios cristãos e com as graças de Deus, a quem ofereceu todo seu sacrifício de seu trabalho caridoso.
Na verdade, as curas e os milagres são obras de santificação de Deus, que acontecem com aqueles merecedores da graça, exatamente pela mediação de quem tem as virtudes da realização de importantes obras terrenas, que foram exemplo de santidade e que souberam muito bem compreender o sentido de compaixão e amor ao seu próximo.
A irmão Dulce foi verdadeiro instrumento de Deus na Terra, tendo cumprido a sua missão exatamente em estrita obediência às regras estabelecidas na cartilha de santificação e de amor aos objetivos e princípios de Deus, de modo que o seu merecimento é tanto que ela continuou com os poderes de influenciar na cura e no milagre daqueles que apelam por sua intercessão junto ao Todo-Poderoso.
Na realidade, somente quem tem poder para operar milagres é Deus, que concede aos seus discípulos de alma pura e santificada, como é o caso do forte exemplo do “anjo bom da Bahia”, de dedicação às causas da benevolência no atendimento assistencial aos necessitados e aflitos por solução de casos que somente são resolvidos por força da espiritualidade.
Como quem somente faz milagre é Deus, as pessoas iluminadas recebem o merecimento para operá-lo em Seu nome, cujas curas são realizadas nas pessoas em razão da sua fé, que se materializa pela intercessão de alma com a áurea de santo, a exemplo do que pode ter acontecido com a irmã Dulce, que muito fez para merecer a sua aproximação com Deus e receber Dele os poderes milagrosos da cura e da ajuda espiritual.
Conclui-se que a Irma Dulce poderia muito bem já ter sido canonizada ainda quando esteve na Terra, porque a sua santidade já se manifestava de forma patente, à vista da sua identidade com a intensa prestação de ações sociais, repletas de caridades e amor ao próximo, em larga escala que somente os santos têm condições de realizar obra tão expressiva e marcante, lembrando que a santidade da Santa Dulce dos Pobres já era visível na Terra, com os milagres da salvação de muitas vidas, operada por intermédio das instituições de caridade administradas diuturnamente por ela, enquanto pôde.
Brasília, em 19 de maio de 2019

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