quinta-feira, 9 de maio de 2019

Quem cala, consente?


O presidente da República do Brasil disse que o prefeito de Nova York "se queimou" na corrida presidencial dos Estados Unidos da América, por ter patrocinado manifestação pública contra ele, o ofendendo na sua honra, que não foi devidamente repudiado nem retrucado, posto que se justificaria resposta à altura da agressão graciosa e inoportuna.
O presidente brasileiro disse que cancelou a viagem àquela cidade para não enfrentar protestos de pessoas insufladas a atirar objetos contra ele, fato que funciona muito mais para pessoas medrosas e acovardadas, à vista da normal proteção dada às autoridades, em se tratando de nação civilizada, como os Estados Unidos.
O presidente afirmou que o prefeito de Nova York deseja disputar as prévias do Partido Democrata e que ele "fez sabotagens" à homenagem que lhe seria feita naquela cidade, quando o brasileiro receberia prêmio oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
O mandatário brasileiro, depois das acusações do americano, cancelou a viagem e tenta agora forma de organização para receber o prêmio no Texas, visto que ele afirmou que está acertando os últimos detalhes de viagem aos Estados Unidos, no fim da próxima semana. 
Nesse episódio envolvendo o prefeito de Nova York e o presidente da República do Brasil, é evidente que o político norte-americano, com ou sem razão, ganhou de braçada do brasileiro, que se intimidou e se acovardou diante das bravatas ditas por quem aproveitou o momento histórico para, simplesmente, tentar se promover e aparecer em cima do político tupiniquim, por ter alegado fatos deprimentes atribuídos ao mandatário brasileiro, que apenas os engoliu a seco e sem espernear, diante de tamanha gravidade, em demonstração de absoluta incompetência para fazê-lo engolir as acusações assacadas por ele.
O brasileiro ainda resolveu desistir da viagem agendada para os Estados Unidos, quando, incontinenti, ele deveria exigir, pela via judicial, na forma do Direito Internacional, que o americano fosse obrigado a provar os delitos atribuídos por ele sob a autoria do brasileiro, a par de ter mantido a viagem que já estava acertada, ou seja, o estrago causado ao brasileiro ficou de graça e sem nenhuma reparação, dando a entender que ele é realmente tudo aquilo que foi dito pelo prefeito nova-iorquino.
O certo é que o brasileiro foi violentamente agredido na sua honra, com adjetivações extremamente ofensivas não somente à imagem pessoal, mas, em especial, à da do Brasil e dos brasileiros, que estariam sendo governados por pessoa sem a devida qualificação para o exercício do relevante cargo de presidente do país, que exige, no mínimo, a observância dos requisitos de honorabilidade, integridade e respeito dos princípios humanitários.
As alegações atribuídas ao presidente brasileiro de que o norte-americano "se queimou", por ter laborado em "sabotagens" soam como demonstração de extremas futilidade e falta de compreensão para se perceber a gravidade do ato protagonizado pelo americano, que, na qualidade de político de expressão internacional, precisava ser acionado e coagido judicialmente, no mínimo, a provar as graves denúncias acerca da reputação do brasileiro, que, ao se calar, consentiu que elas tivessem algum fundo de verdade, exatamente pela injustificável e leviana falta de reação à altura por parte do brasileiro, porque o seu silêncio tem o condão de manchar a imagem do Brasil.
Fica ridículo, na altura dos acontecimentos, o presidente brasileiro vir a público para, tão somente, alegar pífia e inócua acusação de que o norte-americano "se queimou", porque "fez bobagens", sem nenhum retruque ou repúdio, como era de se esperar, ante a sua índole de rebeldia, haja vista que, se houve alguma estultice, isso aconteceu por parte do presidente brasileiro, que deixou de se defender das indevidas e levianas acusações do norte-americano, que deveria, no mínimo, ser obrigado a prová-las, na forma que certamente seria feita se a denúncia tivesse partido em sentido contrário, quando o político tupiniquim já teria sido acionado e coagido a provar o que teria dito, sendo obrigado a justificar,  há muito tempo, pela via judicial, as declarações dadas por ele.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 9 de maio de 2019

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