quarta-feira, 29 de maio de 2019

Magistral inversão de valores

O ministro da Justiça brasileiro participou de conferência em Lisboa, Portugal, tendo como tema as mudanças globais, onde estiveram líderes políticos, artistas, escritores e atletas.
Não obstante, após a organização do evento, Conferências do Estoril, anunciar a participação do mencionado ministro na composição dos conferencistas, no quadro “De Volta ao Essencial: Democracia e a Luta contra a Corrupção”, diversos grupos decidiram boicotar o evento e lançaram notas de repúdio contra a presença do ministro brasileiro no país.
Em carta aberta, o Coletivo Andorinha afirmou que o ministro pertence ao governo que é "contra a democracia, contra as mulheres, contra a educação, a ciência, e o ambiente, contra os povos indígenas, a cultura afro-brasileira, e contra os homossexuais".
O grupo também criticou declaração do presidente brasileiro sobre o ministro no STF, tendo afirmado: "Foi ainda revelado recentemente pelo próprio Bolsonaro que trocou favores políticos com Moro para ganhar um lugar na Suprema Corte brasileira".
Além das duras críticas ao ministro, grupos de ativistas também decidiram convocar protesto no dia e horário da participação de Moro no evento, tendo afirmado: Em 28 de maio de 1926, o fascismo instalava-se em Portugal. Em 28 de maio de 2019, receberemos o fascista brasileiro mostrando-lhe que não é bem-vindo. Fascismo nunca mais, nem em Portugal nem no Brasil, lê-se em um evento do Facebook.
É incrível como ainda tem gente com mentalidade aparentemente atrofiada, tendo a singeleza e a comodidade de pensar da forma mais cruel possível, inclusive para encontrar grave defeito e atribuir o título de fascista a homem íntegro, profissional exemplar e digno do maior respeito, como é o caso do ministro da Justiça brasileiro.
Esse nobre brasileiro conduziu, com imparcialidade, competência e justiça, a Operação Lava-Jato, que conseguiu desvendar um dos maiores esquemas criminosos da história mundial, com a comprovação do mais grave desvio de recursos dos cofres públicos, por meio de organização criminosa que atuava no âmbito da administração pública, mais especificamente na Petrobras.
Aliado a isso, sob a sua batuta, ele é responsável pelas condenação à prisão de muitos bandidos e devolução ao erário de milhões de recursos roubados, tendo a capacidade de tirar de atividade criminosa mais de centena de aproveitadores do dinheiro dos brasileiros, compreendendo bandidos de colarinho branco trasvestidos de políticos, executivos, empresários e muitos criminosos assemelhados.
Por ocasião do evento, compareceram algumas pessoas vestindo camisetas vermelhas, com a estampa do ex-presidente da República petista e dizeres “Lula Livre”, além de faixa de protesto, em clara demonstração da defesa de pessoa que se encontra presa pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, segundo decretação pela Justiça brasileira.
Ou seja, percebe-se facilmente que a humanidade ao invés de evoluir, em termos de civilidade, mostra-se cada vez mais em queda livre de decadência, diante do quadro degradante apresentado por pessoas em defesa de homem público condenado pela Justiça e, ao mesmo tempo, protestando, com veemência, contra quem apenas trabalhou em defesa da sua pátria, por ter cumprido a sua obrigação constitucional de julgar, na função de juiz, em consonância com o seu dever funcional e em harmonia com a legislação de regência, em ambiente de julgamento onde o réu teve o normal usufruto de amplos direitos de defesa e contraditório, não tendo, à toda evidência, conseguido demonstrar a sua inocência quanto às denúncias constantes dos autos, em nenhuma das instâncias da Justiça, por enquanto.
As manifestações contra pessoa do quilate do ministro da Justiça apenas têm o condão de evidenciar o nível intelectual e moral desses indivíduos, naturalmente por mostrarem quem eles defendem: criminoso preso pela Justiça, com a veemência de quem não tem sensibilidade para a questão da moralidade na administração pública e muito menos senso de civilidade e razoabilidade, preferindo se igualar àquele que foi condenado pela prática de atos indignos e contrários aos princípios da honestidade e da conduta de correção e ética, que são próprios dos homens públicos e tudo isso são fatos do noticiário da imprensa.
A verdade é que nada daquilo que foi atribuído ao ministro pelos protestantes tem fundo de verdade, porque nada foi provado por eles nem por ninguém, fato que só demonstra, no mínimo, sentimento de injustificável vingança graciosa contra quem já conseguiu mostrar seus enormes valor e amor às causas do Brasil e dos brasileiros.
Esses protestantes são apenas merecedores de dor e compaixão, justamente por defenderem ideologias por meio das quais é possível se acreditar na devassidão e na irresponsabilidade como se fosse algo importante e valioso para a sociedade, quando os fatos vêm mostrando exatamente o contrário dessa teoria absurda e destruidora dos bons princípios ínsitos da humanidade.
À luz da evolução da humanidade, com a prestimosa contribuição do iluminismo aos conhecimentos do Homo sapiens, causa perplexidade ainda se perceber que pessoas, adjutoradas por pura ideologia, percam a dignidade em defesa de condenado pela prática atos comprovadamente contrários aos princípios da moralidade e da dignidade, não tendo o mínimo pudor de achar que quem merece ser castigado é a pessoa que se houve apenas como cumpridor do seu dever de agir, resultando disso inafastável ilação de cristalina inversão de valores, quando aquele que se desviou do caminho da retidão não merece aplauso enquanto não provar a sua inocência, enquanto aquele que agiu por força do dever institucional não pode ser castigado se nada for provado, materialmente, contra ele.   
Causa enorme estranheza que os defensores de condenado, ao invés de protestar contra quem agiu com correção, em defesa da Justiça e do Brasil, não se dignam a exigir dele, como parece ser normal, justo e digno, a comprovação da inocência, da inculpabilidade, naturalmente por meio da produção de elementos capazes de evidenciar que os fatos denunciados são inexistentes, em contestação da robusteza das provas sobre a materialidade dos fatos irregulares, constantes dos autos, que foram devidamente autenticas por, pelo menos, oito magistrados integrantes das primeira, segunda e terceira instâncias da Justiça, até agora, por unanimidade, fato que afasta qualquer alegação de perseguição ou algo contrário à legitimidade dos julgamentos.
Com o maior respeito aos sentimentos dos cidadãos, que têm o direito de discordar das medidas adotadas pelo ex-juiz da Lava-Jato, exclusivamente em razão adotada contra pessoa endeusada, porque não há quaisquer críticas contra o ex-magistrado, com relação às demais condenações da sua lavra, que ultrapassaram das 150, nesse caso, com o devido acerto, com o que se pode intuir que não fosse uma única condenação, por certo, ele não seria tão massacrado e repudiado, de forma injusta, por seguidores de quem pensava, em princípio, que jamais seria julgado pela Justiça, diante da sua áurea de endeusamento.
Não obstante, é preciso se reconhecer os altíssimos espírito altruísta e de amor ao Brasil por parte do ministro da Justiça, diante de seu importante legado, cujos atos adotados por ele foram revestidos, salvo pequeninas ressalvas, de legitimidade, correção e imparcialidade, à vista da homologação deles, na quase integralidade, nas instâncias superiores, em convalidação das sentenças absolutamente em harmonia com a justeza que se impõe nos jugados da Justiça, à vista da sua fiel observância ao regramento jurídico pátrio.
Os brasileiros honrados e dignos se orgulham, com o devido respeito a quem pensa diferentemente, de pessoa com os melhores atributos incorporados ao seu currículo de homem público, com o timbre e as qualidades invejáveis de quem já prestou inestimáveis serviços em defesa dos interesses do Brasil, demonstrando muitas bravura, competência e sabedoria no desempenho implacável da importante missão de combater, com denodo, a corrupção e a impunidade, em conduta profissional incomparável na história republicana brasileira, não se justificando, com as devidas vênias, a defesa de quem não conseguiu provar a própria inocência, em ambiente de transparência e amplas defesas constitucional e legal.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 29 de maio de 2019

Nenhum comentário:

Postar um comentário