Diante
da crônica que escrevi falando sobre a personalidade do meu querido irmão Cláudio,
tenho recebido muitas mensagens em aprovação ao texto escrito por mim, sendo
que muitos dos quais fazem referências elogiosas na mesma linha que tenho enfatizado sobre a sua vida e isso constitui motivo de alegria e regozijo para a família, por confirmar tudo
aquilo que foi concebido sobre a história dessa importante pessoa que fez parte da
minha casa e honrou a minha família.
Uma
dessas mensagens de carinho veio da querida prima Tereza Melo Queiroga, que
teve a bondade de se expressar nesse sentido: “Querido primo Adalmir, eu fiquei
profundamente triste com a partida precoce do Primo Cláudio! Deixa uma lacuna
em nossos corações! Pois com ele tive um convívio maior, pois somos da mesma
idade: 58 anos! Nossa adolescência foi presente e tivemos um convívio! Mas ele
foi no tempo de Deus e agora está no paraíso! Resta-nos uma imensa saudade!!!!
Quero externar meus sentimentos a você e todos os outros irmãos e família!!! Um
forte abraço! Amo todos vocês.”.
A
minha resposta à belíssima mensagem da prima Tereza pode ser compreendida nos
termos do texto a seguir.
A
verdade é que a nossa maior dor é saber que ele estava em plenas atividades,
apenas, segundo Lúcia, a viúva de Cláudio, ultimamente, ele vinha reclamando
de dores de cabeça, mas nada fez, em termos médicos, para resolver esse
incômodo, porque entendia que se tratava de coisa normal e não quis se
consultar com o especialista, mesmo tendo sido pedido por ela, quando aquilo já
era visível sinal de pressão alta e o risco era iminente e enorme e as
consequências foram inevitavelmente fatais.
Ou
seja, talvez se ele tivesse sido mais cauteloso e acatado o pedido da então mulher, ele poderia estar
vivo e feliz ente nós, neste momento, tendo evitado tamanho sofrimento com a
sua partida tão rápida.
Eu
posso lhe dizer, querida prima, que meu prejuízo foi o maior possível com a
partida de Cláudio, porque eu tinha relacionamento especial com ele, que era
realmente pessoa diferenciada, com a ressalva do esquentamento, quando entendia
que as coisas deveriam ser como ele gostava que fossem e isso foi seu gravíssimo
erro, mas, como pessoa humana, existem poucas pessoas iguais a ele, que
guardava no peito um coração bondoso, generoso, alegre e feliz, que era capaz, por
exemplo, de ficar totalmente despido, se necessário fosse, para vestir seu
próximo, porque isso lhe satisfazia muito mais do que deixar alguém em
dificuldade.
Cláudio
foi pessoa que deixou lição de amor que precisa ser disseminada no seio da
sociedade, que ainda não aprendeu a valorizar o real sentimento de humanismo
como ele externava fácil e espontaneamente, sem o menor interesse senão de
praticar o bem e resolver as questões de outrem como se elas fossem dele, mesmo
que tivesse que gastar seus escassos e minguados recursos, porque ele não fazia
o menor empenho por dinheiro e muito menos por riqueza.
Aliás,
a riqueza dele era o seu belíssimo dom de servir com carinho e amor o seu
próximo, na compreensão maravilhosa que ele tinha sobre a vida em sociedade.
Embora
eu até possa ser suspeito em dizer e enfatizar toda beleza atribuída a Cláudio,
por ter sido seu contumaz admirador - pelo simples fato de que, qualquer assunto
que se discutisse, ele já tinha a solução pronta -, mas vários depoimentos de
testemunhas prestados agora atestam as qualidades e os atributos dele,
como verdadeiro cristão que soube entender a dimensão do amor ao próximo como a
si mesmo.
É
verdadeira e indiscutível a saudade eterna deixada por Cláudio,
que foi pessoa simples e amável e cheia de boas lições de vida, tendo
contribuído bastante para o bem do seu próximo e certamente dele mesmo, em
relação à sua nova missão no plano espiritual.
Posso
afirmar que me conformo com a vontade de Deus para levá-lo tão repentinamente
de nós, mas o Pai eterno sabe perfeitamente que terei enormes dificuldades para
me acostumar, doravante, sem a presença de Cláudio, que foi um irmão que tinha
prazer em conversar comigo e vice-versa, diante do proveitoso interlóquio
mantido ente nós, muito rico em aprendizagem, e a perda disso é outro motivo
doloroso para mim.
Na
realidade, o que nos conforta mesmo é a certeza de que já aproveitamos o que
pudemos da companhia do querido Cláudio, que foi pessoa, na sua simplicidade,
que soube muito bem praticar o amor divino e, por isso, mereceu os nossos
carinho e reconhecimento, lamentando que as nossas forças foram impotentes,
incapazes, para convencer o bondoso Criador, por meio de nossas orações, que
seu filho amado Cláudio poderia ter ficado mais algum tempo conosco, porque a
sua presença era verdadeiro refrigério, à luz da sua obra devotada para as
coisas do bem e do amor.
Brasília,
em 4 de maio de 2019
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