sexta-feira, 3 de maio de 2019

O valor da personalidade


Há poucas horas, regressei do Cemitério Campo da Esperança, onde fiz a obrigação cristã de se despedir, infelizmente, pela última vez, do meu querido irmão Cláudio, que agora repousa mansamente sob a imensidão celestial, juntamente com aqueles escolhidos por Deus, para compor a fantástica equipe destinada a cuidar do embelezamento das obras celestiais do bem e do amor.
Por certo que ele já chegou na casa de Deus querendo se inteirar das normas celestiais, dos cuidados a serem tomados e dos erros que não podem ser praticados no plano da espiritualidade superior, porque é imensa a sua sede de participação nas tarefas do reino de Deus, de modo que a sua presença seja imediatamente sentida e notada, quando é certa que ela será capaz de causar verdadeira revolução nos hábitos taciturnos onde ele passe a exercer a sua função de colaborador experimentado.
Com certeza, os colegas de trabalho vão sentir a força da sua personalidade, do seu dinamismo e especialmente da sua disposição para o enfrentamento das questões mais espinhosas, porque a sua inquietude não para enquanto ele não conseguir demonstrar que a vida celestial é algo de muita seriedade e responsabilidade e precisa de competência para torná-la cada vez mais plausível e feliz.
É evidente que nós pobres mortais jamais saberemos de que maneira o Cláudio vai desempenhar a sua importante missão celestial, mas temos plenas convicções de que a sua precoce partida somente aconteceu porque o céu estava precisando de pessoa com os extraordinários e especiais atributos inatos dele, porque, ao contrário, a sua presença entre nós teria sido um pouco mais demorada, para que ele pudesse continuar disseminando seus fantásticos e benéficos fluidos, à luz dos princípios cristãos de amar ao próximo como a si mesmo.
Cláudio tinha a capacidade de saber de tudo um pouco, exatamente para que o seu domínio sobre as coisas da vida nada mais fosse do que o necessário e o suficiente para repassar algo de bom para o seu próximo, em termos de ajuda, ensinamento ou simplesmente um contato amigável e proveitoso, porque era dessa maneira que ele se sentia realizado, com o contato direto com as pessoas que, às vezes, nem conhecia, mas ficava sempre feliz quando podia ajudar alguém, porque era essa a sua marca registrada de pessoa que estava sempre antenada com as vicissitudes do seu semelhante.
À toda evidência, as preciosidades sobre os conhecimentos dele, hauridas na Terra, hão de ser aproveitadas imediatamente na sua nova e especial tarefa de ajudar a construir um céu muito mais divertido, alegre, interativo e certamente mais gostoso de se viver com a sua presença, porque a sua atuação não será diferente do que foi aqui, sempre carregada de novidades e alegrias sobre algo agradável e motivador, em benefício do bem comum.
Por último, reafirmo meu agradecimento a Deus pela generosidade de ter enviado Cláudio justamente para a casa humilde de Valnei e Dalila, na qual eu também tive o privilégio de ter nascido, onde reinava muita alegria de família unida, feliz, compreensiva e cheia de amor, que se completava com a presença de outros queridos seis irmãos: Canidé, Dalivan, Valnei, Luiz, Vandali e Adamilto.      
Brasília, em 3 de maio de 2019

Nenhum comentário:

Postar um comentário