Alguém
postou, em Facebook, a imagem de uma cachorro com peruca e óculos, sob o
simulacro de ser figura da vida pública, tendo inclusive colocado o nome dela e
ainda esclarecendo que não havia conseguido ficar impassível ao caso.
Com
todo respeito às pessoas, esclareço que não tenciono, se possível, mudar para melhor senão eu
mesmo e cada qual que se cuide, mas a minha reação foi apenas chamar a atenção, com base nesse caso, para a possibilidade de cada pessoa puder ser menos mordaz e um pouco mais tolerante
e respeitosa para com o seu próximo, conforme deixei explicitado a seguir.
Eu disse que ficava muito triste quando
o ser humano não se respeita e ofende seu semelhante, em gesto extremamente
deselegante e gracioso, não importando a índole de quem quer que seja, porque
isso não condiz com a dignidade das pessoas e não faz o menor sentido que
alguém fique menosprezando e fazendo gozação com seu semelhante, por mais
ridículas que as pessoas possam ser e mesmo que nem sejam.
É
preciso se levar em conta, sobretudo, o nosso sentimento cristão, que não pode
ser diferente da compreensão em relação ao seu semelhante, em qualquer
circunstância da vida, considerando que, sob os planos divinos, ninguém é
melhor ou pior do que ninguém, tendo em conta que aquilo que não desejamos para
nós mesmos, jamais deveria ser desejado para o nosso próximo, em compreensão
mais restrita do sentimento humano, que precisa se harmonizar perfeitamente nos
contextos de racionalidade e civilidade.
A
minha tristeza maior é verificar que situação como essa não contribui
absolutamente para coisa nenhuma, senão para mostrar que nós como ser humano
precisamos muitíssimo e com urgência aprender as melhores lições de vida e
principalmente a conviver harmonicamente em sociedade, com a maior sentimento
de dignidade e amor mútuos, em clima de respeito possível para com o nosso
semelhante, de modo que possamos ser dignos igualmente do respeito das outras
pessoas.
Sei
perfeitamente que não sou o dono da razão nem de coisa alguma, mas tenho plena
convicção de que se eu puder dar bons exemplos de cidadania e civilidade, em
ambiente de amor e compreensão sobre os fatos da vida, já estou prestando
enorme contribuição para o aperfeiçoamento da humanidade, no sentido de que, se
alguém pretende mudar o mundo, é importante que isso comece pela própria
pessoa, mudando a si próprio, como reafirmação de que, se cada um fizer a sua
parte nesse complexo universo, pelo menos haveria muito mais compreensão e
compaixão nas relações entre as pessoas.
Eu
deixo claro que não sou defensor de absolutamente ninguém, apenas tenho
direito, como todo cidadão tem de se manifestar livremente e da forma que
melhor lhe aprouver, quanto ao usufruto do importante e precioso princípio
permitido e assegurado no âmbito do Estado Democrático de Direito, de dizer
exatamente o que pensa, mas eu sempre procuro interpretar os fatos de modo que
resulte em beneficio para o semelhante, como forma de realmente se evitar que o
homem contribua, de maneira graciosa e indevida, degradar cada vez mais o seu
irmão.
Nutro
a esperança no sentido de que as pessoas que pensam diferentemente de mim,
porque é assim, nesse caso, que se sentem felizes e realizadas, não tomem este
texto senão pela visão de quem já tem bastante experiência de vida e gostaria
muito que o ser humano refletisse um pouco mais quando fizesse alguma crítica,
questionando a si próprio se realmente a sua ideia pode servir para algo de
valor, como contribuição em benefício para a sociedade, porque somente assim
faz sentido, em termos humanitários, a nossa participação em comunhão com a sociedade.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 30 de maio de 2019
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