segunda-feira, 6 de maio de 2019

A marca da atrocidade


Em ato que reuniu aproximadamente 4.500 oficiais, as Forças Armadas da Venezuela reiteraram a sua lealdade ao ditador daquele país, em clara demonstração de submissão à tirania que massacra, às claras, a população oprimida, que não tem a quem recorrer para denunciar os atos de crueldade e desumanidade.
O ministro da Defesa venezuelano, em sintonia com estado ditatorial, afirmou, em alto e bom som, sem o menor sentimento humanitário, que "Viemos ratificar a nossa lealdade às instituições democráticas, ao povo da Venezuela, ao comandante e chefe supremo das Forças Armadas, como o único Presidente Nicolás Maduro".  
Diante dessa bestial e insensata solidariedade ao regime ditatorial, por parte dos militares, o mandatário tirano discursou perante os militares, tendo insistido na importância da posição das Forças Armadas para a paz no país e pediu "uma conduta séria e legal para deixar que o tempo faça prodígios" nos tempos que estão. 
O insensível, cruel e desumano ditador venezuelano afirmou que "Estas Forças Armadas têm que, perante o mundo, dar uma lição histórica, neste momento, de que na Venezuela há Forças Armadas consequentes, leais, coesas, unida como nunca, derrotando golpistas e traidores que se vendem aos dólares de Washington". 
Enquanto isso, o autoproclamado presidente interino da Venezuela vem, a duras penas, justamente por não ter o apoio das Forças Armadas, desencadeando atos inglórios de força contra o regime chavista, apelando para a adesão dos militares e da população, que têm sido praticamente infrutífera, diante da lealdade dos militares ao ditador.
O que impressiona e causa perplexidade, nesse gigantesco processo progressiva de destruição da Venezuela, é a completa e astronômica insensibilidade justamente de quem poderia contribuir para combater a desgraça: as Forças Armadas, que jamais poderiam admitir que um insano continuasse à frente do governo absolutamente destinado ao massacre e sofrimento da população.
Aliás, a bem da verdade, é muito provável que a população, hoje martirizada pela tirania, possa ter fundada participação no colocação no governo de pessoa que se transformou em monstro contra os sentimentos e princípios humanitários, tudo em nome da manutenção no poder, não importando os fins empregados para o atingimento dos meios.
É lamentável que as Forças Armadas da Venezuela conspirem contra a população martirizada do país, completamente atrocidade pela falta de alimentos, remédios, entre tantos abusos aos direitos humanos e aos princípios democráticos, ao darem guarida a governo caracterizado pela tirania, violência e pelo atropelamento ao sentimento humanitário, em clara demonstração de submissão ao regime chavista que somente contribuiu para a destruição do país, onde a economia se encontra completamente arrasada, atolada na pior crise da história da Venezuela.
É doloroso que a população venezuelana esteja sendo submetida a enorme massacre humanitário, diante da truculência de governo tirânico, mas as organizações de direitos humanos se mantêm distanciadas dos gravíssimos problemas, como se nada estivesse acontecendo de tão horroroso contra a população destroçada nos seus direitos, principalmente humanos.
Trata-se da mais pura ratificação de ato insano já declarado por autoridade de governo, porque, à toda evidência, a lealdade aludida pelo ministro da Defesa é sim às instituições antidemocráticas, conforme mostram os fatos, que o povo sensato da Venezuela vem repudiando, quando pode, conta governo tirânico, truculento e desumano, que foi capaz de construir uma nação sob pilares de destroços e arruínas, à vista do martírio e da escassez generalizada de alimentos, remédios e outros gêneros essenciais à sobrevivência do ser humano, que vem sendo submetido aos piores tratamentos de privações impostos ao povo daquele país.
Em estreita harmonia com o sentimento de violência e truculência contra a população, quando o ditador cruel mandou atirar contra aqueles que se opõem ao seu governo, o comandante-em-chefe se referiu à importância dos militares para a manutenção da paz, que tem sido absolutamente inexistente por aquelas bandas, porque o seu governo vem sendo defendido à custa da repressão e do confronto entre as forças militares e o povo indefeso, sob atos de extrema brutalidade, tendo havido mortes e muitas pessoas feridas, diante da intolerância contra o direito de manifestação livre e soberana, ante o primado da dignidade humana.
A lição histórica dada pelos militares ao mundo, referida pelo tirano, que se traduz, na verdade, no apoio às suas maldades e desumanidades, nada mais é do que demonstração de compartilhamento de atos corruptos degradantes em benefício da cúpula dos militares, que ainda não estão sendo submetidos às agruras impingidas à população.
Trata-se de completo sentimento de desumanidade e de traição aos interesses nacionais, que jamais poderiam ser contrariados por razões de conveniência e defesa corporativa, que é o que está acontecendo naquele país, onde poucos se beneficiam do poder, enquanto a população, em estrito sentimento de igualdade social, nos termos do figurino do regime socialista, vem sendo castigada com maus tratos e violentada com as privações dos direitos humanos e dos princípios democráticos.
Não há a menor dúvida de que a horrorosa e degradante situação de desumanidade existente na Venezuela, consistente na plenitude da intolerância ao usufruto dos direitos à individualidade e à cidadania, clama por veementes protestos por parte das nações civilizadas e evoluídas, dos organismos e das instituições ligados aos direitos humanos e, em especial, da população mundial, não importando a sua ideologia política, porque está em jogo é a vida humana, que precisa urgentemente de ajuda para se livrar do sofrimento do inferno terrestre.  
Enfim, apelam-se para que, em especial, as organizações internacionais de direitos humanos tomem a iniciativa de lutar contra a situação de extrema violência, não somente com referência à privação de gêneros essenciais à sobrevivência do ser humano, mas em especial com o uso de armas de fogo contra a população, que não tem o direito de se manifestar contrariamente aos abusos praticados contra os direitos humanos e princípios democráticos e humanitários.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 6 de maio de 2019

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