Em ato que reuniu aproximadamente 4.500
oficiais, as
Forças Armadas da Venezuela reiteraram a sua lealdade ao ditador daquele país,
em clara demonstração de submissão à tirania que massacra, às claras, a
população oprimida, que não tem a quem recorrer para denunciar os atos de crueldade
e desumanidade.
O ministro da Defesa venezuelano, em sintonia com
estado ditatorial, afirmou, em alto e bom som, sem o menor sentimento
humanitário, que "Viemos ratificar a
nossa lealdade às instituições democráticas, ao povo da Venezuela, ao
comandante e chefe supremo das Forças Armadas, como o único Presidente Nicolás
Maduro".
Diante dessa bestial e insensata solidariedade ao
regime ditatorial, por parte dos militares, o mandatário tirano discursou perante
os militares, tendo insistido na importância da posição das Forças Armadas para
a paz no país e pediu "uma conduta
séria e legal para deixar que o tempo faça prodígios" nos tempos que
estão.
O insensível, cruel e desumano ditador venezuelano afirmou
que "Estas Forças Armadas têm que,
perante o mundo, dar uma lição histórica, neste momento, de que na Venezuela há
Forças Armadas consequentes, leais, coesas, unida como nunca,
derrotando golpistas e traidores que se vendem aos dólares de
Washington".
Enquanto isso, o autoproclamado presidente interino
da Venezuela vem, a duras penas, justamente por não ter o apoio das Forças
Armadas, desencadeando atos inglórios de força contra o regime chavista,
apelando para a adesão dos militares e da população, que têm sido praticamente
infrutífera, diante da lealdade dos militares ao ditador.
O que impressiona e causa perplexidade, nesse gigantesco
processo progressiva de destruição da Venezuela, é a completa e astronômica insensibilidade
justamente de quem poderia contribuir para combater a desgraça: as Forças
Armadas, que jamais poderiam admitir que um insano continuasse à frente do
governo absolutamente destinado ao massacre e sofrimento da população.
Aliás, a bem da verdade, é muito provável que a população,
hoje martirizada pela tirania, possa ter fundada participação no colocação no governo
de pessoa que se transformou em monstro contra os sentimentos e princípios humanitários,
tudo em nome da manutenção no poder, não importando os fins empregados para o
atingimento dos meios.
É
lamentável que as Forças Armadas da Venezuela conspirem contra a população
martirizada do país, completamente atrocidade pela falta de alimentos,
remédios, entre tantos abusos aos direitos humanos e aos princípios
democráticos, ao darem guarida a governo caracterizado pela tirania, violência
e pelo atropelamento ao sentimento humanitário, em clara demonstração de
submissão ao regime chavista que somente contribuiu para a destruição do país,
onde a economia se encontra completamente arrasada, atolada na pior crise da
história da Venezuela.
É
doloroso que a população venezuelana esteja sendo submetida a enorme massacre humanitário,
diante da truculência de governo tirânico, mas as organizações de direitos
humanos se mantêm distanciadas dos gravíssimos problemas, como se nada estivesse
acontecendo de tão horroroso contra a população destroçada nos seus direitos,
principalmente humanos.
Trata-se da mais pura ratificação de ato insano já
declarado por autoridade de governo, porque, à toda evidência, a lealdade aludida
pelo ministro da Defesa é sim às instituições antidemocráticas, conforme
mostram os fatos, que o povo sensato da Venezuela vem repudiando, quando pode,
conta governo tirânico, truculento e desumano, que foi capaz de construir uma nação
sob pilares de destroços e arruínas, à vista do martírio e da escassez
generalizada de alimentos, remédios e outros gêneros essenciais à sobrevivência
do ser humano, que vem sendo submetido aos piores tratamentos de privações
impostos ao povo daquele país.
Em estreita harmonia com o sentimento de violência
e truculência contra a população, quando o ditador cruel mandou atirar contra
aqueles que se opõem ao seu governo, o comandante-em-chefe se referiu à
importância dos militares para a manutenção da paz, que tem sido absolutamente inexistente
por aquelas bandas, porque o seu governo vem sendo defendido à custa da
repressão e do confronto entre as forças militares e o povo indefeso, sob atos
de extrema brutalidade, tendo havido mortes e muitas pessoas feridas, diante da
intolerância contra o direito de manifestação livre e soberana, ante o primado
da dignidade humana.
A lição histórica dada pelos militares ao mundo, referida
pelo tirano, que se traduz, na verdade, no apoio às suas maldades e
desumanidades, nada mais é do que demonstração de compartilhamento de atos
corruptos degradantes em benefício da cúpula dos militares, que ainda não estão
sendo submetidos às agruras impingidas à população.
Trata-se de completo sentimento de desumanidade e
de traição aos interesses nacionais, que jamais poderiam ser contrariados por
razões de conveniência e defesa corporativa, que é o que está acontecendo
naquele país, onde poucos se beneficiam do poder, enquanto a população, em
estrito sentimento de igualdade social, nos termos do figurino do regime
socialista, vem sendo castigada com maus tratos e violentada com as privações
dos direitos humanos e dos princípios democráticos.
Não há a menor dúvida de que a horrorosa e degradante
situação de desumanidade existente na Venezuela, consistente na plenitude da
intolerância ao usufruto dos direitos à individualidade e à cidadania, clama
por veementes protestos por parte das nações civilizadas e evoluídas, dos
organismos e das instituições ligados aos direitos humanos e, em especial, da
população mundial, não importando a sua ideologia política, porque está em jogo
é a vida humana, que precisa urgentemente de ajuda para se livrar do sofrimento
do inferno terrestre.
Enfim, apelam-se para que, em especial, as
organizações internacionais de direitos humanos tomem a iniciativa de lutar
contra a situação de extrema violência, não somente com referência à privação de
gêneros essenciais à sobrevivência do ser humano, mas em especial com o uso de
armas de fogo contra a população, que não tem o direito de se manifestar contrariamente
aos abusos praticados contra os direitos humanos e princípios democráticos e
humanitários.
Brasil:
apenas o ame!
Brasília,
em 6 de maio de 2019
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