Vem
circulando, em redes sociais, a imagem de capa da revista britânica The
Economist que chama a atenção pela colocação do ex-presidente da República
petista como sendo o político mais corrupto do mundo, na forma do seguinte
texto, verbis: “Lula
é eleito pela revista inglesa ‘The Economist’ como o maior ladrão do mundo”.
Acontece
que, por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook
solicitaram que fosse analisada a autenticidade do material pertinente, diante
da sua enorme repercussão na internet.
Segundo o
Google, a reportagem em apreço já havia sido acessada por milhares de pessoas e
que, até o dia o dia 26 de abril do fluente ano, houve o compartilhamento, no
Facebook, de mais de 1,1 mil vezes.
O
resultado da pesquisa procedida por Lupa, que é entidade especializada em
checar a veracidade de matérias veiculadas como sendo verdadeiras, constatou
que “A capa da revista é falsa. A The Economist nunca publicou uma primeira
página acusando Lula de ser o político mais corrupto do mundo. A imagem exibida
nas redes sociais é uma montagem, que circula desde 2017. No site da publicação
estão reunidas todas as reportagens publicadas sobre o ex-presidente brasileiro.
Não há entre os textos qualquer matéria que coloque Lula como o líder em um
ranking de corrupção do planeta.”.
Segundo a
Lupa, “A edição de 20 de agosto de 2017, que aparece no post, jamais
existiu. A revista publicada na data mais próxima, em 19 de agosto de 2017, traz
uma charge com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falando em um
megafone que também é um chapéu da organização racista Ku Klux Klan.”.
O Google
esclarece que checagem semelhante foi feita pelos sites Estadão Verifica,
Boatos org. UOL Confere e E-farsas e todos chegaram à mesma conclusão, com a
atestação da falsidade.
Ultimamente,
tem sido bastante comum a circulação de notícias bombásticas, envolvendo a imagem
de pessoas públicas, justamente aproveitando o momento e normalmente procurando
relacionar fatos que podem se transformar, diante da opinião pública, em algo
capaz de levar muita gente a acreditar na veracidade da notícia.
Ainda bem
que existem órgãos que prestam importante serviço de esclarecimento à opinião
pública, evitando que a divulgação da notícia perca o devido controle, porque a
internet cuida de disseminá-la com a rapidez comparável ao estopim de pólvora,
certamente depois de ter causado enorme prejuízo à imagem dos envolvidos.
É preciso
que cada pessoa tenha o máximo cuidado de consultar os referidos órgãos ou mesmo
o próprio Google, que sempre tem o zelo de verificar a autenticidade dessas
notícias, exatamente para se evitar que elas, mesmo que sendo falsas, como
nesse caso em comento, não possam servir como instrumento para denigrir, de
forma indevida e graciosa, a imagem de importantes pessoas, públicas ou não.
Não há a
menor dúvida de que têm sido bastante explorados os recursos da internet para a
veiculação de notícias falsas, o que exige dos usuários, em especial, do
Facebook, redobrados cuidados para também não compactuarem com esses expedientes
nitidamente desonestos e injustos, que visam claramente denegrir a honra das
pessoas, absolutamente de maneira perversa e, em muitos casos, os estragos podem
ser irreversíveis e até insanáveis, ante a velocidade incontrolável da mentira.
Convém
que as pessoas se conscientizem sobre a gravidade que essa maneira irresponsável
de compartilhamento pode causar à imagem e à honra de quem está sendo o cerne
da focalização da notícia falsa, à vista da impossibilidade da reparação dos gravíssimos
estragos que isso pode deixar depois de passar pelos caminhos da mídia.
Esse
alerta tem sua importância em termos do sentimento que o ser humana precisa
nutrir no seu coração, no sentido de que qualquer maldade praticada contra o
seu semelhante não é bem aceita se ela fosse direcionada a si próprio, o que
vale se dizer que não se pretende para outrem aquilo que não se deseja para si.
Brasil:
apenas o ame!
Brasília,
em 8 de junho de 2019
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