O diário Chosun Ilbo afirmou que
o responsável pelo trabalho preparatório antes do aludido encontro, em Hanoi,
em fevereiro último, e que viajou até à capital vietnamita a bordo do trem
privado do ditador, foi supostamente fuzilado por ter "traído o líder supremo", ao
regressar dos Estados Unidos, depois da reunião.
Embora o jornal tenha citado fonte
não identificada, ele garantiu que "Kim
Hyok-chol foi executado em março no aeroporto de Mirim com quatro responsáveis
do Ministério dos Negócios Estrangeiros, na sequência de uma investigação",
tendo revelado que outras pessoas teriam sido executadas.
Um dos executados era
o correspondente do emissário norte-americano nas negociações
preparatórias da citada reunião, em Hanoi.
O diário indicou ainda que a
intérprete do ditador coreano foi enviada para campo de presos, devido a erro
cometido durante o encontro em causa.
Há especulação no sentido de que a
intérprete não traduziu a nova proposta do líder norte-coreano, quando o
presidente norte-americano declarou que "não havia acordo" e deixou a mesa das negociações, de acordo
com o jornal Chosun Ilbo, tendo por base fonte diplomática.
Os citados líderes encurtaram o
encontro de Hanoi sem qualquer conclusão, acordo ou declaração comum, devido à
impossibilidade de entendimento em relação ao desmantelamento dos programas
nucleares de Pyongyang, em troca do levantamento das sanções econômicas
impostas ao país asiático.
Um responsável do partido único
no poder e correspondente norte-coreano do secretário de Estado
norte-americano, nas negociações sobre a questão nuclear, também foi enviado
para campo de trabalho forçado, segundo aquele jornal.
A comissão parlamentar sobre
informações sul-coreana afirmou que aquele responsável tinha sido sancionado
pela gestão do encontro de Hanoi, em que pese ter sido nomeado recentemente
para a Comissão de Assuntos de Estado, o primeiro órgão do governo
norte-coreano, que é presidido pelo líder do regime comunista daquele país.
As notícias sobre a anunciada
execução foram publicadas depois de o Rodong Sinmun, órgão oficial do partido
no poder na Coreia do Norte, ter esclarecido que os agentes que cometerem atos
hostis ao partido ou antirevolucionários seriam confrontados com o "julgamento severo da revolução", ou
melhor interpretando, com a execução sumária ou castigos dolorosos em campos de
trabalhos forçados.
Eis aí, sem meia
palavra, pequena amostra sobre o que seja o verdadeiro sentimento dos
trogloditas que praticam e defendem a "sublime" ideologia socialista
ou comunista, em cujo regime os aliados e importantes assessores do governo são
tratados com o devido "carinho", ou seja, com a execução ou a reclusão
em presídio, evidentemente sem nenhuma investigação séria ou direito a prestar
justificativa em sua defesa, sendo tudo realizado apenas com base na decisão
truculenta e severa do líder supremo, quando há algo errado nos negócios
envolvendo os interesses do Estado norte-coreano.
Tempos atrás, o mesmo
ditador mandou executar seu tio, por motivo fútil, que pode custar a vida, de
forma absolutamente cruel e desumana, mostrando que a preciosidade da vida, nos
países civilizados, não tem a menor importância diante da perturbação ou do
estado emocional do tirano, que tem o poder de castigar com a pena de morte ou o
recolhimento em campo de presos ou concentração, com a obrigação de trabalhos
forçados e penosos.
Nesses casos, os
deslizes ou falhas têm o nome de traição ao regime, especialmente quando os
entendimentos cogitados não se concretizam na forma tal qual como pretendidos
pelo ditador, conforme a barbárie ocorrida após o malsucedido encontro de
Hanoi, onde não houve acordo algum e despertou a ira do ditador norte-coreano.
Diante dessa
monstruosidade contra o ser humano, custa acreditar que pessoas que vivem em
país civilizado e evoluído, que tem a vida valorizada como o bem mais importante
de todos, merecedora também de todas as garantias inerentes às liberdades
individuais, compreendendo, em especial, o usufruto dos direitos plenos e
próprios do ser humano, além do respeito e à observância aos princípios
democráticos, estruturados em pilares garantidores dos fundamentos de
civilidade e dignidade vinculadas ao homem, ainda se mostram simpatizantes e
defensoras de regimes totalitários, desumanos, cruéis e violentos, cujo
pensamento ideológico com base no socialismo/comunismo é exatamente esse de
completo e extremo desrespeito aos conceitos de racionalidade, humanidade,
civilidade, em que a vida é apenas um detalhe, porque nada tem valor sob o
prisma pessoal do ditador, que, em absoluto, não pode ser contrariado, sob pena
da aplicação de castigos severos e violentos, contrários aos princípios humanitários.
À toda evidência, ante
os maus-tratos e a truculência dos ditadores dos países sob o regime socialista
ou comunista, causa enorme perplexidade ainda se perceber a existência de
expressivo contingente de seguidores da maldita ideologia que dá sustentação a
esse desgraçado sistema político de governo, em cristalina evidência de que os
defensores da esquerda não se sensibilizam diante desses atos de pura atrocidade
contra o ser humano, que tem a vida desprezada, desvalorizada, sem o sentido da
dignidade como ser humano, que não é respeitado e muito menos protegido nos
seus direitos fundamentais, como se isso apenas fizesse parte natural da famigerada
ideologia que somente valoriza o poder em si, que, em tese, é a essência das
revoluções para alcançá-lo, sempre por meio de processos dolorosos, onde a vida
humana é completamente ignorada, sendo que o povo serve apenas como massa de
manobra.
Infelizmente, nesses
casos de governos déspotas e tiranos, tendo por base a aferrada ideologia
ensinada pelo regime comunista ou socialista, a dignidade do ser humano perde
valor, para dá espaço ao poder, em termos de importância capital para o Estado
e o pior é que a esquerda se curva a essa debilidade mental, se prostrando normalmente
aos pés de lideranças que não passam de verdadeiros brutamontes destituídos de
sentimentos e sensibilidades, porque eles são o todo-poderoso que podem cometer
barbaridades contra o ser humano, mas mesmo assim ainda são venerados por seus
seguidores da esquerda, que igualmente não passam de seres insensíveis e
incapacitados de repudiar atos insanos e desumanos.
Será que não valeria a
pena se refletir sobre a real validade, em termos de sentimento humano, sobre
os maus-tratos ao semelhante, em nome de famigerada ideologia, que vem sendo
colocada acima de tudo e de todos, inclusive dos princípios humanitários e dos
direitos humanos, diante da sede do poder absoluto, que apenas beneficia círculo
restrito de lideranças, a nata do poder totalitário?
Sob o ponto de vista
humanitário, o Homo sapiens demonstra gigantesca e injustificável fragilidade,
por se transformar, de forma consciente e pacifica, em animal absolutamente irracional
e insignificante diante da espécie, quando acha normal o seu apoio dado a ditadores
insanos e insaciáveis, para a prática de atos de pura selvageria contra o seu semelhante,
como tem sido forma banalizada e comum nos países de regime socialista ou
comunista, onde os princípios humanitário e democrático simplesmente são
inexistentes, diante da prevalência do poder absoluto e totalitário, afeitos às
suas conveniências políticas e ditatoriais.
Nesse lastimável episódio da Correia do Norte,
denunciado pela mídia, fica a importante lição de que é realidade insofismável o
desprezo aos princípios essenciais inerentes ao ser humano, quanto ao salutar respeito
à sua dignidade, que é simplesmente exposta, em absoluta fragilidade, à fúria dos
ditadores, que empregam a força bruta do totalitarismo como instrumento
dissonante dos fundamentos da civilização moderna.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 5 de junho de 2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário