quinta-feira, 20 de junho de 2019

Apenas valorização do homem

Entre as mensagens, encontra-se à postada pela prezada amiga Gileide Moreira Duarte, que disse, in verbis: “O que você fez se chama valorizar o outro, a quem se admira.”.
De maneira carinhosa, eu agradeci à solidariedade da ilustre conterrânea, dizendo que, infelizmente, por força do texto, posso agradar alguns e desagradar outros, porque isso faz parte do jogo democrático, entendendo que aquilo que se pode, ao mesmo tempo, dizer a verdade, para uns, mas a mesma afirmação não faz igual sentido para outros, ante a forma de liberdade de interpretação sobre os fatos da vida.
Confesso que, no caso em comento, eu pensava que realmente estivesse fazendo a devida justiça e prestando verdadeiro ato de valorização do ser humano, com relação à pessoa da maior estima, como sendo digna da melhor veneração, em razão da sua história de vida, que não mereceria somente aplausos, mas algo da maior grandeza, como gigantesca é a sua importância para o povo de Uiraúna, em termos da realização do bem, durante toda a sua vida, fato que tem o reconhecimento unânime dos conterrâneos.
Fico feliz que muita gente tenha pensado como você, amiga Gileide, e eu, porque, em momento algum, eu pensei que contribuiria para a tristeza de ninguém, simplesmente por defender o melhor para as pessoas, principalmente porque, para tanto, a concretização desse importante reconhecimento só depende da boa vontade política, para tornar realidade algo que satisfaz plenamente o desejo da sociedade, sem exigir senão a sintonia com a realidade dos fatos e o desejo de valorização do ser humano.
Confesso enorme dificuldade para compreender essa falta de sensibilidade dos homens públicos e principalmente das pessoas, de modo geral, que se acomodam e não se interessam em valorizar, como deve e precisa, as pessoas que se esforçaram e se dedicaram em benefício da comunidade, obviamente sem exigirem nada em recompensa.
Posso até estar sendo exigente, de forma exagerada, sobre tema da maior importância para a história da cidade, em termos de cultura, na qual várias pessoas se sacrificaram e a única recompensa seria tão somente o reconhecimento e a gratidão chancelada de forma digna, marcante e representativa.
Eu imaginaria, como ideia pioneira, fantástica e razoável, que, por ocasião das datas cívicas da cidade, pudesse haver, nas solenidades públicas, momento especial para as devidas homenagens aos heróis de Uiraúna, com a menção, em gesto de verdadeira lembrança, de seus legados, como forma de se criar o sentimento de civismo e amor às causas públicas, que, por certo, teria o condão de se despertarem o interesse das novas gerações, além do estímulo às práticas do bem, que precisam ser institucionalizadas, na atualidade.
Infelizmente, na prática, as coisas não funcionam precisamente como a gente pensa, porque, apesar dos pesares, é preciso que sejam respeitadas as mentalidades das pessoas, com destaque para as dos representantes do povo, que, em tese, têm obrigação de auscultarem os anseios dos eleitores, como forma de sintonia com a democracia moderna, embora, ao contrário disso, percebe-se, nesse particular, que a visão deles não é condizente com o desejável sentimento de patriotismo, que, como instrumento de valorização da cultura, ele até que pode ser, em boa hora, resgatado nos seus corações, como maneira salutar de demonstração de amor à querida Uiraúna e aos bravos uiraunenses.
Brasília, em 19 de junho de 2019

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