Uma advogada de Porto Velho resolveu, com a finalidade
de "fazer o bem sem olhar a quem", ajudar o próximo, ao
instalar, no muro da sua casa, um bebedouro com água gelada, ficando à disposição, em especial, dos moradores de rua.
A advogada teve essa ideia depois de perceber, sensibilizada
com o problema, que moradores de rua sofrem com doenças renais, em razão de não
beberem a quantidade de água necessária para o organismo.
Diante dessa constatação, ela começou a planejar a
construção de bebedouro que pudesse minimizar esse grave problema de saúde
pública, bastando a colocação de equipamentos voltados para a rua, consistentes
em uma pia, uma torneira e adequados aparelhos para a manutenção da água sempre
saudável e gelada.
Ela disse que "Eu fiquei pensando em uma
forma que eles (moradores de rua) não precisassem tocar a campainha. E
não só para atender essa população, mas qualquer pessoa que passar. Afinal, a
água é a fonte da vida. A sede é uma tortura".
A advogada ressaltou que, quando teve a ideia,
houve clima de desconfiança por parte de familiares e vizinhos, mas depois
todos perceberam a relevância da sua ação humanitária.
A advogada declarou que, "Às vezes, as
pessoas têm medo, ficam preocupadas, mas a população de rua não é violenta.
Hoje, a gente vê pessoas passando, enchendo a garrafinha e eu fico feliz de
poder contribuir".
Ela disse que o local é limpo diariamente, pelos
familiares, que também o reabastecem com copos descartáveis.
A advogada esclareceu que a vigilância sanitária já
visitou as instalações, tendo inspecionado e conferido o funcionamento do
bebedouro, inclusive o pessoal bebeu água da fonte.
De um modo geral, os transeuntes têm aprovado a
iniciativa em apreço, como no caso de um auxiliar de serviços gerais, que disse
que caminhava pela rua, procurando uma loja, e se surpreendeu ao perceber a fonte
de água gelada no muro. Ele não pensou duas vezes e aproveitou a oportunidade
para "matar a sede" e se refrescar.
Ele disse, em apoio à iniciativa em tela, que, "Normalmente
ninguém nem quer mostrar o que tem dentro de casa. Quanto mais dinheiro, menos
demonstração. Mas ela tem um bebedouro aí dentro gelando o dia inteiro. Já me
ajudou, matou minha sede".
Outra pessoa afirmou que "Fiquei muito
surpreso de ver pessoas assim se solidarizando com as outras. Muitas pessoas
não têm dinheiro para comprar uma água engarrafada e esse bebedouro ajuda".
Segundo a advogada, ela já tem outra ideia em
planejamento, qual seja, a implantação
de uma cantina, para fornecer alimentação para aqueles que vivem nas ruas da
cidade.
Essa
fonte de vida é, na verdade, feliz e generosa iniciativa em sintonia com os
sentimentos de cidadania, humanidade e cristandade, porque a sua finalidade é fornecer
bem precioso para quem precisa, como algo que representa a vida: água, que
merece os aplausos da sociedade, diante da preocupação de satisfazer o próximo,
em forma muito clara de amor vivo, efetivo e permanente.
Com
base em obras dessa magnitude, se pode acreditar na bondade que existe no
coração do ser humano, em que pesem muitas pessoas possuidoras de fortuna não
terem disponibilidade, mínima que seja, para sentir as agruras daqueles que
nada têm.
Não
há a menor dúvida de que esse fantástico exemplo ajuda a compreender que a
humanidade pode sim contribuir para um mundo melhor, além de se perceber que
atitude com o mínimo de custo, como essa, tem enorme importância, em termos de
repercussão humanitária, como modelo de conscientização das pessoas de que se
houver boa vontade e amor no coração, é possível a construção de um mundo com
mais esperança e amor, na melhor compreensão sobre o sentido da vida.
O
fazimento do bem às pessoas só depende da compreensão sobre o verdadeiro sentido
de compartilhamento de ações entre os homens, porque o bem que se faz ao
próximo tem retorno multiplicado para o benfeitor, porquanto a sua obra é
abençoada e recompensada, de alguma maneira, por Deus, em forma, principalmente,
de conforto pelos sentimentos humanitário e cristão que expandem natural e generosamente
dentro do seu coração, diante da prática de algo transformado em benefício da
vida e da expansão do amor entre os homens.
Certamente
que a advogada merece efusivos encômios por sua obra extremamente humanitária e
cristã, não somente pelo enorme benefício à vida humana, mas em especial como rica
lição de que o homem que tem recursos financeiros disponíveis pode, querendo,
contribuir com a ajuda ao próximo carente, como forma de se distribuir um pouco
para, ao menos, minorar o enorme sofrimento daqueles que dependem muito do
socorro do seu semelhante.
Nesse
aspecto estritamente humanitário, em solidariedade à Boa Samaritana de Porto
Velho, por seu ato em defesa da saúde de seu irmão, evidentemente com meus parabéns
por importante iniciativa, chamo a atenção, em grau máximo de apelo para o bom
senso e a sensibilidade humanos, dos administradores municipais, das entidades
de defesa dos direitos humanos e das organizações que cuidam dos interesses
comunitários que se esforcem com vistas à instalação, de forma prioritária e de
urgência, em locais de maior concentração dos moradores de rua ou nos centros
das cidades menores, de bebedouros, providos de água potável, em condições de
salubridade, com filtragem e equipamento de refrigeração.
Nessa
mesma linha de ajuda e socorro humanitários e em benefício à saúde pública, convém
que também sejam construídos banheiros públicos, se possível com instalação
para banho, para condicionarem limpeza e higienização adequadas, porque isso é
o mínimo que o governante municipal pode gastar e disponibilizar em benefício das
pessoas carentes que vivem ao desamparo do conforto de um lar digno.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 24 de junho de 2019
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