Diante da crônica pedindo desculpas por ter
recebido mensagem dizendo que eu havia deixado uma pessoa triste, onde
apresentei várias explicações sobre possível mal-entendido, o querido
conterrâneo Ubiracy Vieira Veloso apresentou-se solidário com o meu texto e
reafirmou que eu não devo pedir desculpas.
Na sua preciosa mensagem, ele se expressou da
seguinte forma: “Não tem que pedir desculpas, meu irmão Adalmir! As suas
ponderações são justas e bem colocadas, no caso em comento. O nobre Casemiro
merece muito mais que aplausos. Fico na expectativa de que os representantes do
povo de Uiraúna aceitem as suas colocações, criando um Título Honorífico de
Herói, para homenagear, entre outros, os pioneiros que defenderam nossa
"terrinha" quando O Cangaceiro Lampião tentou invadir o nosso torrão
natal! Fico sempre contigo e avante com suas opiniões valiosas!”.
Em
resposta, eu disse ao e ilustre uiraunense que teria ficado muito agradecido pelas
palavras de apoio e estímulo dele, em total cumplicidade com o meu trabalho
literário.
Em
seguida, procurei dizer que as minhas desculpas se fizeram necessárias, ao meu
sentir, pelo fato de deixar alguém triste por algo que teria feito apenas no
sentido de enaltecer qualidades e valores que precisam ser reconhecidas da
forma mais digna possível.
Isso
me deixou muito triste, porque eu entendi que teria sido melhor que eu
aplaudisse também, aceitando mera menção de aplausos, quando não é do meu
feitio e o agraciado é nobre, é pedra preciosa, é gente que merece ter seu nome
no Panteão dos heróis e heroínas de Uiraúna.
Eu
preferi pedir desculpas para mostrar que eu não tenho interesse senão o de se
criar mentalidade grande para as coisas que precisam ser valorizadas.
Eu
preferi pedir desculpas para dizer que eu, como filho de Uiraúna, embora
morando em Brasília há 53 anos, tenho minhas raízes na terrinha, motivo pelo
qual meu sentimento de amor por todos aqueles com quem eu convivi continua
ainda muito forte, como no caso do homenageado, o venerando Casemiro Gomes de
Galiza, porque eu conheci de perto a sua gloriosa história de vida e sei
perfeitamente que pessoas do seu quilate não merecem somente aplausos fortuitos.
Eu
pedi desculpas justamente pelo sentimento de frieza confirmado por alguém que
disse que ficou triste pelo que eu disse, como se eu tivesse menosprezado a
menção de aplausos, quando a minha intenção foi a de dizer que isso é muito
pouco representativo para as pessoas heroicas, como o agraciado.
Eu
pedi desculpas para mostrar a absoluta insensibilidade dos homens públicos para
com a causa da maior importância cultural de uma cidade, que é o devido
reconhecimento diante do seu legado.
Eu
pedi desculpas para mostrar que eu não me conformo com o comodismo das pessoas,
que poderiam vislumbrar história linda e maravilhosa para aqueles que deram seu
sangue às causas da comunidade, prestando relevantes serviços para o bem das
pessoas.
Enfim,
eu pedi desculpas para ficar tranquilo com a minha consciência, porque é lamentável
que se acuse alguém de ter causado tristeza a outrem, quando se tem no coração
o sentimento da prática do bem ao próximo.
Agradeço
bastante comovido as suas palavras de apoio, querido irmão Ubiracy Vieira
Veloso, e que Deus esteja sempre na sua companhia.
Brasília, em 17 de junho de 2019
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