O
Datafolha divulga, neste domingo, resultado de pesquisa realizada entre 1.511 entrevistados,
por via de telefone, nos dias 1* a 3 do fluente mês, versando, basicamente,
sobre fato bastante explorado, no momento, pela oposição, que pretende a renúncia
do presidente da República.
Aquela
empresa informa, segundo consta da notícia, que a cogitada renúncia “é
rejeitada por 59% dos brasileiros”, em contrapartida da opinião de que “37%
dos entrevistados”, que entendem que o chefe do Executivo deveria deixar o
cargo.
De
acordo com o Datafolha, o apoio à renúncia do presidente cresce entre jovens de
16 a 24 anos (44%) e mulheres (42%), enquanto homens (65%) e trabalhadores que
recebem entre cinco e dez salários mínimos (69%) são contrários.
A
pesquisa também mostra, com base na resposta dos entrevistados, que o
presidente tem condições de liderar o país, para 52% deles, enquanto outros 44%
discordam dessa opinião, e 4% não souberam responder.
Por
sua vez, a empresa responsável pela pesquisa esclarece que a região Nordeste
concentra o maior percentual de apoiadores da renúncia em apreço, com 47%,
enquanto na região Sul, maior reduto bolsonarista na eleição, 28% querem que o
presidente desocupe o posto.
Salta
aos olhos, com muita tristeza, a forma irresponsável como é divulgado o
resultado da pesquisa, diante da contradição de afirmações, quando aqueles entrevistados,
no total de tão somente 1.511 pessoas ouvidas, totalizando 891 entrevistados
(59% de 1.511) representam os “brasileiros”, ou seja, mais de duzentos milhões,
menos mal, só que esse dado não condiz com a realidade, enquanto os outros 620
gostariam que o presidente desinfetasse o principal trono da República.
Nada
impede, no formato republicano e democrático brasileiro, que se realizem
pesquisas e o mais que quiserem, mas, em pleno massacre da agudeza da crise causada
pelo temível coronavírus, ficar instigando o povo sobre renúncia do presidente
do país não parece ser de bom tom, notadamente porque existe questão de
primordial importância que precisa ser discutida pelos brasileiros, e carece de
imediata solução, qual seja, a tragédia do século, representado pelo
coronavirus.
Ressalte-se
que a renúncia do presidente ganhou as manchetes da mídia a partir do manifesto
formulado por partidos de oposição, pleiteando que o capitão da reserva do
Exército deixe o cargo, que tem sido hipótese já descartada por ele, em
reiterados pronunciamentos.
Entre
os políticos à frente do movimento pedindo a renúncia do presidente estão três
ex-candidatos da oposição à Presidência da República, que, como brasileiros,
têm legítimo direito de formular o que bem quiserem, mas, sob a ótica da
dignidade do civismo aos ideais republicanos, melhor representaria para a
grandeza de seus projetos políticos que eles e os demais homens públicos
pudessem criticar a atuação do mandatário da nação, como é próprio dos regimes
republicano e democrático, sem olvidar da importante contribuição em forma de apoios
e sugestões construtivos para o efetivo combate ao perigoso coronavírus, que
vem aterrorizando a humanidade.
Os
políticos brasileiros e a população precisam entender que o presidente da República
é pessoa que pode perfeitamente ter ideologia, mas esta deve ser devotada à
defesa das causas nacionais e jamais pode contrariar ao interesse público, que
está acima de tudo, porquanto em qualquer circunstância, mesmo no fogo cruzado da
guerra e das batalhas, como no caso do embate contra o coronavírus, o mandatário
precisa ser considerado unicamente como estadista, que luta incansavelmente em
defesa de todos os brasileiros, o que significa dizer que a vitória ou a
derrota é compartilhada igual e solidariamente entre os mesmos patrícios, que
precisam se conscientizar que o único partido de todos, neste momento difícil,
é o Brasil.
Diante
disso, não constitui nenhum absurdo qualquer ilação no sentido de que as ideias
da oposição ou de quem for contra ao governo, inclusive dos meios de comunicação,
pertinentes à cogitação da renúncia ou de outra hipótese do gênero do
presidente do país, serem consideradas oportunistas e contrárias aos princípios
civilizatórios, justamente em razão da travessia do momento delicado da guerra
declarada contra o coronavirus, que envolve, necessariamente, a participação
dos brasileiros, independentemente de ideologia, preferências pessoais e partidárias
ou outras ambicionantes metas, porque nada, absolutamente nada, pode justificar
pretensões senão no sentido de convergências de todos na busca dos melhores
resultados para a população em geral, que anseia unicamente que o Brasil possa
conquistar o pódio, para o bem de todos.
Brasília, em 5 de abril de 2020
Nenhum comentário:
Postar um comentário