Brasília,
cartão postal do Brasil, está sendo homenageada nesta data, por completar formosos
60 anos de inauguração, ocorrida exatamente no dia 21 de abril de 1960.
Tenho
enorme satisfação de ter nascido e vivido por algum tempo na cidade interiorana
de Uiraúna, Paraíba, mas meu coração se anima bastante quando me refiro a
Brasília, terra onde moro há exatos 54 anos, que, se pudesse, por esse motivo
especial, faria novo registro, evidentemente mantendo o anterior, para dizer
que aqui também nasci e pude vivenciar o meu nascimento para o mundo, no
sentido de que, praticamente, tudo de maravilhoso aconteceu comigo, no tempo
que aqui estou.
Foi
aqui, na capital federal, que comecei a trabalhar, fiz meus estudos e me formei,
me casei e tive meus três filhos e moro na melhor cidade, para mim, para viver,
onde a felicidade completa a minha vida de pessoa realizada, em todos sentidos.
A
construção de Brasília foi concebida a partir do cruzamento de dois eixos em
ângulos retos, no formato do sinal da cruz, a partir de ideia a mais primitiva possível,
que seria concebida e construída esta cidade fantástica.
Em
terra inóspita, só havia o infinito do agreste de terras vermelhas, que
caracterizam a região, com o verde do cerrado, coberto pelo lindo céu que já
era azulado como ainda é hoje, à espera da edificação da oitava “maravilha” do
mundo.
No
princípio, era exatamente o nada disposto na amplidão do Planalto Central,
coberto por matas do serrado que foi o suficiente para os gênios da arquitetura
invocarem a sabedoria dos deuses das pranchetas dessa magistral arte da
sabedoria humana para projetarem a cidade que encanta seus habitantes, os
visitantes e todos aqueles que amam a arquitetura e o urbanismo de vanguarda.
Brasília
foi concebida na imitação dos traços do avião, com inspiração inteligente do
urbanista Lúcio Costa, como projeto que significaria que a sua construção
ajudaria o Brasil a decolar de verdade, principalmente partindo-se do pressuposto
de que a integração nacional contribuiria para o início do progresso brasileiro,
que foi a marca do pensamento do presidente Juscelino Kubitschek, quando lançou
a meta de governo de cinquenta anos em apenas cinco e foi exatamente o que
aconteceu com o nascimento da capital federal, construída e inaugurada em tão
pouco tempo, que certamente não teria sido possível se não estivesse à frente
do empreendimento o presidente com a dinâmica e a tenacidade do presidente de então.
Brasília
é a síntese do esforço muito sucedido entre o presidente da República destemido
e audacioso, que precisou superar toda sorte de oposição e dificuldades da época,
inclusive e principalmente econômica, grandes nomes da arquitetura, do urbanismo,
da engenharia, como Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Bernardo Sayão, Plínio Cantanhede,
entre muitos outros, e os candangos, que são conhecidos como símbolos desta
cidade, construída por eles, que vieram de todos os rincões do Brasil,
inclusive de Uiraúna, sendo que a história contada por um deles (que se chamava
Zé de Madalena, de saudosa memória) a meu avô Juvino, com tanta paixão, detalhe
e empolgação, foi a razão fundamental para a minha vinda para Brasília.
Aqui
em Brasília, sempre há motivo de se relembrar e comemorar a proeza desse grande
brasileiro, Juscelino Kubitschek, que demonstrou ter sido autêntico político
honrado, que construiu a capital dos brasileiros em cumprimento à promessa de
campanha eleitoral, a de transferi-la para o Planalto Central, como previsto
nas Leis Maiores que vigoraram no Brasil até então.
Os
candangos e brasilienses somos honrados pelo feito desse genuíno brasileiro,
que demonstrou muito amor à pátria, por ter se sacrificado em todos os sentidos
para construir essa cidade que é Monumento da Humanidade, não por sua idade
histórico, como forma de reconhecimento de muitas outras, mas como cidade de
arquitetura e urbanismo modernos e futuristas, cujo fato é orgulho dos
brasileiros, pela cidade que se desponta por sua beleza urbanística e arquitetônica.
Brasília
sintetiza a alma brasileira, não somente porque daqui emanam as decisões nacionais,
em termos administrativos, econômicos e políticos, entre outros, mas porque
elas nascem nos seus palácios, embora muitas ideias venham de todo Brasil, por delegação
dos brasileiros.
Com
a força, a esperança e a fé dos candangos, que pulsam forte nos seus corações,
o Brasil há de superar a pandemia que assola a todos, na certeza de que a fibra
do construtor de Brasília há de assegurar a retomada do desenvolvimento
socioeconômico.
Ao
parabenizar Brasília, que passa a ser considerada a mais jovem a integrar a
faixa da “melhor idade”, preciso externa a enorme gratidão que tenho no coração
por esta amada cidade, que acolheu a mim e a minha família, com o carinho de
melhor mãe, tendo me propiciado todas as condições para que eu seja a pessoa
mais feliz do mundo.
Parabéns
e muito obrigado, Brasília!
Brasília, em 21 de abril de 2020
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