Brasil já se aproxima dos
40 mil casos de Covid-19, com mais de 2.300 mortes causadas pela nova doença do
século, fatos que preocupam a todos os brasileiros, que precisam se cuidar para
que esta estatística não se torne cada mais alarmante, pois os cuidados
precisam ser redobrados, no sentido de se evitarem conglomerações de pessoas,
com maior proliferação do vírus.
O Datafolha fez pesquisa e
constatou que 79% dos entrevistados são favoráveis a punições contra quem
infringir as medidas de isolamento social vigentes.
Dos entrevistados, somente 18%
acreditam que o governo não deve controlar a movimentação de pessoas.
A pesquisa do Datafolha
ouviu 1.606 pessoas, por meio de telefone, respeitando as medidas de isolamento
social.
Entre as pessoas que
defendem algum tipo de punição, 33% foram favoráveis a multas e 43% defenderam
advertências verbais.
As punições financeiras
satisfazem mais jovens de 16 a 24 anos e assalariados com carteira registrada,
enquanto as advertências são defendidas em maior parte pelos brasileiros com
maior poder aquisitivo.
A nova pesquisa indica
também que a adesão à quarentena se mantém constante em relação ao último
levantamento, no início do mês, quando 4% dos entrevistados disseram que
mantinham a rotina de antes da pandemia da Covid-19.
O isolamento social,
criticado frequentemente pelo presidente da República, é defendido pela maior
parte dos governadores do país, que estão estendendo as medidas restritivas em
seus respectivos estados.
O governador de São Paulo,
em tom mais exagerado, chegou a sugerir a prisão daqueles que desrespeitassem a
quarentena, mas apenas ampliou o isolamento até o dia 10 de maio.
As medidas de confinamento são
defendidas por especialistas com o objetivo de achatar a curva epidêmica da
Covid-19 no Brasil, ou seja, adiar o pico da pandemia no país para garantir a
estruturação do sistema de saúde e evitar o colapso já identificado em capitais
como Manaus e estados como o Ceará.
É importante ficar claro
que se trata de resultado de pesquisa abrangendo quantidade bastante reduzida
de apenas, pouco mais de 1.600 pessoas ouvidas, mas a tendência é a de que os
brasileiros são realmente a favor de punição para aqueles que deixarem de
observar o confinamento, porque este tem sido o procedimento que garante o mínimo
de segurança para se evitar a expansão do coronavírus.
É evidente que o ideal não
é aplicação de sanção para aqueles que não respeitarem o confinamento, porque a
orientação pedagógica pode resultar em resultados satisfatórios, em se tratando
que o isolamento é para o bem das pessoas, que precisam compreender que elas,
ao se protegerem, estão contribuindo para evitarem também a contaminação de
outras pessoas, de modo que o esforço seja benéfico para a sociedade em geral.
Espera-se que não seja
preciso chegar a esse ponto da aplicação de multa, porque isso somente
demonstra a incapacidade de convencimento por meios próprios de cidadania e
civilidade, que são preferíveis, por mostrarem a maturidade e a inteligência
das pessoas, quanto à percepção de que todos precisam compreender que o
sacrifício de alguns se transforma em benefício de todos.
Brasília, em 19 de abril de 2020
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