Um
ente da minha família, meu muito querido, fez postagem, no Facebook, de mensagem,
contendo imagem de pessoa e texto, que versa sobre a avaliação moral de importante
político brasileiro.
À
primeira vista, indaguei a mim mesmo: qual o real motivo tão espetacular que
leva alguém a publicar mensagem em rede social, absolutamente fora de contexto
e que, em princípio, não desperta nenhuma forma de contribuição à humanidade,
senão tentar denegrir ainda mais, de forma graciosa, a imagem tão combalida e
desgastada por suas próprias ações a tanto judiadas pela mídia, que já nem
desperta mais interesse em explorá-la?
O
referido fato suscitou em mim o desejo de manifestar minha opinião acerca de questão
normalmente depreciativa ao ser humano, não importando quanto à veracidade ou
não dela, porque apenas quis explorá-la para prestar, imagino, contribuição à
sociedade, evidentemente sob a minha ótica de interpretação dos fatos.
Dirigindo-me
à referida pessoa, eu disse que o prezo como se fosse um filho do coração, e, com
muitos cabelos brancos e com a ausência de muitos outros, penso que posso falar
com sinceridade sobre esse tema da maior importância, se assim ele me permitisse.
Pois
bem, diante do exposto, confesso que me sinto extremamente preocupado com
algumas postagens ou compartilhamentos, porque ambos têm o mesmo nível de
responsabilidade jurídica, quanto à autoria, posto que consta no nome de quem
manda a mensagem para o ar e a endossa, assumindo responsabilidades diversas,
no mínimo em forma de solidariedade jurídica.
No
passado, havia uma pessoa do meu coração para quem eu não me cansei de falar
para ela sobre a necessidade de se evitar assumir certas postagens,
principalmente na época da campanha eleitoral, mas, infelizmente, não tive o menor
sucesso quanto a isso.
Desta
feita, eu gostaria muitíssimo, diante do vínculo de amor familiar, que fosse pensado
melhor sobre se a postagem como a referida acima poderá trazer maior prazer
pessoal do que, ao contrário, motivo de preocupação, a despeito de possíveis questionamentos
sobre a autoria dela, com determinação judicial para se provar o que consta da
mensagem, com a apresentação dos elementos juridicamente válidos, sob pena da aplicação
de sanção penal e multa pecuniária, na forma da lei, salvo se houver como provar
o que consta ali escrito em clara exposição.
A
mensagem estampada no cartaz não é brincadeira, tendo a força de forte e pesada
palavra depreciativa da moralidade, à vista do sentido por ela representado, em
termos jurídicos, que chega a ser bastante preocupante, no âmbito da eventual judicialização.
Enquanto
somente ficar sem maiores consequências, tudo bem, ótimo, sem complicação na
esfera judicial, mas o fato em si poderá se tornar grave caso houver questionamento
sobre a autoria da mensagem.
Não
que eu queira servir de exemplo para ninguém, porque cada qual tem obrigação de
servir de modelo para si mesmo, procurando viver como bem lhe convier, embora eu
procuro me policiar para que eu não seja questionado pelo que escrevo e posto
nas redes sociais, principalmente porque cada cidadão precisa assumir seus atos.
De
modo geral, vejo com muita preocupação postagem como essa, porque, na minha
modesta concepção, ela carrega bastante peso em relação à precipitada imputação
de desonestidade a outrem, porque não tem custo senão quanto precisar provar,
quando as dificuldades começam a aparecer e de maneira muito significativa, diante
do que foi dito apenas palavra bastante forte, com a insinuação de algo que se
ouve e não há como provar.
Não
importa para mim se alguém é ou deixa de ser o que dizem sobre ela, porque o
sendo ou não o que acusam isso é da exclusiva competência da polícia, do
Ministério Público ou da Justiça, que têm a incumbência constitucional e legal para
a apuração dos fatos sob suspeita e culpá-lo ou inocentá-lo, conforme o resultado
das investigações.
Peço
mil perdões, em particular ao meu ente querido e às pessoas em geral que se
sentirem abrangidas por esta mensagem que a faço com as melhores das intenções,
por ter a ingenuidade da abordagem de
assunto que não é da minha competência e que confesso amargura por me intrometer,
de certa forma, na vida alheia.
Não
obstante, a minha intenção primordial é exatamente levar um pouco da minha experiência
de vida para o conhecimento da sociedade em geral, no sentido de que procure se
conscientizar de que é preciso que cada um cuide de si e que Deus tenha a
enorme obrigação de zelar por todos, o que vale dizer que é preciso que cada
qual respeite uns aos outros, porque o direito das pessoas sempre termina onde começa
o dos outros cidadãos.
Peço
a Deus que as palavras ditas nesta crônica sirvam como chamamento à reflexão do
homem, no âmbito da compreensão e do amor que precisam ser sentidos mutuamente pelas
pessoas, quando se sabe que é maravilhoso se desejar o bem e não o mal ao próximo,
em harmonia com a maneira civilizada da convivência humana, além de se puder
ter a esperança de tentar seguir os ensinamentos de Jesus Cristo.
Brasília,
em 9 de abril de 2020
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