Um
médico francês, que vem se destacando como um dos principais defensores do uso
da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, apresentou novo resultado de estudos
realizados sobre a ação desse medicamento, no tratamento de doentes acometidos pelo
novo coronavírus.
O
estudo indica que, em 1.061 pacientes testados, em dez dias depois, nove, em
cada 10, apresentaram carga viral zero, ou seja, sem sinal de infecção, sendo
que 5 pacientes (0,5%), com idade entre 74 e 95 anos, morreram.
A
equipe afirmou que a experiência, com maior quantidade de doentes, a
porcentagem de mortos, na nova amostra, foi “significativamente menor”
do que a entre “pacientes tratados por outros métodos”, tendo verificado
que “nenhuma toxicidade cardíaca foi observada”.
O
estudo apontou, ainda, que “a hidroxicloroquina associada ao antibiótico
azitromicina e administrada imediatamente após o diagnóstico é um tratamento
seguro e eficaz contra a Covid-19”.
O
relatório em causa foi apresentado ao presidente da França, por ocasião de
visita feita por ele ao respeitado chefe da equipe que dirige os aludidos trabalhos
de pesquisa.
Como
de praxe, depois da divulgação dos citados resultados, evidentemente ainda não
publicados em revistas especializadas, alguns cientistas elogiaram o tamanho da
amostra, mas afirmaram que a metodologia não permite concluir que o tratamento
evita o agravamento dos sintomas, a persistência do vírus e o grau de contágio.
Um
epidemiologista do Instituto Pasteur e membro do Conselho Científico sobre a
Covid-19 da França justifica a sua opinião, pondo em dúvida o resultado da
pesquisa, tendo afirmado, verbis: “Infelizmente, na ausência de um
grupo comparativo (que receberia um placebo), é extremamente difícil
saber se o tratamento é ou não eficaz”.
Na
visão de importante epidemiologista francesa, “os dados obtidos não têm ‘efeito’
no enfrentamento à doença. Esses resultados são nulos e sem efeitos, não nos
ensinam nada sobre a eficácia do tratamento”.
A
citada especialista entende que “pelo menos 85% dos pacientes se curam
espontaneamente da doença, sem a necessidade de serem submetidos a abordagens
terapêuticas.”.
Colocando
mais lenha na fogueira, a Agência Francesa de Medicamentos cuidou de alertar
que “os efeitos cardíacos indesejáveis do tratamento com a hidroxicloroquina
são um sinal de vigilância significativo. Os pacientes são mais frágeis do
ponto de vista cardiovascular e, portanto, mais suscetíveis do que outras
pessoas a terem problemas com medicamentos prejudiciais ao coração”.
Polêmica
à parte e a despeito da disputa entre cientistas que investigam o assunto e entidades
que debatem sobre a eficácia do medicamento, alguns países já o estão adotando
em pacientes infectados pelo novo coronavírus.
No
Brasil, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso hospitalar
em casos graves.
Nos
Estados Unidos da América e na França, já há autorização para a prescrição para
casos específicos e sob vigilância hospitalar.
Na França, duas petições reuniram, cada uma, mais
de 300.000 assinaturas a favor da ampliação da prescrição do medicamento.
Alguns países já apostam na hidroxicloroquina, como,
por exemplo: no Senegal, foi prescrita à metade dos pacientes hospitalizados; na
Grécia, reiniciou sua produção; no Marrocos, quer usá-la para "casos
confirmados"; e, na Argélia, para os "casos graves".
Por
enquanto, o caso mais preocupante observado ocorreu nos Hospitais da Suécia, que
decidiram interromper o tratamento com o remédio devido aos efeitos adversos
detectados, em especial arritmias e paradas cardíacas.
Na
verdade, o que se sabe sobre a hidroxicloroquina é que se trata de remédio derivado
da cloroquina, que foi desenvolvida para o tratamento específico da malária, na
década de 1940, que normalmente tem havido mais tolerância pelos pacientes com
doenças inflamatórias das articulações.
Os
efeitos colaterais reclamados com mais frequência, por quem faz uso do medicamento, são: vômito,
erupções cutâneas, além de complicações oftalmológicas, cardíacas e
neurológicas constatadas em alguns pacientes.
O diretor-geral da AFP afirmou que "Os
pacientes com Covid-19 são mais frágeis do ponto de vista cardiovascular e,
portanto, são mais suscetíveis do que outras pessoas a terem problemas com medicamentos
prejudiciais ao coração, como a hidroxicloroquina.”.
Em
síntese, há grandes possibilidades de que o hidroxicloroquina tenha sim alguma eficácia
comprovada contra a doença causada pelo coronavírus, pelo menos sob o prisma do
cientista francês, acima referido, conforme as pesquisas que ele já realizou,
embora os opositores dos resultados sempre encontrem justificativas, plausíveis
ou não, para a contestação sobre a sua prescrição generalizada e normal às
pessoas acometidas pelo Covid-19.
A
exemplo de como ser terrível para o leigo tentar entender a importância de grupo
comparativo para se receber o placebo, quando, na prática, a experiência foi
comprovada com efetividade, ante a comprovação dos fatos, descartada aí a
incerteza sobre a contraprova negativa, no caso da experimentação referente
ao placebo.
É
evidente que esse famoso epidemiologista francês e outros mais estar-se-iam se
referido em tempos de calmaria, de paz, para a experiência com o placebo, o que
é bem diferente em tempos de guerra contra inimigo feroz, em que, contra o qual,
só há única arma que diz respeito à urgência, o que vale dizer que não se pode
ficar se agarrando em detalhes, que são importantes em se tratando de pesquisa
científica, mas eles perdem em relação aos resultados propriamente ditos contabilizados
contra o Covid-19.
Agora,
é extremamente importante se atentar para os efeitos colaterais, que precisam
sim ser sopesados, na maneira como registrados acima, embora a depender da quantidade
da dosagem da droga aplicada e da duração, é muito provável que muitos pacientes
nem sintam as consequências negativas no organismos, o que é bem diferente em
se tratando de quem faz uso permanente desse remédio.
Como
é estranho e difícil tentar entender esse mundo de cientistas e epidemiologias,
onde uns garantem que conseguiram verificar, por meio de testes e
acompanhamentos científicos, “carga viral zero”, mais na frente, aparece
autoridade do pedaço e diz que “os dados obtidos não têm efeito no
enfrentamento da doença” e que “os resultados são nulos e sem efeitos”,
passando para os leigos a ideia estranha de que, enfim, como o cientista teria
chegado a resultado tão auspicioso, se ralando na pesquisa, mas vem uma famosa epidemiologista,
que nada fez nem nada acompanhou, no auto da sua autoridade, e simplesmente
diz: “resultados nulos e sem efeito”?
Agora,
se pergunta ao pesquisador, o que teria o levado à perda de preciosos tempo e recursos,
com tanto empenho, para o seu esforço não ter qualquer valia?
A verdade, no mundo real, é que não há vacina nem tratamento
contra a Covid-19 e a comunidade científica mundial trabalha, em permanente frenesi,
em ritmo acelerado para se encontrar medicamento com eficácia para a contenção
da pandemia, já tendo vislumbrado no hidroxicloroquina a possibilidade da sua
expansão para uso nesse sentido, havendo gigantescos debates globais contra e a
favor dessa medida.
Enquanto isso acontece nos campos de pesquisas,
resta à humanidade rezar e torcer para que a melhor solução seja, enfim, encontrada,
o mais rapidamente possível.
Nessa
altura do campeonato, em que está em jogo a vida humana e à vista da inexistência
de medicação com alguma eficácia garantida contra o poderoso coronavírus, não
há a menor dúvida de que as autoridades governamentais, médicas,
epidemiológicas e outras que mais existirem têm somente que empregar a
inteligência humana nessa causa, para dizerem que é preciso sim a prescrição
normal do hidroxicloroquina, a partir de determinada situação atingida pelo
paciente acometido de Covid-19, de maneira uniforme e indiscutível,
independentemente de possíveis efeitos colaterais, porque, para quem já está com
a vida por um fio, os detalhes pouco importam, diante da inexistência de outro
recurso médico.
Brasília,
em 11 de abril de 2020
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