quinta-feira, 24 de junho de 2021

Como explicar o inexplicável?

         A Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou, nesta quarta-feira, mais um estudo científico que comprova a ineficiência do uso de hidroxicloroquina na prevenção e também no tratamento contra a Covid-19.

O aludido estudo constatou que o medicamento não contribui para diminuir o contágio, a hospitalização, o agravamento ou o óbito.

Ao contrário disso, as pesquisas atestam que o uso profilático da hidroxicloroquina “aumenta o risco de eventos adversos em 12%.”.

A AMB esclarece que o estudo teve por base 9 ensaios randômicos internacionais, com duplo cego e grupo placebo, tendo por objetivo a criação de diretriz de conduta médica no Brasil.

O estudo da AMB orientada que “Não é recomendado o uso de HCQ na profilaxia ou no tratamento de pacientes com quadro de covid-19 leve”.

Há algo incrível que somente deve acontecer no Brasil, porque nunca se viu medicamento causar tantas polêmicas como essa tal de hidroxicloroquina, que é bravamente defendida por muitos simpatizantes, sendo que alguns são absolutamente leigos no assunto, mas insistem mesmo assim.

Enquanto isso, por outro lado, se opõe a associação representante por médicos, que garante, com base em estudo científico, que, em princípio, deveria merecer alguma credibilidade, além de servir, obviamente, como orientação para a classe médica, que o polêmico medicamento não tem eficácia para combater a Covid-19.

Trata-se de situação extremamente delicada, no contexto da ciência, precisamente por envolver a possibilidade do uso de medicamento criado e comprovado para combater a malária, mas, subsidiariamente, vem sendo usado, em larga escala contra a Covid-19, embora estudos e o mundo científico desaprovam-no, para essa finalidade.  

É evidente que os estudos científicos sempre objetivam assegurar o bem-estar da humanidade, mas nesse caso da Covid, eles não têm sido favoráveis ao homem, porque, de forma, praticamente inexplicável, a corrente de quem garante e defende a eficácia da hidroxicloroquina no combate à doença, tendo por base as inumeráveis curas que são feitas e comprovadas, sob a sua administração, segundo os depoimentos de pessoas beneficiadas do seu uso.

Sem dúvida alguma, fato que causa espécie é o medicamente chegar a operar o milagre da cura, conforme a confissão de médicos e pacientes, mas ele tem a desaprovação da ciência, tendo por base estudos apropriados, cuja incongruência contribui para aumentar o inconformismo dos brasileiros, precisamente diante da incompreensão sobre esse verdadeiro e crucial paradoxo de não comprovação, pela ciência, de eficácia e ainda mais o selo de não recomendação para o seu uso contra a Covid-19, em que pese a certeza de muitas curas de pacientes.

Conviria que a Associação Médica Brasileira, que publicou o presente estudo, se interessasse, como contribuição aos brasileiros, mostrasse, de maneira bem didática, como o medicamento que não tem eficácia comprovada pode contribuir para a cura de pacientes da Covid-19, de modo a ajudar à compreensão sobre essa gritante dicotomia, que, em princípio, jamais poderia existir, ante o entendimento comum de que, se a hidroxicloroquina não tem ineficiência na prevenção e também no tratamento contra a Covid-19, como explicar que mesmo assim ela tem resultados positivos de inumeráveis curas da doença?  

À toda evidência, mesmo diante do desaconselhamento da ciência, como faz agora a Associação Médica Brasileira, é preciso sim fazer uso da hidroxicloroquina, tendo por base as evidências de curas comprovadas por profissionais da medicina, à vista de importante recurso que não se pode descartar em tempos de pandemia.

Brasília, em 24 de junho de 2021


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