Já se encontra em processo bastante avançado a campanha destinada
a turbinar a candidatura do líder petista à Presidência da República, a começar
por afirmações despropositadas, absurdas e até vergonhosas, quanto à sustentação
constante da matéria a seguir, tendo por pano de fundo exclusivamente a distorção
da verdade, conforme o desmascaramento da mentira.
A aludida matéria diz exatamente
que, verbis: “Considerados eleitores fiéis de Jair Bolsonaro (sem
partido), os evangélicos apoiam majoritariamente o ex-presidente Lula na
corrida eleitoral de 2022. É o que mostra a pesquisa Ipec, divulgada na última
quinta-feira (24).”.
Já no texto seguinte, a
notícia fala bem diferentemente do parágrafo anterior, ao se referir que o “levantamento”
(que é algo com outra conotação) mostra que o petista está à frente do bolsonarista
entre evangélicos e católicos com margem confortável, sendo, respectivamente: 41%
x 32% e 50% x 20%.
A reportagem informa
que a pesquisa foi feita pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), que
realizou o levantamento entre 2.002 eleitores, em 141 municípios brasileiros,
nos dias 17 e 21 de junho de 2021.
Vejam-se que nessa
notícia há a desfaçatez, a indignidade, de mentir descarada e vergonhosamente
para a opinião pública, quando se afirma que “os evangélicos apoiam majoritariamente
o ex-presidente Lula na corrida eleitoral de 2022” e a notícia dada precisamente
nestes termos dá a certeza absoluta de que os evangélicos do Brasil apoiam em
maioria absoluta o petista, fato que leva a se concluir que os religiosos
teriam aderido à candidatura do esquerdista, mas isso não tem como ser
afiançado por menos de 2.002 eleitores, porque nem todos são evangélicos,
inclusive há informação da existência de católicos.
A Ipec faz a afirmação de
que os evangélicos, na maioria, apoiam o petista, isso no sentido do
entendimento geral da votação nacional, mas diz claramente que a sua conclusão
tem por base a pesquisa que foi realizada por aquela entidade, o que é
insuficiente para a generalização feita no bojo da publicação.
A pesquisa tem por base
tão somente 2.002 eleitores ouvidos, o que se trata de afirmação extremamente imprecisa
e até irresponsável, por não refletir à realidade sobre os fatos, no sentido de
que instituto nenhum de pesquisa pode concluir sobre matéria tão relevante de
opinião pública com base em dados incipientes e inconsistentes, exatamente em razão
da diminuta abrangência do universo considerável, como, por exemplo, no Brasil,
são habilitados para votar mais de 150 milhões eleitores e existem 5.568 municípios,
conquanto foram ouvidas, pasmem, 2.002 pessoas, em 141 municípios, o que mostra
a quase insignificância de dados para afirmação tão exagerada e absurda de que
os evangélicos dão apoio majoritário ao petista.
A bem da verdade, os responsáveis
pela avaliação e publicação da pesquisa deveriam ter dito precisamente a
verdade sobre esse caso pesquisado, se é que realmente aconteceu, com a clareza
que a importância da notícia exige e os brasileiros merecem, com o devido
respeito, no sentido de que, de acordo com os levantamentos promovidos entre
2.002 eleitores, 41% dos que são evangélicos disseram apoiar o candidato
petista, enquanto 32% desses religiosos declararam apoio ao segundo colocado na
pesquisa, ficando muito claro, em termos de seriedade e honestidade, que se
trata de situação específica, que não pode ser confundida com a população geral
dos evangélicos brasileiros, na forma como quis induzir a notícia, precisamente
porque a essência do argumento não tem como refletir a realidade apurada, que é
a de que, repita-se, somente 41% dos declarados evangélicos, existentes entre 2.002
pessoas, disseram que votariam no petista, caso a eleição fosse agora e, do
mesmo modo, frise-se, 32% dos evangélicos pesquisados votariam no atual
presidente, o que resulta em amostragem pífia para a finalidade que quis
demonstrar a notícia principal, i.e., no sentido de que os evangélicos, quando,
na verdade, pouquíssimos ou quase nada e sem representatividade alguma, fato
apenas decepcionante.
O curioso é que, no frigir dos ovos, conforme a quantidade de evangélicos, que nem foi citada, pode atingir a uma centena, se muito, o que torna ainda mais ridícula a afirmação de que esses religiosos dão apoio maciço ao petista e o pior é que os ingênuos e idólatras terminam acreditando nessa fajuta e mentirosa conclusão, que apenas demonstra muita maldade, se não houver o devido esclarecimento como se procura fazer na forma desta crônica, justamente para mostrar o tanto de perversidade que existe nos meios de comunicação, que normalmente é alimentada por profissionais que são pagos para produzir matérias falsas destinadas a beneficiar, muitas vezes, políticos sem a menor qualificação e sem compromisso com a verdade.
Na verdade, de certa
forma é importante que a notícia tenha sido divulgada como sendo uma bomba, de maneira
alardeada ao extrema e sem o menor sentido de consistência, porque isso mostra
precisamente mentiras, a falta de caráter e de desonestidade de quem deveria
primar exclusivamente pela verdade dos resultados sobre fatos que interessam à
opinião pública e, enfim, a todos os brasileiros.
Não há dúvida de que a intenção
que fica é a de tentativa de manipulação dos resultados para gerar situação distorcida
e mentirosa, exatamente para contribuir para influenciar os eleitores em prol do
candidato petista, conforme fica patente na publicação da matéria, por meio de informações
irreais e tendenciosas, que são próprias do costume vivenciado no passado
recente, em que o partido dizia que era capaz de fazer o diabo para ganhar as eleições
e isso, infelizmente, se repete nos dias atuais, conforme se confirma com afirmações
irreais e vexaminosas.
Os brasileiros precisam
se conscientizar, com urgência, de que o Brasil exige mudanças nas práticas
políticos e na renovação dos políticos, que possam contribuir com novos
pensamentos e ideias verdadeiramente voltados para a defesa dos interesses da
sociedade e dos princípios republicano e democrático, como fazem rigorosamente
as nações sérias e evoluídas, em termos político-administrativos.
Brasília, em 29 de junho
de 2021
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