Em
mensagem que circula na internet, uma pessoa enaltece o poder espontâneo de
mobilização da direita, que está sempre disposta a se reunir para protestar, nunca
faltando nos momentos de convocação.
Realmente,
é impressionante o poder de mobilização da direita, que vem se reunindo em situações,
com muita frequência, absolutamente em momentos inúteis e infrutíferas, porque
elas não têm o menor significado e muito menos objetividade perante coisa
alguma, muito menos contra o sistema dominante, que não sente o mínimo abalo
nem reflexo por causa dos protestos.
Por
mais expressivos que eles sejam, em nada foi possível influenciar em coisa
alguma, uma vez que a forma de organização não leva coisa alguma e também em
nada afeta a estrutura do sistema dominante, que foi instituída sob prova de
movimentos sem qualquer ressonância no âmbito dele, diante da ineficácia dos
protestos.
É
preciso que a direita tenha o mínimo de inteligência para a organização de
movimento de protestos que, finalmente, possa resultar em algo objetivo, com alguma
substancialidade capaz de contribuir para preocupar o sistema dominante.
Refiro-me
à definição de protestos com a finalidade específica, no sentido de que seja
estabelecido um ou mais assuntos objetivados para dar sustentação à causa
pretendida a alcançar e sobre as quais firmem-se o que realmente é precisa ser
resolvido, saneado ou implementado, de imediato.
Ou
seja, se houver movimento de protesto para a implementação de determinado
assunto e se ele for desprezado ou não executado, o povo desde já diz o deve
ele próprio executar, em razão da omissão, tendo em conta a força dos poderes
emanados pela Constituição.
Nessa
perspectiva, convém assinalar que o poder emana do povo, embora isso seja de
muita fragilidade jurídica, porque esse poder somente tem consistência por
ocasião da votação, em que se transfere poder aos representantes políticos, que
não têm compromisso algum perante o povo.
O
certo mesmo é que de nada adianta se reunir em continuados e inúteis protestos,
absolutamente infrutíferos, porque eles e nada têm exatamente o mesmo
significado, qual seja, nada, como resultado, cujos organizadores ficam
repetindo as mesmas ladainhas, em seguidas convocações absolutamente
improdutivas, quando o ideal é se pensar em algo efetivo e imperativo,
aproveitando a força política do povo, que tem poder para mudar os destinos políticos
do país.
Brasília, em 23 de dezembro de 2023
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