sábado, 23 de dezembro de 2023

Mobilização

 

Em mensagem que circula na internet, uma pessoa enaltece o poder espontâneo de mobilização da direita, que está sempre disposta a se reunir para protestar, nunca faltando nos momentos de convocação.

Realmente, é impressionante o poder de mobilização da direita, que vem se reunindo em situações, com muita frequência, absolutamente em momentos inúteis e infrutíferas, porque elas não têm o menor significado e muito menos objetividade perante coisa alguma, muito menos contra o sistema dominante, que não sente o mínimo abalo nem reflexo por causa dos protestos.

Por mais expressivos que eles sejam, em nada foi possível influenciar em coisa alguma, uma vez que a forma de organização não leva coisa alguma e também em nada afeta a estrutura do sistema dominante, que foi instituída sob prova de movimentos sem qualquer ressonância no âmbito dele, diante da ineficácia dos protestos.

É preciso que a direita tenha o mínimo de inteligência para a organização de movimento de protestos que, finalmente, possa resultar em algo objetivo, com alguma substancialidade capaz de contribuir para preocupar o sistema dominante.

Refiro-me à definição de protestos com a finalidade específica, no sentido de que seja estabelecido um ou mais assuntos objetivados para dar sustentação à causa pretendida a alcançar e sobre as quais firmem-se o que realmente é precisa ser resolvido, saneado ou implementado, de imediato.

Ou seja, se houver movimento de protesto para a implementação de determinado assunto e se ele for desprezado ou não executado, o povo desde já diz o deve ele próprio executar, em razão da omissão, tendo em conta a força dos poderes emanados pela Constituição.

Nessa perspectiva, convém assinalar que o poder emana do povo, embora isso seja de muita fragilidade jurídica, porque esse poder somente tem consistência por ocasião da votação, em que se transfere poder aos representantes políticos, que não têm compromisso algum perante o povo.

O certo mesmo é que de nada adianta se reunir em continuados e inúteis protestos, absolutamente infrutíferos, porque eles e nada têm exatamente o mesmo significado, qual seja, nada, como resultado, cujos organizadores ficam repetindo as mesmas ladainhas, em seguidas convocações absolutamente improdutivas, quando o ideal é se pensar em algo efetivo e imperativo, aproveitando a força política do povo, que tem poder para mudar os destinos políticos do país.

Brasília, em 23 de dezembro de 2023

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