segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

A vez do povo

Em extenso editorial, um dos mais importantes jornais do país critica com severidade a escalada de medidas degradantes que estão levando o Brasil à decadência da administração pública e à perda das liberdades individuais e democráticas.

Em tom de indignação com a incompetência administrativa e os abusos de autoridade, à vista da enorme demanda de arbitrariedades e inconstitucionalidades, uma pessoa escreveu que espera que os representantes do povo adotem as necessárias medidas capazes de restabelecer a normalidade democrática e a competência na gestão pública.

Diante dessa mensagem, eu disse que os tais congressistas indicados como salvadores do Brasil foram eleitos pelo povo e nada têm de significado do povo.

Na verdade, os parlamentares são representantes senão deles próprios, sendo considerados, por natureza política, seres extrapovo, embora eles jamais existiriam sem o voto do povo, porque os parlamentares já demonstraram o afastamento do povo, no dia a dia de seus trabalhos, desde quando eles foram eleitos exclusivamente para defenderem as causas inerentes aos projetos políticos exclusivamente deles.

Diante disso, fica muito claro que não se pode esperar nada vinda desses oportunistas e aproveitadores das benesses do poder, verdadeiros sanguessugas das verbas públicas, que somente merecem o desprezo do povo, que, enfim, precisa ser responsabilizado, de alguma forma, por causar a si próprio tamanha maldade, em somente conseguir eleger insignificantes pessoas como se elas fossem os seus lídimos representantes.

A verdade é que ao Senado Federal incumbe, por força do disposto no artigo 52, item II, processar e julgar quem vem praticando seguidamente crimes de responsabilidade, na forma evidente de abusos de autoridade e outras barbaridades contra os princípios democráticos e constitucionais, evidentemente causando seríssimos prejuízos às liberdades de toda natureza.

Não obstante, essa importante norma constitucional é desprezada pelos senadores, que fazem vista grossa a princípio que poderia já ter assegurado, há bastante tempo, todas as liberdades reclamadas pelos brasileiros, em especial aquelas elencadas no elucidativo texto editorialista, que foi bastante preciso e cirúrgico nas análises consistentes no seu conteúdo.

Diante da tamanha falta de interesse de congressistas, no sentido de defender as legítimas causas da sociedade, a única alternativa possível é o próprio povo se indignar contra o status quo e resolver adotar, moto próprio, as medidas necessárias ao salvamento do Brasil da continuidade das desgraças do império das perseguições, arbitrariedades e inconstitucionalidades, tão prejudiciais aos interesses dos brasileiros.

É evidente que a implementação das medidas pertinentes seria facilitada se as Forças Armadas também tivessem interesse no engajamento de lutas em defesa da grandeza e dos direitos civis dos brasileiros.

De uma forma ou outra pretendida para se evitar o aprofundamento do caos que se encontra o país, nada poderá ser exitoso sem a participação de competentes lideranças políticas, que é algo absolutamente inexistente, na atualidade, à vista dos extremos da visibilidade de incompetência, insensatez e, sobretudo, irresponsabilidade, de forma exponencial apresentada nos resultados absolutamente inexistes, exatamente pela incapacidade substancial de se contrapor à dominação e à prevalência das medidas antagônicas aos direitos fundamentais dos brasileiros.

É extremamente deplorável que seja possível se identificar as causas das maldades impingidas ao Brasil e aos brasileiros, mostrando precisamente uma a uma, e se perceber, com bastante cristalinidade, a impotência de reação contra a autoria da crueldade imposta aos brasileiros, exatamente diante da falta de iniciativa, capacidade e interesse por parte do povo, que não tem consciência sobre a real perda das suas personalidade e dignidade como ser humano que tem o direito de ser respeitado como tal.

Apelam-se por que os brasileiros honrados se conscientizem de que é preciso haver mobilização das pessoas de bem, para se organizarem, ordeiramente em defesa dos interesses do Brasil, no sentido da restauração da qualidade e da normalidade dos princípios administrativos, democráticos e constitucionais.                                                                                                                     

            Brasília, em 15 de janeiro de 2024 

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