Em extenso editorial, um dos mais
importantes jornais do país critica com severidade a escalada de medidas degradantes
que estão levando o Brasil à decadência da administração pública e à perda das
liberdades individuais e democráticas.
Em tom de indignação com a
incompetência administrativa e os abusos de autoridade, à vista da enorme
demanda de arbitrariedades e inconstitucionalidades, uma pessoa escreveu que
espera que os representantes do povo adotem as necessárias medidas capazes de
restabelecer a normalidade democrática e a competência na gestão pública.
Diante dessa mensagem, eu disse que
os tais congressistas indicados como salvadores do Brasil foram eleitos pelo
povo e nada têm de significado do povo.
Na verdade, os parlamentares são
representantes senão deles próprios, sendo considerados, por natureza política,
seres extrapovo, embora eles jamais existiriam sem o voto do povo, porque os
parlamentares já demonstraram o afastamento do povo, no dia a dia de seus trabalhos,
desde quando eles foram eleitos exclusivamente para defenderem as causas
inerentes aos projetos políticos exclusivamente deles.
Diante disso, fica muito claro
que não se pode esperar nada vinda desses oportunistas e aproveitadores das
benesses do poder, verdadeiros sanguessugas das verbas públicas, que somente
merecem o desprezo do povo, que, enfim, precisa ser responsabilizado, de alguma
forma, por causar a si próprio tamanha maldade, em somente conseguir eleger
insignificantes pessoas como se elas fossem os seus lídimos representantes.
A verdade é que ao Senado Federal
incumbe, por força do disposto no artigo 52, item II, processar e julgar quem
vem praticando seguidamente crimes de responsabilidade, na forma evidente de
abusos de autoridade e outras barbaridades contra os princípios democráticos e
constitucionais, evidentemente causando seríssimos prejuízos às liberdades de
toda natureza.
Não obstante, essa importante
norma constitucional é desprezada pelos senadores, que fazem vista grossa a
princípio que poderia já ter assegurado, há bastante tempo, todas as liberdades
reclamadas pelos brasileiros, em especial aquelas elencadas no elucidativo
texto editorialista, que foi bastante preciso e cirúrgico nas análises
consistentes no seu conteúdo.
Diante da tamanha falta de
interesse de congressistas, no sentido de defender as legítimas causas da
sociedade, a única alternativa possível é o próprio povo se indignar contra o status
quo e resolver adotar, moto próprio, as medidas necessárias ao salvamento
do Brasil da continuidade das desgraças do império das perseguições,
arbitrariedades e inconstitucionalidades, tão prejudiciais aos interesses dos
brasileiros.
É evidente que a implementação
das medidas pertinentes seria facilitada se as Forças Armadas também tivessem
interesse no engajamento de lutas em defesa da grandeza e dos direitos civis
dos brasileiros.
De uma forma ou outra pretendida
para se evitar o aprofundamento do caos que se encontra o país, nada poderá ser
exitoso sem a participação de competentes lideranças políticas, que é algo
absolutamente inexistente, na atualidade, à vista dos extremos da visibilidade
de incompetência, insensatez e, sobretudo, irresponsabilidade, de forma
exponencial apresentada nos resultados absolutamente inexistes, exatamente pela
incapacidade substancial de se contrapor à dominação e à prevalência das
medidas antagônicas aos direitos fundamentais dos brasileiros.
É extremamente deplorável que seja possível se identificar as causas das
maldades impingidas ao Brasil e aos brasileiros, mostrando precisamente uma a
uma, e se perceber, com bastante cristalinidade, a impotência de reação contra
a autoria da crueldade imposta aos brasileiros, exatamente diante da falta de
iniciativa, capacidade e interesse por parte do povo, que não tem consciência
sobre a real perda das suas personalidade e dignidade como ser humano que tem o
direito de ser respeitado como tal.
Apelam-se por que os brasileiros honrados se conscientizem de que é
preciso haver mobilização das pessoas de bem, para se organizarem, ordeiramente
em defesa dos interesses do Brasil, no sentido da restauração da qualidade e da
normalidade dos princípios administrativos, democráticos e constitucionais.
Brasília, em 15 de janeiro de 2024
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