quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Polarização

 

Um dos mais graves problemas políticos brasileiros diz respeito à polarização com viés ideológico, que errônea e definitivamente, foi incorporada às instituições do Estado tupiniquim, com poder de transformar os órgãos públicos em exclusivos aparelhos a serviço de partido político.

Essa gritante distorção no serviço público não condiz com os princípios democráticos, exatamente porque, agindo assim, a sua finalidade é fazer com que o Estado funcione a serviço de uma casta privilegiada, que se beneficia indevidamente de recursos públicos, em afronta aos princípios da moralidade e da dignidade.

O uso da máquina pública por único partido transforma o Estado numa espécie de extensão dessa legenda, em detrimento dos interesses da sociedade, que é a essência do próprio Estado.

Na verdade, isso apenas demonstra a falta de escrúpulo do partido que faz uso indevido do Estado para praticar as funções inerentes às atividades partidárias, deixando de cumprir as suas funções institucionais, ou seja, o partido foi transformado no próprio Estado, para o fim de usufruir das benesses do poder.

Vê-se aí a promiscuidade praticamente permitida pela sociedade, que a tudo enxerga, mas silencia, em conluio com a degeneração da ilegitimidade no serviço público custeado com os seus recursos.

A verdade é que essa deplorável prática vem se tornando comum, em aceitação placitada pela sociedade, que precisa criar vergonha na cara, com urgência, no sentido de lutar pela preservação da integridade da sua dignidade, de modo a dizer não à pouca-vergonha imposta por partido sem caráter e sem responsabilidade com os verdadeiros princípios democráticos, como é do seu estrito respeito aos seus estatutos fundamentais, que falam em ética e moralidade, quanto à observância aos seus objetivos institucionais.

É importante que fique o registro dessa prática odiosa e irregular, porque contrária aos bons e saudáveis princípios democráticos, que devem ser aceitos e defendidos pela sociedade conscientizadas sobre a verdadeira finalidade do Estado moderno, que se destina exclusivamente a servir aos seus reais interesses.

Com esse propósito, urge que os brasileiros repudiem a prática promíscua e abominável do uso da máquina pública para fins partidários, em evidente desrespeito aos salutares princípios democráticos.  

Brasília, em 17 de janeiro de 2024

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