As
lideranças da Turma 162 da Escola de Especialistas de Aeronáutica vêm se
organizando para a definição do local das comemorações dos cinquenta anos de
formatura de especialistas oriundos desse educandário, em 11 de dezembro de
1974.
Eu
sempre me manifestei, com muita firmeza, que o único local para as aludidas comemorações
é a própria Escola, onde tudo aconteceu de bom na nossa vida, como início da vida
profissional.
Uma
pessoa, na tentativa de justificar a realização dos festejos fora da Escola,
disse que a turma sempre se reúne em capitais diferentes e desta vez não
deveria ser diferente.
Diante
disso, eu disse, em forma de esclarecimento, que o segundo encontro da Turma
162 tem sido fora da Escola e isso é inegável.
Agora
também é preciso se enaltecer que, em nenhum desses outros encontros, se
comemorava cinquenta anos de formatura, que, para mim, esse fato é histórico e
há um simbolismo totalmente mágico, porque é a possibilidade de se voltar à
origem de nossos sonhos, para nos experimentarmos e revivermos momentos
saudosos em que fomos obrigados a nos transformarmos em verdadeiros heróis pela
própria natureza, justamente pela imperiosa necessidade de não passarmos por
fracassados.
Como
perder importante oportunidades para se revivermos algo tão maravilhoso em
nossas vidas, principalmente pela possibilidade de demonstrarmos o nosso
verdadeiro amor à Escola, que nos prestou a mais importante contribuição de
nossas vidas profissionais?
Desculpem-me
a sinceridade, mas preciso dizer que fico impressionado como pessoas se
despojam facilmente desse incrível sentimento humano, dando a entender que o
nosso passado fantástico não tem a menor importância sentimental, tanto assim é
que essa efeméride pode ser comemorada em qualquer lugar fora da Escola, uma
vez que isso é realmente de somenos importância.
Independentemente
do que as pessoas sentem, eu me orgulho de ser o que sou graças à formação
sólida e consistente oferecida pela Escola e é exatamente por esse amor que não
consigo enxergar outro lugar para se comemorar os cinquenta anos de formatura
de especialista senão na própria Escola.
Fico
muito triste por não poder comemorar com meus irmãos de Escola a data da maior
importância da nossa vida de bravos formandos, mas me conformo porque sei que
todos têm o direito de ser felizes com a realização de seus objetivos.
Então
que sejam felizes…
Uma pessoa indagou o seguinte: “Adalmir
creio que vc não leu as mensagens anteriores do Ferraz e minha, nada contra o
Guará, porém quem irá até a Escola negociar com o Cmt para podermos adentrar ao
recinto?
Em
resposta, eu disse que havia lido as referidas mensagens e que eu apenas estou
dando a minha opinião sobre tão importante assunto.
Eu tenho
procurado enfatizar a importância da comemoração de evento especial em si,
segundo foi colocado em discussão, que diz respeito a algo relacionado às
nossas vidas, enquanto outras pessoas estão atrás de cidades que tenham
atrativos, comida boa e divertimentos, que são situações diferentes da
comemoração propriamente dita, cuja pretensão tem o meu respeito, mas são casos
distintos ao imaginado para se pensar como forma de comemoração.
Quer se comemorar importante fato de nossas
vidas, então se pense apenas nisso.
Quer se
pensar em se divertimento e outras formas atrativas à vida, então se programe
para isso.
Pouco me
importa quem pensar diferente de mim, porque isso faz parte da liberdade de
pensamento e cada pessoa pensa como quiser.
O que a
turma decidir está decidido, mas eu peço vênia para poder opinar, mesmo sabendo
que a minha contribuição e nada têm o mesmo valor.
Acho que
é muita precipitação se imaginar, antecipadamente, que a Escola não tem
interesse em facilitar nada, apenas por suposições, sem qualquer contato, por
mais preliminar que seja.
É preciso
que se crie comissão para entrar em contato com a Escola, mostrando os
propósitos da turma em se promover as comemorações de cinquenta da sua turma,
no final do ano.
Somente
depois disso seja possível uma conclusão sobre o apoio ou não da Escola.
Fora da
Escola, tô fora!
Outro nobre amigo se
antecipou em conclusão pessoal, dizendo que “Duvido que o comando da ESPAER,
vai autorizar e dar algum tipo de apoio para esse encontro no interior da
Escola, eu que resido ao lado, nunca ouvi falar de encontro de turmas fazendo
comemorações em outras dadas. Que não seja no dia do encontro dos veteranos.
Pensem nisso. Ferraz sugeriu que não se fizesse comemoração na Escola.”.
Em
resposta, eu quis chamar à atenção dos senhores que o evento de comemoração dos
cinquenta anos da nossa formatura se trata de algo singular e especial, de
momento jamais vivido por ninguém da nossa turma.
É
a oportunidade para se deparar especialmente com o passado histórico que faz
parte da nossa vida, que marcou cada um de nós, em especial como início de
carreira fantástica, criando enormes perspectivas de futuro, em nossas vidas.
Os
outros encontros são outros encontros fortuitos, que podem ser programados
tantas vezes quantas o grupo quiser, nas localidades disponíveis do mundo,
inclusive Manaus, Fortaleza, Brasília etc.
Ou
seja, é preciso ter a grandeza da compreensão sobre a importância dessa
comemoração, que deve ser elevada ao real nível do que ela realmente significa
para o que de importante isso tem em nós e para nós, uma vez que a data não
pode ser compreendida como mera lembrança, como parece que assim muitas pessoas
demonstram entender, para simplesmente se comemorar relevante marco histórico
em qualquer local fora da Escola, por mais relevante que seja a cidade, o que
só evidencia, segundo penso, perda da valorização dos nossos preciosos
sentimentos humanos.
Em
resumo, eu apelo para que qualquer comemoração dos cinquenta anos da nossa
formatura seja feita especialmente com essa finalidade, em respeito à nossa
sabedoria sobre os nossos valores pessoais, de modo que os outros encontros,
que podem ser repetidos quantas vezes possível e desejáveis pela turma.
Fora
da Escola, tô fora!
Outra
pessoa disse que “Compreendo que assim como eu, muitos gostariam que o evento de 50 anos da
turma 162 seja na EEAer. Porém, como já foi dito, o Comando da Escola não tem
contribuído para os eventos realizados na instituição. Caso haja alguém que
consiga uma audiência com o Comandante e sensibilize-o em abrir os portões
daquela unidade Militar para a realização da nossa confraternização, acredito
que todos ficarão felizes e realizados. Será que alguém poderia fazer esse meio
de campo, junto ao Comandante da EEAer?
Em
resposta, eu disse que, se houvesse interesse ou boa vontade em realizar a real
comemoração especial de cinquenta anos da nossa formatura, que transcende aos
demais encontros, por mais importantes que eles possam significar, os amigos de
Guará fariam qualquer sacrifício para falar até com Deus, para viabilizá-lo na
Escola.
Um gentil
amigo de turma se colocou diametralmente contrário à ideia de se comemorar na
amada Guaratinguetá, sob o argumento, pasmem, de que lá não tem atração alguma,
quando a mais importante atração, mais importante de que qualquer outro
atrativo é a imponência de se poder dignificar a lembrança da nossa formatura
no local onde foram realizadas ferrenhas e bravas batalhas, todas vencidas, com
mérito, por nós.
Para mim,
com todo respeito a quem pensar diferente, nesse caso, repita-se, é a
oportunidade única de festejar, com os astros da mais perfeita constelação de
Especialistas já formados naquele educandário, o mais memorável evento de
nossas vidas.
Em cuja
ocasião, se podem passar vistas, visitando, aos locais por todos frequentados,
nos tempos gloriosos ou não de alunos.
Acho que
precisamos nos conformar com a realidade, porque Deus quis que fosse assim,
exatamente assim que a boa vontade conspirou para nada desse certo para que a
Escola pudesse acolher os seus queridos alunos da amada Turma 162.
Tudo bem,
caros amigos, outros cinquenta anos estão logo ali…
Uma outra
pessoa, certamente em tom brincadeira, disse que estaria em Guaratinguetá e
teria muito interesse em conversar com o comandante da Escola sobre o assunto
em pauta.
Em razão disso, eu disse que é
preciso se definir, com clareza e objetividade, o projeto de comemoração dos 50
anos, quais o dia e os horários, além das solenidades previstas, como visita às
salas de aula, aos galpões, aos alojamentos, à biblioteca, ao cinema, à capela,
à praça das lavadeiras etc.
Serão usados auditório, para
discursos e homenagens, e rancho, para qual finalidade: lanche, fornecimento de
água e almoço etc.
Acredito que, com a apresentação
da devida programação dos eventos, será facilitada a análise sobre a
viabilidade do pedido.
A propósito, certa feita, o
barbeiro se preparava para fazer a barba de importante fazendeiro, de navalha
na mão, quando ele perguntou ao “coroné”: é verdade que o senhor disse que não
dava sua filha em casamento a barbeiro?
Como resposta, o fazendeiro disse
que isso não era verdade, porque nenhum barbeiro lhe havia pedido a filha dele
em casamento.
Assim parece ser essa história de
que a Escola não tem interesse em atender aos pedidos dos ex-alunos ou se eles
são feitos incompletos, sem a devida organização, em forma de esclarecimentos.
Outro amigo disse o seguinte ”Adalmir,
você é fera mesmo, isso mesmo, você tem razão.”.
Em resposta, eu disse que eu
queria ter deixado muito claro, no texto acima, mas terminei deixando passar,
no sentido de que eu gostaria muito de participar da comemoração dos cinquenta
anos de formatura em sintonia com a relevância que realmente o evento deve ser
encarado, por ele ser, sob o meu prisma, mui especial, que precisa e merece ser
tratado em situação de exclusividade.
Não obstante, vejo que a grande
maioria dos panteras pensa em participação, prioritariamente, em atrações e
divertimentos, aproveitando apenas para lembrar que nós nos formamos há anos.
Neste contexto, friso que perde,
em substância, o significado da nossa formatura, que praticamente fica em plano
bem inferior ao real sentido de comemoração, quando eu entendo que é
precisamente o contrário.
Aproveito para dizer que essas
pessoas estão absolutamente certas, por pensarem em consonância com a realidade
delas e em consonância com a sua consciência.
Não quer dizer com isso que eu
esteja errado, não, por pensar diferente da maioria, porque todos têm o direito
de opinião.
Apenas eu ainda não alcancei o nível
de inteligência e perspicácia delas e isso é absolutamente normal, em que o
livre-arbítrio ajuda a explicar esse importante processo de diferença de
pensamento, graças a Deus.
Brasília, em 9 de janeiro de 2024
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