Conforme
vídeo que circula nas redes sociais, um parlamentar discurso no plenário da Câmara
dos Deputados, em pronunciamento exaltado, dizendo, evidentemente de forma
irônica, que o último ex-presidente do país é um Mané, por ter perdido por conta
dos propósitos dele de pretender promover infinitas mudanças de moralização do
Brasil, mas terminou sendo incompreendido e mandado para fora do poder, tragado
pelo sistema dominante, que realmente tem o poder.
Sim,
sem nenhuma ironia, os Manés perdedores foram realmente os brasileiros e o
Brasil, por terem tido um presidente possivelmente até imbuído de muitos bons
propósitos, que incluíam talvez as melhores e até ousadas intenções e metas,
com a finalidade de mudar os rumos da administração do país, em benefício do
bem-estar da sociedade.
Não
obstante, os seus planos foram de água abaixo, porque se depararam à sua frente
fortes e terríveis obstáculos, exatamente diante das suas limitações, em termos
de visão estratégica, justamente por falta de experiências e assessoramentos
político-administrativos suficientes para o manejo das medidas necessárias à
execução de seus elevados planejamentos, que se tornaram pífios, em termos da manutenção
no poder, que era a sua verdadeira vontade política.
A
verdade precisa que seja dita e ela condiz com a pior das estratégias escolhidas
pelo ex-presidente do país, que foi a da errática linha de coalizão direta com
o seu mais ferrenho inimigo, com quem foram travadas gigantescas batalhas
absolutamente desnecessárias, visto que a alimentação das lutas empreendidas
sem o menor sentido com ministros de outro poder contribuiu para a criação de
poderoso sistema jamais visto na história republicana, que foi capaz de
afastá-lo do poder.
O
aludido sistema teve bastante competência, em nível ardiloso, para a condução
de processo de extremas importância e competência para a construção de
estrutura tão consolidada que serviu de apoio às nefastas medidas que
resultaram na fragilidade de reação do então presidente do país.
O
certo é que o então mandatário brasileiro não percebia que ele estava sendo
provocado para a permanência do intenso e inútil debate apenas como mecanismo
motivador das medidas ardilosamente engendradas pelo sistema, exatamente com o
real propósito de tirá-lo do poder, em razão da precisa ideia resultante das
infrutíferas disputas pela evidência na mídia, que jamais deveriam ter sido
alimentadas nem instrumentalizadas por ele, que era o mandatário do país, cujas
funções passavam bem ao larga de mesquinhas e rasteiras brigas de ruas com
ninguém, muito menos com ministros que queriam o fim do governo dele, conforme
mostraram os fatos.
A
verdade é que, devido à ingenuidade do então presidente do país, ele foi
incapaz de notar que as suas brigas com ministros eram absolutamente em vão, cujo
objeto em discussão, sintetizado na eficiência do sistema eleitoral, poderia ter
sido alcançado com o mero envio de projeto de lei tratando do necessário
aperfeiçoamento da operacionalização das urnas eletrônicas, mediante a
obrigatoriedade do voto impresso e a contagem pública da votação, medidas estas
que os ministros não queriam que fossem aprovadas, justamente porque isso
impediria a manipulação das urnas eletrônicas, que contribuiu para a colocação
de pessoa insignificante e desqualificada no poder.
Ou
seja, o resumo da ópera é que o próprio presidente do país teria sido o
artífice da sua sepultura no poder, por ter alimentado disputa inútil, por todo
tempo do governo, quando ele tinha poderes para aprimorar o sistema eleitoral,
que continuou precário e ele perdeu para o pior criminoso da história
brasileira, como se vê, por incompetência e culpa dele, que tem motivos
suficientes, sem ironia, para ser classificado como o verdadeiro Mané da vida
republicana, infelizmente.
Brasília, em 18 de janeiro de 2024
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