O conflito feroz e desumano entre Israel e o grupo terrorista Hamas
mostra a insensibilidade nutrida no seio do que poderia ser considerado ser humano,
em que, parte a parte, só tem um único objetivo: a destruição de si mesmo,
quando a racionalidade propugna pela preservação da vida, por meio do diálogo,
da compreensão e da diplomacia.
Nestes tempos modernos, a razão e a desumanidade se exilam no horizonte
da consciência humana, ignorando os princípios mais comezinhos da crença, da
inteligência e da intelectualidade, para permitir a aceitação da destruição e
da barbárie, que somente levam à aniquilação do próprio homem, quando os
recursos utilizados poderiam também servir para o bem da humanidade.
Não há a menor dúvida de que a guerra é apenas a demonstração da face monstruosa
do ser humano, por meio da destruição proposital da humanidade, das causas do
bem e de tudo que contribui para a construção da evolução humana.
No caso do Hamas, existe uma espécie de entidade psíquica que liga a
pessoa ao grupo social em nivelamento de preferência da trincheira belicista de
destruição do ser humano, em razão de conflito que se opõe a uma civilização milenar
e firmemente alicerçada em princípios bíblicos e éticos, revelando o seu
verdadeiro sentimento de estrito fanatismo, cuja bandeira se caracteriza pelo
caos e pela morte, em que o resultado é o sempre o total aniquilamento dos próprios
povos.
Nessa guerra mais do que violenta e inglória, é fácil se distinguir
embates entre a civilidade e a barbárie, que envolvem opiniões pró e contra das
pessoas, até mesmo no Brasil, em que muitas assumem simpatia pelo grupo
terrorista, favorável que Israel seja derrotado e eliminado do mapa mundial.
Vejam-se que essa atroz mentalidade encontra maior defesa nas
universidades, onde os estudantes torcem pelo Hamas, mesmo sabendo da
carnificina promovida por esse grupo, em 7 de outubro último, contra a população
civil inocente, em forma de monstruosos atos de crueldade e desumanidade.
A maior tristeza se concentra no fato de que essa terrível escolha pelo
mal é visível por pessoas que estão em centros de ensino, onde, por essência,
elas deveriam aprender somente as práticas do bem e amor entre os seres humanos,
de modo que a busca pelo saber tivesse como princípio o conhecimento da verdade
sobre os fatos da vida.
A única explicação para a degeneração simplória do ser humano, de forma
absolutamente despudorada de manifestação favorável ao grupo que promove
barbaridade contra a humanidade, é que essas pessoas precisam ser aceitas pela imposição
da vivência em tempos de verdadeira distopia, em que elas vivem em permanente
estado imaginário, podendo haver, nelas, a predominância da insegurança, da
opressão, do desespero ou da privação de maiores conhecimentos sobre os fatos
reais.
Na verdade, as pessoas, inclusive a juventude, defendem, certamente sem
nem saber, o desejo pelo fim da humanidade, ao contrário do sentimento de
outrora, quando, em especial, a juventude defendia a renovação do mundo, cuja
centralidade era a defesa de melhores oportunidades para que todos pudessem
viver felizes e cheios de amor.
É incrível que a juventude sinalize simplesmente para o abismo, com
tendência ao fim da humanidade, sem se preocupar com a verdadeira essência da
vida, do amor e da paz entre as pessoas, preferindo o contrário, com a construção
da escuridão e o fim dos tempos, em total menosprezo à luz da inteligência
humana, em que a razão e o humanismo carecem do afago justamente das mentes em
ascensão ao saber e ao conhecimento.
Urge que as pessoas, inclusive os jovens estudantes, se conscientizem de
que as ideias revolucionárias de apoio à destruição das civilizações, em patrocínio
aos teatros de horrores, quem perde é a própria humanidade, em absoluta
dissonância com os princípios inerentes à evolução do ser humano.
Brasília, em 19 de janeiro
de 2024
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