sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Basta de conflitos

 

O conflito feroz e desumano entre Israel e o grupo terrorista Hamas mostra a insensibilidade nutrida no seio do que poderia ser considerado ser humano, em que, parte a parte, só tem um único objetivo: a destruição de si mesmo, quando a racionalidade propugna pela preservação da vida, por meio do diálogo, da compreensão e da diplomacia.

Nestes tempos modernos, a razão e a desumanidade se exilam no horizonte da consciência humana, ignorando os princípios mais comezinhos da crença, da inteligência e da intelectualidade, para permitir a aceitação da destruição e da barbárie, que somente levam à aniquilação do próprio homem, quando os recursos utilizados poderiam também servir para o bem da humanidade.

Não há a menor dúvida de que a guerra é apenas a demonstração da face monstruosa do ser humano, por meio da destruição proposital da humanidade, das causas do bem e de tudo que contribui para a construção da evolução humana.

No caso do Hamas, existe uma espécie de entidade psíquica que liga a pessoa ao grupo social em nivelamento de preferência da trincheira belicista de destruição do ser humano, em razão de conflito que se opõe a uma civilização milenar e firmemente alicerçada em princípios bíblicos e éticos, revelando o seu verdadeiro sentimento de estrito fanatismo, cuja bandeira se caracteriza pelo caos e pela morte, em que o resultado é o sempre o total aniquilamento dos próprios povos.

Nessa guerra mais do que violenta e inglória, é fácil se distinguir embates entre a civilidade e a barbárie, que envolvem opiniões pró e contra das pessoas, até mesmo no Brasil, em que muitas assumem simpatia pelo grupo terrorista, favorável que Israel seja derrotado e eliminado do mapa mundial.

Vejam-se que essa atroz mentalidade encontra maior defesa nas universidades, onde os estudantes torcem pelo Hamas, mesmo sabendo da carnificina promovida por esse grupo, em 7 de outubro último, contra a população civil inocente, em forma de monstruosos atos de crueldade e desumanidade.

A maior tristeza se concentra no fato de que essa terrível escolha pelo mal é visível por pessoas que estão em centros de ensino, onde, por essência, elas deveriam aprender somente as práticas do bem e amor entre os seres humanos, de modo que a busca pelo saber tivesse como princípio o conhecimento da verdade sobre os fatos da vida.

A única explicação para a degeneração simplória do ser humano, de forma absolutamente despudorada de manifestação favorável ao grupo que promove barbaridade contra a humanidade, é que essas pessoas precisam ser aceitas pela imposição da vivência em tempos de verdadeira distopia, em que elas vivem em permanente estado imaginário, podendo haver, nelas, a predominância da insegurança, da opressão, do desespero ou da privação de maiores conhecimentos sobre os fatos reais.

Na verdade, as pessoas, inclusive a juventude, defendem, certamente sem nem saber, o desejo pelo fim da humanidade, ao contrário do sentimento de outrora, quando, em especial, a juventude defendia a renovação do mundo, cuja centralidade era a defesa de melhores oportunidades para que todos pudessem viver felizes e cheios de amor.

É incrível que a juventude sinalize simplesmente para o abismo, com tendência ao fim da humanidade, sem se preocupar com a verdadeira essência da vida, do amor e da paz entre as pessoas, preferindo o contrário, com a construção da escuridão e o fim dos tempos, em total menosprezo à luz da inteligência humana, em que a razão e o humanismo carecem do afago justamente das mentes em ascensão ao saber e ao conhecimento.

Urge que as pessoas, inclusive os jovens estudantes, se conscientizem de que as ideias revolucionárias de apoio à destruição das civilizações, em patrocínio aos teatros de horrores, quem perde é a própria humanidade, em absoluta dissonância com os princípios inerentes à evolução do ser humano.

Brasília, em 19 de janeiro de 2024

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