Diante de crônica da minha lavra, em que eu analisei caso suspeito sobre o uso de bens públicos para supostos fins particulares, na qual eu sugeri a apuração dos fatos, uma pessoa estranhou que eu tenha escrito esse texto.
Em
resposta, eu disse que a pessoa seja justa e compreensiva, tendo em conta que o
material público carregado em carro oficial se destinava à finalidade
particular, para atendimento de interesse pessoal da autoridade, que poderia o
ter contratado em empresa privada, com recursos estranhos ao que pertence ao
público.
Essa
forma de procedimento é condenável no serviço público, que proíbe o uso de bens
públicos por particulares, como é o caso mostrado na denúncia, que parece não
deixar dúvida sobre a irregularidade apontada.
A
sociedade, independentemente de ideologia ou preferências pessoais, precisa ter
dignidade para defender a moralidade na gestão pública, doa a quem doer, não
importa a origem do denunciado.
Aliás, é
bom que se diga que a defesa de atos suspeitos de irregularidades constitui
tentativa de acobertamento de desvio de conduta moral, absolutamente condenável
pelos princípios da administração pública.
Está
absolutamente enganada a pessoa que ache normal o desvio da finalidade pública,
cujo caso suspeito, que pode ser o caso da denúncia em apreço, precisa ser
urgentemente apurado, para os devidos esclarecimentos à sociedade, porque, ao
contrário disso, somente contribui para a constância da corrupção e do
desperdício do dinheiro público, que poderia ser empregado para benefício da
sociedade.
Enfim,
nada custa se apurar e se verificar se houve erro ou não, quando o seu
resultado pode mostrar a lisura da gestão pública, à luz dos princípios da transparência
e da moralidade.
É preciso
ficar claro que é dever da oposição ao governo denunciar os casos suspeitos em que
pode haver erro de procedimento, porquanto, se tiver ou não desvio da conduta
pública, também é dever da administração esclarecer os fatos à sociedade, em
razão da existência de denúncia bem fundamentada.
O que
não pode é apenas considerar que a oposição ao governo procura chifre em cabeça
de cavalo, quando, no caso, há fotos provando o possível desvio de conduta.
Isso,
por si só, já é mais do que suficiente e necessário sim para a devida apuração
do caso levantado, para o fim de se dar justificativa à sociedade, em
obediência aos princípios da transparência e da moralidade, porque é exatamente
assim que deve proceder a gestão com mãos limpas, sempre prestando contas de
seus atos à sociedade, inclusive com relação aos fatos suspeitos de
irregularidades.
É
bastante deplorável que as pessoas se mostrem visivelmente contrárias à moralização
na administração pública, como nesse caso, em que há discordância sobre o
devido esclarecimento referente à denúncia, fato que contraria o interesse da própria
sociedade.
Brasília, em 29 de dezembro de 2023
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