quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Incoerência

Conforme mensagem divulgada em vídeo que circula nas redes sociais, o último ex-presidente do país faz duras críticas ao sistema que comanda o Brasil, alegando que o governo despreza o povo e os princípios republicanos e democráticos, afirmando que ele vive para defender o povo e o Brasil.

Como se pode sentir, trata-se de discurso bastante realista, que mostra as abissais anomalias quanto aos ideais democráticos, em que os objetivos perseguidos pelos opositores do último ex-presidente do país somente condizem com a conveniência e os interesses ideológicos e partidários deles, em detrimento das causas nacionais, econômicas e sociais.

São visíveis a lucidez e a inteligência do ex-presidente em enxergar, somente agora, algo que já prevalecia na época do seu governo, o que vale se dizer que toda empolgação de argumentos acusatórios tem apenas o condão de mostrar o quanto de prejudicial ao Brasil foi a omissão dele de não ter decretado a intervenção militar, nos moldes previstos no artigo 142 da Constituição Federal.

Naquele dispositivo prevê a possibilidade dessa importante medida, exatamente para a garantia da lei e da ordem, a despeito da afronta ao disposto no artigo 37 da Carta Magna, por conta, especial, da falta de transparência imposta, sem o devido respaldo legal, pelo órgão incumbido constitucionalmente de cuidar do sistema eleitoral.

Ou seja, caso o ex-presidente do país tivesse o mínimo de sensibilidade e competência político-administrativas, certamente que teria implantado a garantia da lei e da ordem, precisamente para se verificar a regularidade da operacionalização das urnas eletrônicas, além de outros abusos de autoridade, arbitrariedades e inconstitucionalidades patentes à luz solar, que ele não teve capacidade nem inteligência suficientes para vislumbrar, salvo somente agora, quando predominam os imensuráveis prejuízos causados ao Brasil e aos princípios republicanos e democráticos.

Além disso, o discurso do ex-presidente contribui, em afirmativa, para agravar a sua condição de incapacidade para exercer o relevante cargo de comandante do Brasil, justamente por ele ter permitido que a terrível esculhambação predominasse definitivamente no país.

É muito lamentável que o Brasil esteja em profundo atoleiro, praticamente sem condições de respirar ar puro, por falta de iniciativa mais do que necessária, da parte de quem tinha a incumbência constitucional para salvá-lo, mas ele não fê-lo por nítidas insensatez e incompetência, conforme mostra a história brasileira.

Convém que o ex-presidente do país pare de discursos que só denotam incoerência com as suas atitudes quando estava no cargo presidencial, enquanto não tiver grandeza e dignidade para justificar a sua omissão quanto à falta da implantação da garantia da lei e da ordem, cuja falha resultou no desastre pelo qual o Brasil se encontra mergulhado, na atualidade.

Brasília, em 11 de janeiro de 2024


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