terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Mediocridade

Em vídeo que circula nas redes sociais, uma pessoa indaga qual teria sido o melhor e mais sensacional duelo travado entre o último ex-presidente brasileiro contra dezenas de opositores dele, tudo absolutamente sem qualquer finalidade senão de apoio à visível futilidade.

Essa monstruosidade de debates protagonizado por pessoa que fazia as vezes de estadista tem o condão de evidenciar as suas verdadeiras insensatez e insanidade, à vista da indiscutível perda de tempo empregado em causa absolutamente fútil, desagradável, desnecessária e dissonante com as reais funções presidenciais, essencialmente de interesse da sociedade e do Brasil.

É preciso que o estadista tenha a mínima noção sobre as atividades a serem executadas no principal trono da nação, obviamente em sintonia com a relevância do cargo para o qual ele foi eleito, em forma de valorização pessoal e das nobres funções do verdadeiro magistrado do país.

Convém se compreender que os insanos duelos travados no exercício presidencial não condizem com a significância da grandeza do cargo ocupado pelo estadista, que tem vinculação com a elevada importância das causas e dos assuntos do interesse maior da nacionalidade, passando ao largo de questiúnculas de somemos importância, como o envolvimento em duelos normalmente agressivos e degradantes, em que os resultados foram sempre melancólicos, justamente pela insignificância por eles representados.

Não há a menor dúvida de que a lição deixada pelo então mandatário é péssima, exatamente pela desastrosa exposição pública de alguém que deveria se ocupar exclusivamente com os assuntos relacionados com a grandeza do interesse público, de modo que as questões atinentes às agressões ou às atitudes prejudiciais ao governo ou à autoridade máxima do país deveriam ser tratadas e discutidas na e pela via adequada do Estado, inclusive, sendo o caso, por meio de medidas judiais cabíveis, como forma do desejável restabelecimento da verdade e da razão, mas jamais pessoalmente pelo próprio presidente da nação, como se ele tivesse desocupado de seus importantes afazeres presidenciais.

Na verdade, essa atitude banalizada de se alimentar estranhos debates públicos, com toda forma inapropriada de agressões, lembra o nível usual das republiquetas, em que seus dirigentes se ocupam em futilidades e inutilidades ocupacionais, exatamente diante da falta de assuntos importantes para serem decididos e resolvidos por eles, evidentemente em sintonia com a sua pouca relevância para a nação.

A conclusão natural sobre os duelos presidenciais é que, nunca se viu, na história republicana, pessoa tão apaixonada por debate público inútil ou improdutivo, que somente causou prejuízos à dignidade dele e à grandeza do Brasil, diante do deplorável desgaste que serviu apenas da exploração do interesse das pessoas igualmente apaixonadas pela medíocre banalização da nobre liturgia do verdadeiro estadista.

Brasília, em 23 de janeiro de 2024


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