Segundo informação oficial, vários ministros, aproveitando as “mordômicas” férias da presidente da República, tiraram duas semanas de descanso do trabalho e, para variar, seu staff seguiu o exemplo dos chefes, também fugindo da agitada capital política do país, deixando o Palácio do Planalto e a Esplanada dos Ministérios esvaziados neste início de ano. Na sede do Executivo, reina absoluta tranquilidade, porquanto os ministros palacianos foram os primeiros a aprontarem as malas e também pegaram carona com a folga da presidente, que, de forma nababesca, descansa com familiares no litoral da boa terra, símbolo da despreocupação nacional. O certo mesmo é que todos os principais escudeiros deverão retornar a Brasília junto com a mandatária da nação, para nova empreitada nacional. Sem a presença dos titulares, os serviços palacianos e ministeriais estão sendo tocados pelos assessores diretos dos titulares, que ficaram com a incumbência de organizar as reuniões de trabalho, para a volta ao seu ritmo normal. Contudo, as más línguas, com a reserva da oficialidade, ousam dizer que a forma dura com que a presidente trata seus assessores diretos ensejou a enorme debandada deles, seguindo o seu bom exemplo, algo, aliás, que não era visto há muito tempo. Outros entendidos de administração pública opinam no sentido de que o descanso dos principais assessores governamentais constitui fato bastante auspicioso, porque pode ajudá-los a melhor enxergar os fatos, obrigando-os a raciocinar quanto à realidade dos importantes e gravíssimos problemas do país, relacionados com as pastas pelas quais são responsáveis, de forma a viabilizar, nesse período de desligamento do trabalho “duro”, o encontro da adequada solução definitiva deles ou, pelo menos, amenizá-los de alguma forma. Agora, depois disso, se nada mudar, em termos de melhoria da qualidade das medidas já implementadas no primeiro ano de governo, não há dúvida de que o descanso não teria passado de mera continuidade do que esses assessores vêm fazenda em benefício dos brasileiros. Nesse caso, o ideal e mais recomendado seria que a presidente da República providenciasse as férias coletivas para seus principais assessores e procurasse remar e tocar sozinha o difícil barco da nação, porque, só assim, teria menos dificuldade para, novamente, aportar soberanamente, no final deste ano, no mar da tranquilidade baiana, com a certeza do dever cumprido. E viva o país dos homens trabalhadores... Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 03 de janeiro de 2012
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