Em que pesem a
incompetência demonstrada pelo governo federal e a sua completa falta de
iniciativa para promover reformas estruturais da administração pública, como
forma essencial ao progresso socioeconômico, fica claro que a oposição não
conseguiu arranjar um nome forte e capaz para o embate com o candidato da
situação, nas próximas eleições presidenciais. Esperava-se que a oposição
despontasse com o mínimo de coragem e competência para escancarar os desacertos
e desgovernos da atual mandatária do país, mostrar ao país as maneiras corretas,
competentes e eficientes de gerenciar o patrimônio dos brasileiros e não deixar
dúvida de que o seu projeto de governo para a nação tem fundamentos sólidos na
sustentação e manutenção do gerenciamento consistente e estável da nação. Esse
cidadão teria que se comprometer a comandar a administração do país sob o
império da Constituição Federal e das leis fundamentais consolidadas; dos
princípios da ética, moralidade, sinceridade, transparência etc.; da
economicidade na gestão dos recursos públicos, promovendo drástico enxugamento
da máquina estatal; da promoção de reformas estruturais abrangentes; da
extinção das coligações espúrias e fisiológicas; da garantia do combate
ferrenho à corrupção e à impunidade; da garantia do funcionamento ao efetivo
combate ao tráfego de drogas; do compromisso da aprovação de leis penais duras
contra a violência e criminalidade; do funcionamento da administração pública
com efetividade e eficácia; da moralização do serviço público, não permitindo
seu loteamento a aliados políticos, sindicalistas e outros oportunistas; da
moralização e eficiência da previdência social; da consolidação do pacto
federativo; da prioridade à solução das precariedades dos serviços estruturais
do Estado, como educação, saúde, saneamento básico, moradia, transportes,
segurança pública, entre outras mazelas crônicas que se encontram emperrando drasticamente
o crescimento da nação. Infelizmente, a sociedade já vive calejada e desacreditada
diante de promessas políticas vazias e não cumpridas, de mentiras, múltiplas
invencionices e mediocridades do gênero enganação, por contribuírem apenas para
fortalecer o anedotário político nacional, porquanto de efetividade e de
realizações não existe absolutamente nada que possa garantir o desenvolvimento
do país e a melhoria das condições de vida do seu povo. O quadro político de
momento acena para se inferir que o PSDB pode ser o partido que possui algum
cacife para sustentar uma candidatura com relativa consistência, ainda que
exista enorme dificuldade para a indicação de um nome de consenso, com vistas à
Presidência em 2014. Essa agremiação prefere travar intensa luta fraticida interna,
em combate entre os principais caciques, cuja disputa tem o condão de enfraquecer
suas pretensões eleitorais, deixando a sociedade muito confusa quanto à coesão
ideológica pertinente ao gerenciamento do país. Pode-se concluir que esse
estado beligerante e de divisão interna deixa à mostra a falta de liderança
forte da direção do partido, para contornar o impasse; a contribuição indesejável
ao fortalecimento da oposição, que sabe se organizar e indicar o seu candidato;
a incompetência com a desunião e o descrédito quanto à real capacidade de
liderança dos postulantes à indicação à Presidência, transferindo esse
sentimento para a sociedade, que fica insegura sobre quem é mais capaz para
assumir a administração do país. A sociedade anseia pelo surgimento, com
urgência, de milagrosa clarividência da oposição, no sentido de entender que o
pleito à Presidência da República somente poderá ser exitoso se for definido,
em tempo hábil, o candidato que transmita confiança ao povo, mostre competência,
dinamismo, vontade de revolucionar as atuais estruturas de imobilismo, incompetência
e de atraso socioeconômico e apresente programa de vanguarda para transformar o
gerenciamento da gestão brasileira em sinônimo de progresso, tendo por
fundamentos os princípios da ética, moralidade, legalidade, eficiência, eficácia,
transparência, probidade e integridade dos seus atos, observados os
procedimentos acima elencados. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 11 de novembro de 2012
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