domingo, 14 de abril de 2013

As reais intenções socialistas


Nos últimos dias, a Venezuela passou por momentos de verdadeira comoção nacional, com o precoce desaparecimento do mandatário do país, como se o povo tivesse perdido seu eterno salvador e única pessoa capaz de governar o país. Em nome do socialismo político, o ex-presidente venezuelano conseguiu conquistar a confiança do povo do seu país, com a distribuição de renda proveniente da exploração do petróleo à população de extrema carência, como forma de angariar a sua confiança, em termos de popularidade em nome de um governo preocupado com as causas sociais das pessoas carentes e desassistidas. Seu intento foi totalmente confirmado, com o quase absoluto domínio dessa população, que passou a sobreviver sob as políticas assistencialistas e populistas, não importando as nefastas consequências das desastradas medidas paternalistas do Estado, tendo como consequência o aumento do desemprego, da produtividade e da violência, em decorrência da vadiagem e da falta de ocupação da massa populacional beneficiada. Mas o mais preocupante de tudo isso é o legado desse importante político Sul-americano, que passa para a história com tanta fama de generosidade para com os necessitados, como se sua bondade tivesse como alvo principal a pobreza do seu país, quando, em contraposição a tanta bondade, os fatos revelam outro ângulo assombroso do seu passado político, basicamente associado ao uso da máquina pública e ao enriquecimento pessoal, de familiares e de amigos, mediante a apropriação de recursos públicos, conforme noticia mensagem que circula na internet, mostrando a pujança e ostentação de riqueza e de abusos com dinheiros públicos, contrariando as medidas assistencialistas e socialistas, tendo por alvo o amparo e a proteção às classes necessitadas. A mensagem mostra fotos de familiares do ex-presidente em diversas poses comprometedoras da imagem do idolatrado político. Familiares do ex-presidente usam relógios e joias em ouro e diamantes, estimados em valores elevadíssimos. Era natural a exposição de familiares com hábitos extravagantes em restaurantes exóticos e caríssimos. Registravam-se de familiares em passeios com destino a Disney, Nova York, Paris e lugares turísticos. Mansões e casas de luxo eram usadas por familiares. Os familiares usavam, sem escrúpulos, veículos, helicópteros e aeronaves do Estado, que ficavam à sua disposição, a todo instante, para viagens de compras no exterior, participação em torneios de beisebol e outras atividades esportivas, lazer em shows artísticos e de cantores famosos e outros eventos estranhos às atividades públicas, tendo apoios logísticos e financeiros à custa do Estado. Todos familiares tinham imunidade diplomática nos seus passaportes. Em nome da “democracia” socialista bolivariana, os familiares e companheiros do ex-presidente tinham a liberdade de esbanjar do bom e do especial sob os auspícios e à custa dos cofres públicos, sem restrição, mas em nome da revolução que nunca se encerra, porque seus objetivos são bem claros, com assistencialismo concentrado na massa popular carente e maciças campanhas publicitárias enaltecendo a figura populista do mandatário, com direito a fazer uso livremente do dinheiro público para esbanjamentos sociais e até enriquecimento dos “sofridos” revolucionários. Não há qualquer novidade, consoante mostra a história política, com bastante prodigalidade, que os revolucionários morrem literalmente pela pátria, em defesa de importante causa, em especial pela perpetuação no poder, onde tem a garantia do usufruto das benesses ilimitadas e sempre recheadas de escândalos, como a possiblidade de enriquecimento ilícito. A humanidade precisa se conscientizar sobre as reais vocações dos políticos defensores do socialismo, onde suas conquistas são sempre sobrelevadas em nome da sutil e habilidosa defesa da sociedade carente, sofrida e subjugada, quando existem, por trás disso, reais práticas espúrias e ilícitas, notadamente com a perenidade no poder e a abusiva corrupção com recursos públicos, com o usufruto da casta dominante.

 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES


Brasília, em 13 de abril de 2013

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