Como
medida fundamental à disputa da Presidência da República pelo PSDB, em 2014, o
senador mineiro confirmou que irá disputar o comando nacional do seu partido,
cuja eleição realizar-se-á no próximo mês. Em discurso de 30 minutos, para
parlamentares da oposição e da base governista, na abertura da conferência
nacional do PPS, o senador tucano fez duras críticas ao governo federal, mas se
dirigiu ao governador de Pernambuco com palavras ponderadas e amigas, ao dizer
que, como presidente da legenda, irá “acumular
e aprofundar a relação com os partidos de oposição.” e “respeitar a possível candidatura do
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) para a Presidência, mas
ressaltou acreditar que o PSB acabará apoiando o PSDB na eleição presidencial”.
Ele concluiu dizendo que “Hoje eu
respeito e acho importante a candidatura de Eduardo Campos, se ela se
viabilizar. Mas lá na frente vamos convergir com muita naturalidade, porque
pensamos de forma muito próxima”. Tal como faz a presidente da República, ele
vem trabalhando para conquistar o apoio dos antigos aliados, como o DEM, ao
afirmar: “Tenho muita convicção de que o
DEM estará junto. Agora que estamos estruturando um projeto alternativo com
reais condições de vencer, estaremos juntos mais que nunca.”. O senador foi
enfático ao dizer que “Hoje nós, PSDB,
PPS e obviamente outras legendas, temos a responsabilidade de falar diretamente
e cada vez mais com a sociedade brasileira, mostrando e construindo
alternativas. Faremos uma campanha permanente de oposição clara ao governo do
PT. Para o Brasil, esse ciclo de governo do PT precisa e deve ser interrompido.”.
Na oportunidade, o tucano aproveitou para criticar a gestão do país, dizendo que
os patamares atuais de inflação ameaçam o Plano Real, que “Foi o maior instrumento de distribuição de renda, e é exatamente o
Plano Real que está em risco. Há leniência do governo federal no controle
inflacionário. Para a população que recebe até 2,5 vezes o salário mínimo, a
inflação já ultrapassou 14%.”. Não deixa de ser estranho que, ainda tão
distante do pleito eleitoral para presidente da República, faltando mais de
ano, os políticos já pensem em lançar suas candidaturas, na tentativa de
mostrar suas plataformas de governo. Contudo, em se tratando que os políticos
preferiram, de forma precipitada, ignorar os ditames eleitorais, ao antecipar lances
estratégicos para marcar posição entre os partidos políticos, na tentativa de
demonstrar poderio uns sobre os outros, cumpre à sociedade avaliar se eles
estão abusando e desrespeitando as regras democráticas. O curioso é que a
oposição se aproveita do momento de instabilidade econômica, à vista da
oscilação crescente da inflação, para acenar sobre a desconfiança da sociedade
quanto à condução e aos rumos dos planos econômicos, inclusive com possiblidade
de comprometer a instabilidade dos investimentos privados e de resto da
produtividade e do desenvolvimento do país. Em que pese a inexplicável pressa no lançamento de candidaturas à
Presidência da República, conviria que os postulantes também antecipassem suas
plataformas de governo, com, pelo menos, a garantia de liquidar o espúrio
fisiologismo, para salvar a pátria da incompetência e das negociatas com órgãos
públicos; de promover reformas estruturais, como a tributaria, política, fiscal...,
como instrumento capaz de colocar o país na seara da modernidade e no ritmo do
progresso; de extinguir a corrupção na administração pública, fazendo observar os
princípios éticos e morais no serviço público; de enxugar a máquina pública
para, no máximo, 25 ministérios e colocar para dirigi-los pessoas qualificadas
e competentes; e de adotar medidas prioritárias em atendimento ao interesse
público. A sociedade anseia por que o país seja administrado com competência,
tendo em conta o gerenciamento de programas de governo preparados com
exclusividade para a satisfação dos interesses nacionais. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 19 de abril de 2013
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