sexta-feira, 26 de abril de 2013

Nasce um escritor de verdade?

O ex-presidente da República petista foi contratado para escrever uma coluna mensal para a agência de notícias do jornal "The New York Times", uma das principais publicações dos Estados Unidos. Ele começa a escrever sua coluna a partir do mês junho para o citado jornal, que tem distribuição de matérias com o selo do "NYT". Nos termos acordados, a coluna não será necessariamente publicada no jornal norte-americano nem publicada na imprensa do Brasil, esta última por exigência do próprio colunista, segundo esclareceu a sua assessoria. O texto será publicado, em português, apenas no site do Instituto Lula. A coluna terá como foco a política e economia internacional, além de iniciativas para o combate à fome e à miséria no mundo. Não se pode negar que se trata de fato importante, porque o "NYT" é um dos jornais mais conhecidos mundialmente, que também publica versão eletrônica na internet, desde 1996, contabilizando acesso mensal médio de 20 milhões de seguidores. Há dúvida se o "NYT" tomou conhecimento do currículo do ex-presidente ou dos seus assessores, que, na realidade, vão realmente escrever os artigos para ele apenas assinar. Há dúvida quanto ao teor dos textos, que não podem ser divulgados no Brasil, por exigência do "autor". Há dúvida se o ex-presidente será remunerado ou se vai pagar, com recursos do PT, via Fundo Partidário, mantido à custa dos tolos dos contribuintes, para manter sua coluna, como forma de marketing especial petista, tendo em vista que o "todo-poderoso", encontra-se sumido da mídia tupiniquim, depois do natural processo de desgaste e dos estragos resultantes da arrasadora “Operação Porto Seguro”, na qual trouxe à baila possível envolvimento seu nesse escabroso, desabonador e comprometedor affaire, em que se especula que ele estaria mantendo suspeita aproximação amorosa com importante assessora da Presidência da República, que teria exercido vantajoso tráfico de influência para se beneficiar com a indicação de corruptos para cargos importantes nas Agências Reguladoras. Com certeza, o povo brasileiro gostaria muito de conhecer as "pérolas" que o ex-presidente vai assinar na sua coluna, com certeza mantida com artigos escritos por seus assessores. Não obstante, o leitor americano terá a oportunidade de conhecer muitas e boas inverdades sobre os fatos que deverão ser inventados para mostrar as façanhas de um ex-presidente que não viu as sujeiras no seu governo; não foi capaz de punir ninguém envolvido nos casos de corrupção; prometeu desculpas ao povo brasileiro sobre as enxurradas de corrupção na sua gestão, mas nunca as cumpriu; compôs a base de apoio ao seu governo mediante negociatas envolvendo o loteamento de cargos públicos, no mais inescrupuloso fisiologismo da história republicana; prometeu promover reformas estruturais, mas nada foi efetivado para minorar o custo Brasil; implementou o maior programa assistencialista e populista do mundo, com objetivos meramente eleitoreiros; fez alianças com a parte podre dos políticos brasileiros, visando à perenidade no poder; entre outras manobras maquiavélicas perpetradas em obediência a planos estrategicamente estabelecidos para o atingimento dos objetivos de poder. Com certeza, os leitores do conceituado jornal "The New York Times", constituídos, na sua maioria, pelo povo americano, saberão, diferentemente dos bestas dos brasileiros, distinguir os fatos verdadeiros dos mentirosos e verificar que atrás de um “grande” homem existe, na realidade, forte apelo de marketing publicitário, com abrangência mundial. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de abril de 2013

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