A campanha
presidencial de 2014 já foi lançada, na prática. Alguns candidatos já estão
trabalhando no sentido de conquistar o maior apoio dos políticos, a exemplo da presidente
da República, que, sem o menor pudor e de forma escancarada, vem usando a
máquina pública para ampliar a sua base de sustentação política com a entrega
de ministérios aos partidos da coalizão formada pelo governo, em escandaloso e
espúrio sistema antidemocrático, por contrariar os princípios do decoro e da
moralidade. Enquanto os escândalos e a indecência são processados à
vontade nos palácios, o país fica à mercê da incompetência do governo, que não
implementa as medidas necessárias ao crescimento da nação, em especial as
prementes reformas estruturais, como a tributária, econômica, previdenciária,
administrativa, trabalhista, político-eleitoral e tantas outras que são
indispensáveis ao sepultamento dos sistemas retrógrados, obsoletos, que vêm
impedindo a tão almejada modernização das políticas e metas capazes de promover
o soerguimento do progresso do país. No que se refere à oposição, o que se
verifica é a indecisão e a disputa interna dos partidos, na tentativa da
escolha da pessoa para representá-los no pleito presidencial. Tudo isso
contribui para que a atuação ineficiente e desqualificada do governo passe ao
largo, sem a devida fiscalização e muito menos cobrança quanto à necessidade de
o país ser administrado com aptidão e dignidade, em harmonia com a sua grandeza
econômica e potencialidade no contexto das nações, observados os princípios
éticos e morais. Na verdade, a oposição vem demonstrando ser verdadeiro cabo
eleitoral do governo, com o silêncio, a omissão e a leniência com as práticas
espúrias e prejudicais ao país. Ela certamente seria notada e valorizada se cumprisse
seu dever de apontar as indecências, as falcatruas e os desmandos do governo,
que nada gerencia e muito menos tem iniciativa para orientar as políticas
públicas, permitindo que as conquistas da economia escorram pelos ralos
palacianos. A oposição não consegue criticar as incoerências e trapalhadas
petistas, para que os fatos pudessem ser objeto de destaque junto à opinião
pública, porque a mídia dificilmente seria tão credenciada quanto ela, que tem
competência constitucional para apontar e divulgar os resultados pífios e as
fragilidades dos amontoados órgãos públicos, que não funcionam por falta de coordenação
e orientação quanto às medidas e projetos de interesse da nação. É difícil saber exatamente quem é mais
incompetente nesta nação, se o governo ou a oposição. Aquele que nada faz de
positivo em benefício do país e esta que é incapaz de mostrar as mazelas e de cobrar
providências saneadoras. A oposição funcionaria de forma construtiva ao país se
tivesse coragem e capacidade para apontar as falhas e deficiências do governo e
exigir correção, em especial, agora, quando se abate sobre o país apagão
logístico e de infraestrutura atingindo o sistema de transportes, consistindo na
deficiente operação dos portos, na falta e no sucateamento das rodovias, na
inexistência de transportes fluvial, ferroviário, aeroportuário e noutras
deficiências capazes de possibilitar o escoamento da safra agrícola e a
produção nacional, de forma mais abrangente, não somente para os portos, mas
para o interior do país. O precário sistema de transportes tem o condão de
encarecer o custo dos produtos e de onerar o bolso da população. Custa
acreditar que, apesar dos avanços, das conquistas tecnológicas e do
conhecimento humano, o país não se mobilize no sentido de solucionar com urgência
não somente a questão crucial da falta de logística nos transportes, mas todas as deficiências nacionais, que vêm contribuindo
para o subdesenvolvimento do Brasil. A sociedade tem o dever
cívico e patriótico de exigir competência das autoridades públicas, no sentido
de solucionar, com urgência, a falta de gerenciamento do país, ante o seu descompasso com a
realidade brasileira, sob pena de a nação continuar submetida ao atraso crônico
e à inadmissível penúria de iniciativas, que comprometem o seu desenvolvimento
socioeconômico. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 31 de março de 2013
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